quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Ser amigo é o segredo da vida


"Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel; o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade da sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor achará esse amigo. Quem teme ao Senhor terá uma excelente amizade, pois seu amigo lhe será semelhante" (Eclesiástico 6, 14-17).

Amigo não é apenas um conhecido, um colega, um companheiro... Não. Amigo é amigo. Se eu quisesse definir amizade teria de encontrar as palavras certas e o conceito exato, porque amigo não é uma coisa qualquer. É por isso que a Palavra de Deus nos diz que quem encontrou um amigo encontrou um tesouro. 

Um amigo pode nos transformar. E por que nos transforma? Porque antes de tudo o amigo nos ama como somos. O amigo consegue nos corrigir e, muitas vezes, só ele é capaz de alcançar esse feito. O que o pai e a mãe, muitas vezes, não conseguem, um amigo pode conseguir. Ele atinge o coração. Ele e, muitas vezes, só ele tem linha direta com o nosso coração. Ele chega lá, naquele lugar aonde ninguém consegue chegar. E por que ele consegue chegar lá? Repito: porque o amigo nos ama do jeito que somos. É por isso que ele consegue nos transformar. 

O amigo é capaz de dizer as coisas como elas são, ele consegue nos dizer as verdades que não quereríamos ouvir, mas como o amigo é amigo, acabamos ouvindo. Muitas vezes nós nos chateamos com ele por essa razão, nos afastamos dele e ficamos sem nos comunicar com ele... Mas passam as horas, os dias e a gente volta atrás e entende, acolhe, se dobra... e tudo muda. 

Às vezes a gente briga, se revolta... mas porque amigo é amigo, a gente não consegue ficar longe. A amizade é mais forte que a briga e a revolta. E que bom que é assim! Muitas vezes só a amizade é capaz de nos dobrar. Por isso, ter amigos é essencial. 

Ser amigo é o segredo da vida e da vitória. E por que tudo isso? Porque na amizade há amor. Amor puro. Amor desinteressado. Por isso "quem o achou descobriu um tesouro".


Fonte: http://cancaonova.com/portal/canais/pejonas/pejonas_msg_dia.php

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O que você escolhe: lutar ou fugir?


