sexta-feira, 31 de julho de 2015

Lembre-se que Jesus é verdadeiro homem

Em Jesus de Nazaré, Deus Se fez homem. Não deixe que essa verdade o assuste. Permita que ela transforme você.


Pode Deus ser representado em uma imagem?
Nos séculos VIII e IX, durante a grande controvérsia iconoclasta, uma questão dividiu o mundo cristão oriental. À parte se o uso de ícones no cristianismo violava ou não a proibição do Antigo Testamento sobre a confecção e o uso de esculturas (cf. Ex 20, 4), a pergunta era se Cristo poderia ser realmente retratado em uma imagem. Afinal, qualquer imagem real de Cristo deve apontar tanto para a Sua humanidade quanto para a Sua divindade. Como, porém, representar o infinito? Como descrever o indescritível? Alguns vão mais longe, a ponto de dizer que o próprio Cristo, sendo Deus, não teria possuído quaisquer características finitas. Jesus teria tido todas as cores possíveis de cabelo, todas as formas possíveis de nariz, todos os tamanhos possíveis de pés.
O absurdo disso deveria ser evidente por si mesmo. Essa ideia é sintomática de uma doença muito antiga dentro do cristianismo: a negação – de alguma forma e em determinado grau – da verdadeira humanidade de Cristo. A Igreja gastou os seus primeiros séculos de existência trabalhando com o testemunho das Escrituras e da pregação apostólica, os quais deixaram claro que Jesus, ao mesmo tempo em que era humano – comendo, chorando, sofrendo e morrendo –, era Deus – afirmando ser um só com o Pai, chamando a Si mesmo de "Eu sou" (YHWH) e perdoando pecados. Reconciliar as duas realidades nem sempre foi fácil e a solução de muitos no meio do caminho foi tender ora para um lado, ora para outro – negando que Ele tivesse alma, vontade, inteligência ou aparência humanas. Faziam de tudo para evitar que se dissessem aquelas palavras aparentemente sem sentido: "Deus Se fez homem".
Não se pode culpar todos os que pensam assim, necessariamente [1]. Não se trata de uma dose fácil de digerir. Alguma coisa em nós parece recuar diante da ideia de que o Todo-Poderoso, o Onipresente, o Onisciente, o Sumo Bem, o único ente necessário, a causa de todas as coisas, possa ser limitado, contido e circunscrito em um bebezinho, em uma criança, em um homem – e não apenas em um homem, mas em um homem pobre, um carpinteiro rústico, nascido em um canto escondido do Império Romano, falando um idioma que poucos podiam compreender. Como pôde ser assim? Como pôde Deus assumir uma forma humana? Como pôde o Deus todo perfeito e autossuficiente sentir fome, crescer, aprender coisas e chorar? Parece haver algo de errado em tudo isso.
Ainda assim, pode existir algo mais indigno do que ser publicamente envergonhado e executado como um criminoso, flagelado em praça pública e ser estendido nu no alto de um monte? Certamente não e, no entanto, não seríamos capazes de negar isso de Jesus, ou seríamos? Assim, se Ele pode sofrer e morrer, por que não pode rezar e comer, chorar e nascer?
Há o outro lado de tudo isso, a visão que nega a divindade de Jesus e vê nele tão somente "um cara legal que nos ensinou algumas coisas boas, deu-nos um grande exemplo e mostrou o quanto nos amou recusando-se a agir violentamente contra os seus assassinos". Muitas vezes, a ideia de que "Jesus é o Todo-Poderoso Rei do Universo vestindo uma roupa humana por um curto período de tempo" pode não ser nada mais que uma reação ao Jesus "paz e amor", a outra extremidade do movimento do pêndulo. Mesmo assim, mais do que uma cristologia "fraca" ou "forte", o que precisamos é de uma cristologia verdadeira – ou, ainda melhor – uma cristologia fiel. Porque nós nunca compreenderemos completamente o mistério da Encarnação, mas podemos apreender um pouco dele, assim que começarmos a deixar que transforme as nossas vidas.
É precisamente este o ponto: Jesus toma a nossa humanidade (toda ela) e a redime, elevando-a à perfeição, apertando o botão reset, por assim dizer. São Paulo diz em sua Carta aos Romanos que pelo pecado de Adão a humanidade se perdeu, mas pela obediência de Cristo, ela foi salva. "Como a falta de um só acarretou condenação para todos os seres humanos, assim a justiça de um só trouxe para todos a justificação que dá a vida" (Rm 5, 18). Isso é o que Santo Irineu de Lião chama a "recapitulação" de Cristo [2], o fato de Ele tornar-Se a cabeça da raça humana, por Sua obediência e sacrifício. Por isso, pela graça merecida por Sua Cruz e dada a nós nos Sacramentos, Ele permite que nos tornemos aquilo para o qual sempre fomos chamados: ser filhos de Deus.
Em Jesus de Nazaré, Deus Se fez homem. Não deixe que essa verdade o assuste. Permita que ela transforme você.
Por Nicholas Senz | Tradução: Equipe CNP

