quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A tragédia dos “órfãos de pais vivos”

Orfandade

É tão importante a pessoa do pai na vida do filho, que o próprio Filho de Deus encarnado quis ter um pai (adotivo) na Terra. Jesus não pôde ter um pai natural neste mundo porque não havia homem capaz de gerar o Verbo encarnado; então, o Espírito Santo o gerou no sei puríssimo e virginal de Maria Santíssima.
Mas Jesus quis ter um pai adotivo, nutrício, neste mundo; e escolheu São José, o glorioso patrono da Igreja, como proclamou o Papa Pio IX, solenemente, em 1870.
Quando José quis deixar a Virgem Maria, no silêncio da discrição de sua santidade, Jesus mandou que imediatamente o Arcanjo da Anunciação, São Gabriel, logo lhe dissesse em sonho: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por tua esposa, porque o que nela foi gerado é obra do Espírito Santo” (Mt 1,20). E a José coube a honra de dar-lhe o nome de Jesus, no dia de sua circuncisão (Mt 1,21).
Jesus viveu à sombra protetora do grande São José na vila de Nazaré e carpintaria do grande santo. O povo o chamava de “o filho do carpinteiro”. José o protegeu da fúria de Herodes; o levou seguro para o Egito, o manteve no exílio e o trouxe de volta seguro para Nazaré. Depois partiu deste mundo nos braços de Jesus quando terminou a sua missão terrena. A Igreja o declarou “protetor da boa morte”.
Ora, se até Jesus quis e precisou de um pai neste mundo, o que dizer de cada um de nós. Só quem não teve um pai, ou um bom pai, deixa de saber o seu valor. Ainda hoje, com 65 anos de idade, me lembro com saudade e carinho do meu pai. Quanta sabedoria! Quanta bondade! Quanta pureza! Quanto amor à minha mãe e aos nove filhos!… Ainda hoje com saudade é alegria me lembro de seus conselhos sábios.
O pai é a primeira imagem que o filho tem de Deus; por isso Ele nos deu a honra de sermos chamados pais; pois toda paternidade vem do próprio Deus. Muitos homens e mulheres não têm uma visão correta e amorosa de Deus porque não puderam experimentar o amor de seus pais; muitos foram abandonados e outros ficaram órfãos.
Mas o pior de tudo é a ausência dos pais na vida dos chamados “órfãos de pais vivos”; e são muitíssimos. Muitos e muitos rapazes têm gerado seus filhos, sem o menor amor, compromisso e responsabilidade, buscando apenas o prazer sexual de suas relações com uma moça; que depois é abandonada, vergonhosamente, deixando que ela “se vire” para criar o seu filho como puder. Quase sempre essas crianças são criadas com grandes dificuldades; o peso de sua manutenção e educação é dividido quase sempre com a mãe solteira que se mata de trabalhar e com os avós que quando existem, fazem o possível para ajudar.
Normalmente um filho que tem um bom pai, amoroso, trabalhador, dedicado aos filhos e à esposa, não se perde nos maus caminhos deste mundo.
Por isso tudo é lamentável o constatou o Papa João Paulo II em sua última viagem ao Brasil em 1997. Falando aos jovens no Maracanã, ele disse que por causa do “amor livre”, “no Brasil há milhares de filhos órfãos de pais vivos”. Que vergonha e que dor para todos nós! Quantas crianças com o seus futuros comprometidos por que foram gerados sem amor e abandonadas tristemente.
Sem um pai que eduque o seu filho, a criança não pode crescer com sabedoria, fé, respeito aos outros, amor ao trabalho e à virtude… Deixar uma criança sem pai, estando este vivo, é das maiores covardias que se pode perpetrar contra o ser humano inocente que é a criança.
Hoje, infelizmente, com o advento da inseminação artificial e clinicas de fertilização, há uma geração de jovens que não conhecem os seus pais, pois muitos foram gerados por um óvulo que foi inseminado artificialmente pelo sêmen de um homem anônimo. Esses jovens não conhecem a metade de sua história. Como será o futuro desta geração de jovens? Não é à toa que a Igreja católica é contra a inseminação “in vitro”.
Prof. Felipe Aquino
Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2015/02/02/a-tragedia-dos-orfaos-de-pais-vivos/