“O gênero humano”, disse o poeta T.S. Eliot, “não suporta muita realidade”. Não precisamos ir longe para encontrar provas dessa afirmação. Hoje, as pessoas fogem da vida real, uma a uma, retirando-se para suas distrações particulares. As rotas de fuga vão das drogas e do álcool aos romances de ficção e jogos de realidade virtual.
O que a realidade tem que a humanidade acha tão insuportável? A enormidade do mal, sua aparente onipresença e seu poder, e nossa evidente incapacidade de fugir dele – na verdade, nossa incapacidade de perpetrar o mal. O inferno, ao que parece, está em toda parte – em imitação barata da onipresença de Deus -, ameaçando nos consumir, nos sufocar.
Essa é a realidade que não suportamos. Contudo, é a dura e terrível realidade que João descreveu, sem hesitar, no Apocalipse. As bestas de João assomam monstruosas, além da mais medonha visualização de Hollywood, estalando as mandíbulas para as presas mais inocentes e vulneráveis: uma mulher grávida, um bebê. Desprezam a natureza e a graça, a Igreja e o Estado. Varrem um terço das estrelas do céu. São o poder por trás do trono das nações e dos impérios. Fortalecem-se com a imoralidade das pessoas que seduzem; embriagam-se com o “vinho” da prostituição, da ganância e do poder abusivo de suas vítimas.
Ao enfrentar essa oposição, precisamos escolher: lutar ou fugir. É um instinto humano básico. Além disso, depois de uma avaliação superficial de nossos recursos aparentes, e dos recursos aparentes do inimigo, “fugir” parece ser a escolha razoável. Entretanto, segundo os mestres espirituais, a fuga não é opção real. Em sua clássica obra O combate espiritual, Dom Lorenzo Scupoli escreveu: “Esta guerra é inevitável e é preciso lutar ou morrer. A obstinação dos inimigos é tão ameaçadora que a paz e a arbitragem são completamente impossíveis”. Em suma: fugimos do mal, mas não conseguimos nos esconder.
Além disso, não subimos ao céu se fugimos do combate. Deus nos destinou- a nós, Igreja- a ser a esposa do Cordeiro. Contudo, não governamos sem antes vencer as forças que se opõem a nós, aos poderes que são pretendentes ao nosso trono.
O que vamos fazer? Devemos olhar a nossa volta, depois de erguer o véu da simples visão humana. João revela a notícia mais estimulante para os cristãos em combate. Dois terços dos anjos estão do nosso lado, lutando com constância enquanto dormimos. São Miguel Arcanjo, o mais feroz guerreiro do céu, é nosso aliado incansável e imbatível. Todos os santos do céu clamam constantemente a Deus por nossa defesa. E no fim- o mais estimulante de tudo- nós vencemos! João vê o combate da perspectiva da eternidade; assim, ele revela o fim tão brilhantemente quanto descreve as perdas. As batalhas devastam tão encarniçadamente que os rios ficam vermelhos como sangue e corpos apodrecem amontoados nas ruas. Porém, os vitoriosos entram em uma cidade com rios que correm com água da vida e com sol que nunca se põe.
Leia novamente o padre Scupoli: “Se a fúria dos inimigos é grande e seu número esmagador, o amor que Deus tem por você é infinitamente maior. O anjo que o protege e os santos que intercedem por você são mais numerosos”.
*HAHN, S. O banquete do Cordeiro: a missa segundo um convertido. 11ª edição. São Paulo: Ed. Loyola, 2009.
*Um dos livros de Scott Hahn, um renomado professor de teologia e de Escritura na Universidade Franciscana em Steubenville, nos Estados Unidos, fundador e dirigente do Institute off Applied Biblical Studies, é o “Banquete do Cordeiro”, no qual revela um segredo duradouro da Igreja: a chave dos cristãos para entender os mistérios da missa.
O autor explora o mistério da Eucaristia com os olhos novos e fala da missa como um poderoso dama sobrenatural, no qual o sacrifício real do Cordeiro traz o céu à terra. Hahn era protestante calvinista e quando se pôs a estudar sobre a vida dos primeiros cristãos, se aproximou da Eucaristia.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sacrifício, o real significado do Matrimônio

Quem se une em matrimônio deve amar o outro “como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela”.
Sacrifício, o verdadeiro significado do Matrimônio