Referências

  1. Neste Resposta Católica, Padre Paulo Ricardo explica que "o pecado da heresia só pode ser consumado quando há uma obstinação do indivíduo pelo erro".
  2. Cf. Adversus Haereses, III, 22, 3 (PG 7, 957-958).
Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog

sexta-feira, 24 de julho de 2015

O salário do pecado é a morte


Jamais se viu, como em nossos dias, um nível tão alto de desenvolvimento técnico e científico. É tão vertiginosa essa evolução, que nem conseguimos acompanhar as novas descobertas de cada dia nos diversos campos: carros, aviões, computadores, máquinas, aparelhos, ficam obsoletos em pouco tempo… Até aí nada de mal. O problema surge quando se pretende criar um “paraíso terrestre”, esquecendo-se do verdadeiro paraíso.
Jamais o homem encontrará na terra a satisfação de sua sede infinita de felicidade que só Deus pode suprir.
O que assistimos hoje é uma triste ‘batalha’, de um homem afastado de Deus, buscando desesperadamente a felicidade onde ela não existe; isto é, no deleite, no conforto, na diversão e no prazer dos sentidos.
Procura-se, a todo custo, aquilo que dê prazer, sensação, prestígio, riqueza e poder, ao mesmo tempo que se foge de tudo o que possa significar austeridade, sofrimento, auto-domínio, paciência, humildade, desprendimento, temperança…
Nunca como hoje houve tantas alternativas de diversões, algumas pouco se importando com as exigências morais das mesmas: video-locadoras (muitas com filmes que dariam vergonha a Sodoma e Gomorra!), academias de ginástica, saunas, boates, danceterias, teatros, cinemas, fliperamas, casas de ‘massagens’, tele-sexo, tele-horóscopo, motéis, excursões mil, televisão, restaurantes, shows, salões de beleza, flats, rotisserias, e mil outras artimanhas para fazer o homem e a mulher ‘felizes’. Mas, que felicidade?
E será que a temos conseguido? Não!
Quanto mais aumentam as redes de negócios, visando agradar as pessoas e dar-lhes uma vida ‘regalada’, tanto mais aumentam os problemas e as frustrações.
Quanto mais luxo, prazer, comida, bebida, passeios, programas… mais famílias destruídas, filhos e pais frustrados e a sociedade desmoronada.
Até quando permaneceremos neste sono letárgico e mortal? Até quando desprezaremos a riqueza do que somos e a beleza da vida que Deus nos deu?
Nunca como hoje o homem e a mulher precisaram tanto de meios para conter as próprias frustrações: psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, e tanta fuga na bebida, no fumo e na droga.
Nunca como hoje se consumiu tantos calmantes, soníferos e anti-depressivos. De acordo com notícias da Folha de São Paulo, a doença que mais afasta as pessoas hoje, do trabalho, nos Estados Unidos, é a depressão. Superou as demais. A conclusão é sintomática: a doença não é do corpo, é do espírito. A tecnologia satisfez as necessidades do corpo humano, mas não satisfez as necessidades da sua alma.
Pobre homem moderno! Afastou-se de Deus e quis construir o seu paraíso terrestre sem Deus; o que gerou foi apenas azedume, impaciência, doenças, aflições, disputas…
A palavra de Deus não erra:
“O salário do pecado é a morte” (Rm 6,23).
E não nos iludamos; pois, o pecado nos é oferecido pelo Tentador como um anzol bem iscado.
O demônio seduz o homem assim como o pescador engana o peixe. Tão logo ele engole a isca, sente o ferro do anzol prender lhe pela boca; arranca-o para fora da água, até morrer debatendose asfixiado. Que morte !
É assim também a angústia daquele que se entrega ao pecado. O seu preço é a dor, o desespero, a angustia e a morte.
Ainda é tempo! Como aquele filho pródigo, nós também não fomos criados para viver longe do Pai, e nem para comermos lavagens de porcos; não temos dentes e estômagos adequados a isso. É preciso ter coragem de levantar e dizer basta! Eu sou um filho amado de Deus!
O caminho de volta é fácil e bem conhecido: a porta da Igreja. Basta renunciar ao orgulho e dobrar os joelhos; basta renunciar à soberba e baixar a cabeça; basta encher-se de fé Naquele que é o único que pode nos dar a vida e a paz.
Aquele que te criou para ser feliz espera-o, como o Pai do filho pródigo, no sacramento da Confissão, pára, através do seu ministro, dar-lhe o abraço da paz. Não demore, pois o salário do pecado é a morte. A salvação é gratuita.
Prof. Felipe Aquino
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Fonte: http://cleofas.com.br/o-salario-do-pecado-e-a-morte/