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Ouvir Jesus, não as novelas e fofocas, pede Papa

Francisco lembrou a importância de contemplar Jesus no Evangelho, em vez de perder tempo com fofocas e novelas
Da Redação, com Rádio Vaticano
Na homilia desta terça-feira, 3, o foco do Papa Francisco foi para a oração de contemplação. O Santo Padre voltou a convidar os fiéis a lerem cotidianamente o Evangelho, mesmo que por alguns minutos, pois isso ajuda a ter esperança e a manter o olhar fixo em Jesus, em vez de perder tempo com novelas e fofocas do vizinho.
Papa pede aos fiéis que façam oração de contemplação / Foto: Arquivo - L'Osservatore Romano
Papa pede aos fiéis que façam oração de contemplação / Foto: Arquivo – L’Osservatore Romano
As reflexões partiram de um trecho da Carta aos Hebreus, que se concentra na esperança. Francisco destacou que, sem escutar Deus, talvez a pessoa possa ter otimismo, ser positiva, mas a esperança se aprende somente olhando para Jesus.
Lembrando a importância de orações como o Rosário e o diálogo que se deve ter com Deus, o Papa enfatizou a oração de contemplação, que só pode ser feita com o Evangelho em mãos. Ele deu um exemplo: no Evangelho de hoje, que fala de Jesus em meio ao povo, aparece cinco vezes a palavra “multidão”. É um convite a pensar na vida de Cristo sempre com o povo.
“Jesus estava continuamente entre o povo. E se olho para Ele assim, contemplo-O assim e O imagino assim. E digo a Jesus aquilo que me vem à mente dizer-lhe.”
Jesus não somente entende a multidão, mas sente o coração de cada um bater e toma conta de todos, disse o Papa, citando o trecho do Evangelho em que Jesus se sente tocado ao ver uma mulher doente em meio à multidão. O Pontífice destacou a paciência de Jesus e o fato de que Ele sempre considerava até mesmo os pequenos detalhes.
“O que eu fiz com este Evangelho é justamente a oração de contemplação: pegar o Evangelho, ler e imaginar-me nas cenas, imaginar o que acontece e falar com Jesus, como me vem ao coração. E com isso nós fazemos crescer a esperança, porque temos o olhar fixo no Senhor”.
Francisco convidou os fiéis a fazerem essa oração de contemplação, mesmo que seja por 15 minutos apenas. “Assim, o teu olhar estará fixo em Jesus e não tanto na telenovela, por exemplo. O teu ouvido estará fixo nas palavras de Jesus e não tanto nas fofocas do vizinho.”
A oração de contemplação, segundo o Papa, ajuda a ter esperança e a viver da sustância do Evangelho. A partir dessa oração, a vida cristã se move entre a memória e a esperança, disse.
“Memória de todo o caminho passado, de tantas graças recebidas do Senhor. E esperança, olhando para o Senhor, que é o único que pode me dar a esperança. E para olhar para o Senhor, para conhecê-Lo, peguemos o Evangelho e façamos esta oração de contemplação”.
Fonte: http://papa.cancaonova.com/ouvir-jesus-nao-as-novelas-e-fofocas-pede-papa/


Só Deus basta!


                                                                                      Santa Tereza D'avila

Nada te perturbe, Nada te espante,
Tudo passa, Deus não muda,
A paciência tudo alcança;
Quem a Deus tem, Nada lhe falta:
Só Deus basta.

Eleva o pensamento, Ao céu sobe,
Por nada te angusties, Nada te perturbe.
A Jesus Cristo segue, Com grande entrega,
E, venha o que vier, Nada te espante.
Vês a glória do mundo? É glória vã;
Nada tem de estável, Tudo passa.

Deseje às coisas celestes, Que sempre duram;
Fiel e rico em promessas, Deus não muda.
Ama-o como merece, Bondade Imensa;
Quem a Deus tem, Mesmo que passe por momentos difíceis;
Sendo Deus o seu tesouro, Nada lhe falta.
SÓ DEUS BASTA!