O motivo de muitos casamentos não "funcionarem", por assim dizer, reside na esperança que os esposos não poucas vezes depositam no lugar errado. Muitas pessoas têm se unido com a finalidade de satisfazer a si mesmas. Assim, quando surgem as primeiras dificuldades, os primeiros desarranjos, o casal entra em crise e quer se separar. Trata-se, sem dúvida, de um problema de fé. A pessoa crê firmemente que se casou para "ser feliz". Assim, se o seu cônjuge não passa de um obstáculo no caminho rumo a esta "felicidade egoísta", nada resta senão descartar de modo definitivo esta pessoa – como se descarta um objeto mesmo.
Neste conflito, sequer os filhos constituem um empecilho para que os pais se divorciem. Afinal, se o que importa é a felicidade deles, o importante são eles, nada mais. Não é que os pais que se divorciam não se preocupem com seus filhos. É que eles estão muito preocupados consigo mesmos para pensar em outra coisa que não seja... eles mesmos.
O verdadeiro amor é totalmente o contrário deste anseio desordenado de autossatisfação. Ensina São Josemaría Escrivá:
"Às vezes, fala-se do amor como se fosse um impulso para a satisfação própria, ou um simples recurso para completarmos em moldes egoístas a nossa personalidade. E não é assim: amor verdadeiro é sair de si mesmo, entregar-se. O amor traz consigo a alegria, mas é uma alegria com as raízes em forma de cruz. Enquanto estivermos na terra e não tivermos chegado à plenitude da vida futura, não pode haver amor verdadeiro sem a experiência do sacrifício, da dor. Uma dor que se saboreia, que é amável, que é fonte de íntima alegria, mas que é dor real, porque supõe vencer o egoísmo e tomar o amor como regra de todas e cada uma de nossas ações."01
Uma das passagens divinamente inspiradas mais belas é aquela em que São Paulo compara o vínculo conjugal ao amor de Cristo pela Igreja. "As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o salvador" (Ef 5, 22-23), diz o Apóstolo. "Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela" (5, 25).
"Como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela". E como Cristo amou a Igreja? "Tendo amado os seus que estavam no mundo", diz São João, "amou-os até o fim" (Jo 13, 1): não só até o fim de sua vida, mas "até o cume de toda a possibilidade de amor (...), até à extrema exigência imposta pelo amor"02. No altar do Calvário, consuma-se o sacrifício de uma vida inteira doada por amor: a entrega de Jesus pelos Seus, pela Igreja. É, sem dúvida, um amor alegre, mas revela-se "em forma de cruz".
No altar do leito conjugal e da convivência diária, do mesmo modo, consuma-se outro sacrifício de amor: a entrega matrimonial. Esta também é uma bela oferta, que "traz consigo a alegria", mas, sem dúvida, não é fácil de ser feita. Assim como foi difícil para Jesus encarar o sofrimento da Cruz, nesta vida, os filhos de Deus que se unem em matrimônio também são chamados a entrar no Getsêmani. No horto das Oliveiras, há quase dois mil anos, Jesus "entrou em agonia (...) e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra" (Lc 22, 44). No vale de lágrimas que é o mundo, hoje, os casais são chamados a doar as suas vidas, renunciando a si mesmos em prol do outro e dos seus filhos.
O matrimônio não foi feito para que um indivíduo se faça feliz. Ele foi concebido para que o homem e a mulher, fazendo-se instrumentos do amor divino, daquele amor com que Cristo amou a Sua Igreja, façam-se felizes, um ao outro. O casamento cristão não foi instituído para o egoísmo, mas para a formação da família, pela qual os pais devem se gastar, dia após dia, como Jesus se gastou pelos Seus.
Que os casais não percam de mente estas palavras, que devem moldar a verdadeira paternidade: "Não pode haver amor verdadeiro sem a experiência do sacrifício".
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. É Cristo que passa, n. 43
  2. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora. Movimento Sacerdotal Mariano. 25ª ed. brasileira. p. 774.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Não existe “reencarnação” depois da morte

Ao invés de sair à procura de um consolo aparente, os católicos devem estudar mais a sua fé. Só ela oferece um fundamento sólido de esperança.