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Exorcista italiano declara: “O Estado Islâmico é Satanás”


Para o padre Amorth, “os cristãos não sabem se defender de Satanás, que avança com o califado”

O Estado Islâmico é Satanás“. Palavra de exorcista. Em entrevista ao jornal italiano Il Giorno, o padre Gabriele Amorth falou da ferocidade dos jihadistas contra os cristãos.

“As coisas acontecem primeiro nas esferas espirituais e depois se tornam concretas nesta terra. Os reinos espirituais são apenas dois. O Espírito Santo e o espírito demoníaco. O mal disfarçado de várias maneiras, políticas, religiosas, culturais, tem uma única fonte inspiradora: o diabo. Como cristão, eu luto espiritualmente contra a besta”.
E ainda:

“A política mundial, que hoje se mostra sem respostas diante do massacre de cristãos, também terá que combater o Estado Islâmico e vai combatê-lo de uma forma diferente”.
Depois, o exorcista falou sobre a perda de espaço do cristianismo no mundo atual:

“Perguntemos a nós mesmos o que o Ocidente fez nas últimas décadas. Mandou Deus para o diabo. Acabou com as bênçãos de escolas, acabou com as cruzes, acabou com tudo, mandou tudo embora”.
Finalmente, falou de Satanás:

“Ele me responde apenas quando eu o questiono. Ele repete que o mundo está em seu poder, e nisso ele diz a verdade. Biblicamente falando, estamos nos últimos tempos e a besta está trabalhando freneticamente”.

Fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/blog/exorcista-italiano-declara-o-estado-islamico-e-satanas/



quinta-feira, 16 de julho de 2015

“Pobres dos fiéis católicos que frequentam as Santas Missas em muitas de nossas igrejas…”

Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo de Frederico Westphalen.


“Pobres dos fiéis católicos que frequentam as Santas Missas em muitas de nossas igrejas… Submetidos tantas vezes às arbitrariedades de uma pseudo liturgia pautada por distorções, abusos, ridículas inserções de palmas, agitação de folhetos, danças, símbolos e mais símbolos que não simbolizam nada. Quanto abuso! Quanta arbitrariedade! Quanta falta de respeito não só para com Aquele para quem deveria dirigir-se a celebração, mas também para com os pobres fiéis que são obrigados a engolir esdrúxulas situações falsamente chamadas de ” inculturação liturgica”, mas que na verdade revelam falta de fé ou a ignorância das mais elementares verdades da fé em relação à Eucaristia, à Presença Real e outras. Pobres fiéis guiados por alguns pastores que arrotam slogans fundados em um palavreado eivado de conceitos atribuídos ao malfadado “espírito do Concílio” que na verdade, de conciliar nada tem… Tal espírito passa longe daquilo que a Igreja de Cristo é e pretendeu favorecer com a reforma litúrgica. Pobres fiéis, forçados a ter de engolir o que destrói a fé, o que na prática nega a centralidade do Mistério de Cristo, poluindo-o com a tentativa de desfocar este Mistério através da inserção de conceitos ideologizados sobre Deus, o homem, a criação e tantas outras realidades.

A “nobre simplicidade” apregoada pelo Concílio transformou-se em desculpa para um “pobretismo” litúrgico que se expressa em despojamento do elementar, em relaxo, sujeira, descaso e outros defeitos. Dá-se à Liturgia, portanto a Deus, o que há de pior: no mínimo, o que é de gosto duvidoso. Chegamos ao tempo em que quem obedece as Normas Liturgicas é acusado de rubricista. Ai de quem ousar usar os paramentos prescritos pela legislação litúrgica vigente. No mínimo será caracterizado como “romano”, o que na visão de muitos é considerado como uma ofensa. E quem celebrar usando com fidelidade os livros litúrgicos, “dizendo o que está em letras pretas e fazendo o que está em letras vermelhas” será execrado pelos apregoadores do “autêntico espírito do Concílio”. Sinceramente, é preciso muita, mas muita fé mesmo para não deixar de acreditar que ‘as portas do inferno não prevalecerão’, como nos ensina Nosso Senhor.”

Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo de Frederico Westphalen.

Fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/blog/pobres-dos-fieis-catolicos-que-frequentam-as-santas-missas-em-muitas-de-nossas-igrejas/#at_pco=smlwn-1.0&at_si=55a7a414114836ba&at_ab=per-2&at_pos=0&at_tot=1

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Bispo fiel ao Vaticano desafia autoridades chinesas e aparece em público com anel e barrete


BEIJING, 14 Jul. 15 / 02:31 pm (ACI).- O Bispo de Zhouzi, Dom Wu Qinjing, ordenado com a aprovação da Santa Sé, mas não reconhecido pela Associação Patriótica Católica Chinesa, conhecida também como a IgrejaCismática por não reconhecer a autoridade do Papa, desafiou as autoridades chinesas ao vestir-se com barrete e anel em um ato público na catedral de sua diocese. Em algumas províncias da China a vestimenta clerical, a batina, a faixa, o anel e o barrete, está proibida em lugares públicos e a pena pode ser a prisão.
Conforme informou o jornal South China Morning Post, Dom Wu celebrou aEucaristia vestido como sacerdote, mas utilizou um barrete roxo e o anel próprios da sua condição de bispo, diante dos fiéis para a inauguração de uma nova cruz na catedral de Zhouzhi. O ato foi encarado como uma afronta às autoridades do país que dispuseram a proibição das vestimentas clericais para os bispos.
Dom Wu foi ordenado bispo de Zhouzhi, na província do Shaanxi, pelo antigo Bispo de Xian, Dom Anthony Li Duan, no mês de outubro do ano passado, mas, sua nominação não foi publicada até a semana passada, pouco antes do falecimento do bispo Li Duan.
O jornal assinala também que vários candidatos a bispo da Associação Patriótica Católica Chinesa, para as dioceses de Hubei, Hebei e Mongólia Interior estão prontos e poderiam ser ordenados nos próximos meses, sem a aprovação da Santa Sé.  “Muitas dioceses na China estão sem bispo. Não podemos esperar que as relações com o Vaticano melhorem para as preenche-las”, declarou a EFE Liu Bainian, Vice-presidente da Associação.
Caso sucedam estas ordenações, o fato agravaria ainda mais a tensa situação diplomática entre a Santa Sé e o governo de Pequim, pois, segundo o direito canônico somente o Papa pode nomear bispos mediante um decreto, tornando as ordenações episcopais feitas pela Associação Patriótica Chinesa ilícitas com pena de excomunhão para ordenados e ordenantes.
As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano se romperam em 1951, dois anos depois da chegada ao poder dos comunistas que expulsaram aos clérigos estrangeiros.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/bispo-fiel-ao-vaticano-desafia-autoridades-chinesas-e-aparece-em-publico-com-anel-e-barrete-65579/

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Bispos e sacerdotes realizam “exorcismo magno” no México

Cerimônia inédita foi realizada para frear o avanço do aborto, da violência e do satanismo, que “provocaram uma grande infestação satânica em todo o México”.