A celebração dos fiéis defuntos, ao começo deste mês, trouxe aos cristãos uma verdade importante: "memento mori – lembra-te que vais morrer". Quando o homem nasce, ninguém pode dizer com certeza o que ele virá a ser: se será rico ou pobre, se seguirá uma ou outra carreira, sequer a duração de sua vida pode ser determinada. Uma coisa, no entanto, é certa para todas as pessoas: um dia, inevitavelmente, morrerão. Não há homem, por mais rico e poderoso, que possa se livrar de sua morte. "Ninguém se livra de sua morte por dinheiro, nem a Deus pode pagar o seu resgate", canta o salmista. "A isenção da própria morte não tem preço; não há riqueza que a possa adquirir, nem (...) garantir-lhe uma existência imortal" (Sl 48, 8-10).
Por este motivo, a Igreja não pode permanecer calada diante deste que é, segundo a constituição Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II, o ponto mais alto do enigma da condição humana. "Não é só a dor e a progressiva dissolução do corpo que atormentam o homem, mas também, e ainda mais, o temor de que tudo acabe para sempre"01, escreveram os padres conciliares.
Diante deste temor, os homens podem caminhar para a estrada ilusória do materialismo, chegando à tenacidade de negar não só a existência da alma e das realidades eternas, mas o próprio sentido da vida humana. Afinal, se é só para esta vida repleta de sofrimentos e injustiças que o homem nasceu, então, definitivamente, toda a existência não passa de uma grande piada – e de muito mau gosto.
Outra atitude de fuga diante da morte consiste em lançar mão de supostas "revelações" de espíritos que, no fim das contas, não passam de um embuste para enganar as pessoas e fazê-las recuar ao trabalho difícil de buscar a salvação. Geralmente, é o drama da perda de um ente querido que se transforma em ocasião para o indivíduo se aventurar em um terreno perigoso e contaminador.
Em resposta ao espiritismo e à crença recorrente da reencarnação, a Sagrada Escritura é bem clara: "Está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo"(Hb 9, 27). E o Catecismo da Igreja Católica confirma: "Quando tiver terminado o único curso de nossa vida terrestre, não voltaremos mais a outras vidas terrestres. (...) Não existe 'reencarnação' depois da morte" (§ 1013).
Ao invés de sair à procura de um consolo apenas aparente – esperando que um familiar emita supostas "mensagens do além" ou que "se reencarne" no corpo de outro ser humano –, os católicos devem estudar melhor a sua fé e, alegrando-se por terem recebido a verdade de Jesus e de Sua Igreja, perceber que ela oferece um fundamento sólido de esperança. Ao fim desta existência terrena, espera pelo cristão uma outra muito mais elevada e nobre do que esta. Com a morte, ele se reunirá diante "da montanha de Sião, da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial, das miríades de anjos, da assembleia festiva dos primeiros inscritos no livro dos céus, e de Deus, juiz universal, e das almas dos justos que chegaram à perfeição, enfim, de Jesus, o mediador da Nova Aliança, e do sangue da aspersão, que fala com mais eloquência que o sangue de Abel" (Hb 12, 22-24).
Como deveria exultar a alma cristã ao ler estas palavras da Carta aos Hebreus! Ao fim de uma vida servindo quotidiana e persistentemente a Deus, espera-a uma eternidade não só ao lado daqueles familiares e amigos que morreram na fé, mas ao lado do próprio Senhor, de Sua Mãe Santíssima e de todos os santos e anjos do Céu! Quanta confiança não deveria brotar no coração humano, ao ler São Paulo dizer que "o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu" (1 Cor 2, 9)!
À luz do mistério da Ressurreição, o cristão crê firmemente que a morte não tem a última palavra. Olhando para Cristo, ele sabe que todas as pelejas e batalhas desta vida, embora passem pela morte, não culminam nela. Afinal, Jesus subiu o monte Calvário, mas, três dias depois, voltou à vida – àquela vida que todos os bem-aventurados um dia gozarão, ao Seu lado, no Céu.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. Constituição pastoral Gaudium et Spes, n. 18

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Por que trazer uma criança a este mundo?


A paz de Cristo galera!

Estes dias entrei no youtube e uma daquelas propagandas que aparecem antes dos videos me chamou a atenção, é raro eu ficar assistindo as propagandas (Acho que sempre forçam a barra com estas propagandas), mas esta em especial me fez parar e refletir desde o título "Por que trazer uma criança a este mundo? "

Acredito pelo menos uma vez na vida, esta pergunta já esteve presenta na vida das pessoas, não é raro escutar isto hoje, em que vivemos constantemente a merce da violência, e em um mundo egoísta no qual primeiro é o meu interesse depois os dos outros, e este é o principal motivo do "MEDO" que as pessoas tem da vida!

Bom nesta propaganda a mensagem é basicamente o medo, mostrando os problemas que o mundo nos impõe atualmente, e que isso seria o fator que usamos para dizer "vou ter um filho ou não", existe também a questão da vaidade e do egoísmo no qual as pessoas deixam de ter filhos por causa do meu EU, mas na propaganda especificamente é o medo de tudo o que passamos em nossos tempos, com olhar negativo quanto ao futuro.