Um evento sem precedentes teve lugar na cidade de San Luís Potosí, região central do México, quando um grupo de bispos realizou um "exorcismo magno" sobre todo o país.
O rito foi realizado no dia 20 de maio, a portas fechadas, na catedral metropolitana da cidade. Contou com a presença de dois bispos: o arcebispo emérito de Guadalajara, cardeal Juan Sandoval Íñiguez, e o arcebispo de San Luís Potosí, monsenhor Carlos Cabrero. Também participaram da celebração o padre José Antonio Fortea, famoso demonologista espanhol, bem como inúmeros sacerdotes exorcistas vindos de diversas dioceses mexicanas.
O exorcismo foi realizado para conter o avanço do aborto e da violência ligada ao tráfico de drogas, e também para frear práticas como o satanismo e o culto pagão à "santa morte", as quais – segundo explica o pe. Fortea – "provocaram uma grande infestação satânica em todo o México".
Monsenhor Cabrero explicou que o caráter reservado da cerimônia se deve a que "logo aparecem os mórbidos e as más interpretações" e assinalou que "o que se quer buscar é o bem, antes de tudo". Ele também disse que, nesta oração, "se pede, por exemplo, pelas questões do divórcio e do aborto, e que muitas vezes são favorecidas por leis desumanas, que vão contra a própria natureza".
O cardeal Íñiguez assegurou a importância de que as pessoas tomem consciência "da situação tão grave que vivemos no México, que tem uma raiz muito profunda e para além da maldade humana, que é o demônio, o qual está muito conectado com a morte, sendo o homicida desde o princípio". Ele manifestou o desejo de que ritos como esses "se multipliquem" ao redor do mundo.
Em entrevista exclusiva a ACI Prensa, o padre Fortea recordou que essa é a primeira vez que "exorcistas vindos de distintos lugares se reúnem para exorcizar os poderes das trevas não de uma pessoa, mas de todo um país". Na Idade Média, São Francisco de Assis expulsou os demônios da cidade de Arezzo [1], mas isso aconteceu de forma privada. "Deste modo ritual, belo, cheio de cerimônias, nunca antes isso teve lugar em nenhuma parte do mundo."
Perguntado se os demônios podem ser expulsos de um país, o exorcista explicou que, "na medida em que um país aumenta desmedidamente o pecado, nessa medida a ação tentadora dos demônios acontece mais facilmente". "Na medida em que em uma nação se realizem mais atos de bruxaria e mais satanismo, nessa mesma medida acontecerão mais fatos extraordinários provindos desses poderes das trevas."
Ele afirmou que não se deve esperar "nenhum fenômeno extraordinário" como efeito do exorcismo. "Seria um erro pensar que, por realizar um grande exorcismo para toda a nação, tudo já mudará automaticamente", disse. "Se, porém, com o poder recebido de Cristo, afastamos os demônios de uma nação, certamente isso repercutirá positivamente".
Questionado se uma cerimônia dessas poderia se repetir em outros lugares do mundo, o pe. Fortea respondeu que "seria muito desejável". "Temos que ter fé em que Deus entregou um poder aos Apóstolos e que podemos usar esse poder", afirmou. "Satanás ronda, como leão a rugir, procurando a quem devorar, e os pastores podem afastar o depredador da vítima".
Não é a primeira vez que se vê uma notícia relacionando o México à ação direta do mal. Em 2013, depois de uma audiência na Praça de São Pedro, o Papa Francisco impôs as mãos sobre um peregrino mexicano, chamado Ángel, e as cenas da oração do Santo Padre correram o mundo:

Um dia após o ocorrido, o padre Gabriele Amorth conversou com o rapaz e disse não ter dúvidas de que estava possuídoO estado de Ángel, porém, recebeu o diagnóstico especial de "possessão com mensagem". Segundo o pe. Amorth, ele "foi eleito pelo Senhor para mandar uma mensagem ao clero mexicano e dizer aos bispos que têm que fazer um ato de reparação pela horrenda lei do aborto aprovada na Cidade do México em 2007 e que supõe um ultraje à Virgem." O exorcista italiano também avisou que, enquanto os prelados não realizassem o ato de reparação, Ángel não seria liberto da ação demoníaca.
Considerando que os males morais que têm afligido o México são os mesmos que tomam conta da América Latina e rondam o resto do mundo, não nos resta senão implorar a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe sobre toda a humanidade, para que os seus súditos angélicos "persigam os demônios, combatendo-os por toda a parte, reprimindo-lhes a insolência e lançando-os no abismo". Que a "Augusta Rainha dos céus" não demore a "esmagar a cabeça de Satanás".
Com informações de ACI Prensa | Por Equipe CNP

Referências

  1. Cf. Tomás de Celano, Segunda Vida de São Francisco de Assis, 74 (FF, 695); São Boaventura, Legenda Maior, VI, 9 (FF, 1114).
Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog

União Europeia quer mães britânicas fora de casa

Ideólogos estão preocupados porque porcentagem de mães britânicas em casa é o dobro da média da União Europeia. A solução seria prover creches financiadas pelo Estado.


O Conselho Europeu, com sede em Bruxelas, órgão composto pelos chefes de governo da União Europeia e que determina a agenda política da organização, fez uma crítica às mães britânicas por quererem ficar em casa para cuidar de seus filhos.
Um relatório do Conselho aponta que "a porcentagem de mulheres britânicas inativas ou em trabalho a tempo parcial por conta de responsabilidades pessoais e familiares (12,5%) foi quase o dobro maior que a média da União Europeia (6,3%) em 2013" e considera isso um "desafio social" que o governo britânico deve se empenhar para eliminar, provendo mais creches financiadas pelo Estado.
O relatório também critica o fato de que haja mais mulheres que homens trabalhando a tempo parcial. "A diferença na parcela de trabalho a tempo parcial entre mulheres (42,6%, em 2013) e homens (13,2%, em 2013) é uma das maiores da União Europeia", diz o documento.
Às recomendações do Conselho se seguiram respostas indignadas dos britânicos, que dizem que o Estado não deve interferir na opção de mães que escolhem ficar em casa. "São as famílias britânicas que devem decidir como lidar com a educação dos seus filhos, sem coação do governo britânico ou de burocratas europeus. Essa é apenas mais uma tática de bullying para fazer com que as mães abandonem seus filhos pequenos em casa", disse Laura Perrins, do grupo Mothers at Home Matter ["Mães em casa são importantes"], a The Telegraph.
Em outro artigo publicado no jornal inglês, Perrins critica o feminismo moderno, que "ignora a maternidade e está focado apenas no mercado de trabalho". "Esse é o meu problema com o feminismo moderno", escreve. "Ele está apenas preocupado com a igualdade de 'planilha', como com quantas mulheres são executivas, bancárias ou comerciantes. Se você não está trabalhando fora, simplesmente não conta". A articulista considera que, "se quiser ser uma verdadeira irmandade, o feminismo deve aceitar e respeitar a escolha de uma mulher de permanecer em casa e cuidar de sua família".
Ela também responde à afirmação de que mulheres que ficam em casa estão "desperdiçando o seu potencial". "Educar a próxima geração de cidadãos é uma contribuição crucial não apenas para a família, considerada individualmente, mas para a sociedade como um todo", diz. "Pode não ser glamouroso e, acredite-me, pode ser entediante às vezes, mas é algo que conta. Todas as pequenas coisas que uma mãe ensina ao seu filho todo o dia, todos os dias: isso conta".
Para Perrins, está muito claro que a responsabilidade pela educação das crianças não pode ser transferida abusivamente para o Estado. "A criação, educação e transmissão de valores morais e culturais para as próximas gerações é um papel desafiador e importante – diz ela – e não é algo que possa ser cumprido eficazmente em creches comunitárias".
A mãe e articulista britânica também pede uma mudança de mentalidade. "A maternidade só será uma barreira para a igualdade se a sociedade escolher assim e definir que são apenas os esforços no trabalho assalariado que 'importam'". Trata-se, como diz o escritor G. K. Chesterton (também ele britânico), da"estranha ideia de que as mulheres são livres quando servem os seus empregadores, mas escravas quando ajudam os seus maridos".
Perris conclui rebatendo as acusações de que o trabalho doméstico tornaria as mulheres desiguais. "Se criar a próxima geração de cidadãos é visto como algo sem sentido ou inferior ao trabalho fora de casa, que seja: as donas de casa são 'menos iguais'", afirma. "Mas essa é a opinião dos políticos e das feministas, não a contribuição da mãe. Para os seus filhos e a sua própria família, ela é inestimável".
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog/uniao-europeia-quer-maes-britanicas-fora-de-casa