Apesar de ser uma propaganda, ela nos instiga a refletir na condição de servo ao Cristo, trazendo para uma realidade Cristã, será que devo continuar agindo neste negativismo? acreditando que seu eu vivo em um mundo horrível meus filhos viverão em um mundo pior? Isto é não acreditar no evangelho! Pois como grandes maravilhas foram construídas ao longo da história humana por muitas gerações envolvidas, assim também nós servos de Deus devemos construir o reino aqui de geração em geração! 

Assista ao vídeo!

Cristian Giosele

A voz que clama no deserto!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A família no centro da política


Padre Paulo Ricardo em novo pronunciamento na Câmara dos Deputados, em Brasília, fala sobre a terrível ameaça que se avizinha perante a nação: a ideologia de gênero que, inexoravelmente, avança em todas as esferas



É inegável que a sociedade ocidental como um todo vem passando por um inexorável processo de destruição do conceito de família. Apresentada com belas cores, como sendo uma realidade automática, os tempos modernos, ou ainda decorrente do processo de amadurecimento da sociedade, a ideia de que o conceito de família é retrógrado e obsoleto vem tomando corpo. As novas formulações de família tem sido marteladas nos ouvidos, em programas de televisão, em jornais, revistas e no cinema há pelo menos 30 anos, desde a década de 70, quando a sétima arte brindou o mundo com "Kramer x Kramer" (1979) e sua pregação de que existem diversos tipos de família, de que elas não precisam ser como as tradicionais etc. Desde então o que se vê é a reengenharia incidindo sobre a definição de família.
Ora, isso não está ocorrendo ao acaso, naturalmente, como os seus ideólogos querem fazer crer, mas se trata de uma estratégia milimetricamente pensada, com objetivos e agentes claramente identificáveis. Também não se trata de teoria da conspiração, como iremos ver.
O documento "Agenda de Gênero: redefinindo a igualdade" é um resumo de um livro escrito por Daily O´Leary, uma americana que participou pessoalmente da Conferência do Cairo (1994) e de Pequim (1995). Como militante na defesa da família, ao participar em Pequim, ela se assustou ao perceber que as grandes fundações e as ONGs financiadas por elas, estavam muitíssimo preocupadas em inserir nos registros da Conferência o termo "gênero". Tanto que neles se lê o vocábulo nada menos que 211 vezes.
Em inglês, a palavra " gender" é sinônimo da palavra "sex" e, originalmente, não há diferença entre elas, porém, ideólogos como Judith Butler, introduziram na linguagem uma diferenciação entre elas. O "sexo" seria aquele com o qual a pessoa nasce. Biologicamente se pode ser homem ou mulher. Gênero, por sua vez, é uma construção social, a identidade que se constrói ao longo da vida e pode ser masculina, feminina, bissesexual, transexual, entre outros. É um construto social. As grandes fundações tem despejados rios de dinheiro em pesquisa e em financiamento de ONGS pelo mundo todo, cooptando pessoas para que militem a favor da chamada "ideologia de gênero".
Hoje em dia, quando se ouve a palavra gênero, parece ser mais polido e politicamente correto proferi-la em vez de se usar a palavra "sexo", pois ela carregaria a conotação da relação sexual. É uma armadilha. Gênero não é sexo. É uma construção social.
Os ideólogos sabem que quanto mais cedo inocularem nas mentes das pessoas o que pretendem, mais fácil implantarão esse conceito na sociedade. Para tanto, objetivam agora atingir o sistema educacional cooptando as crianças desde mais tenra idade, pois assim fica mais fácil moldá-las. Desejam educá-las para escolha do seu objeto de satisfação sexual, não importando qual, pois todos são possíveis. Querem, em última análise, formar uma sociedade sexualmente versátil.
Pode parecer loucura, absurdo, mas é a realidade. Já está sendo implantada aqui mesmo no Brasil. Não se engane. Trata-se de uma estratégia demolidora, revolucionária cujo objetivo maior é destruir a família.
No documento citado, na página 23, a resposta para a pergunta crucial: por que querem destruir a família? Trata-se de um trecho extraído da obra "A origem da família, da propriedade privada e do Estado", assinado por Engels, mas cujo rascunho original foi escrito pelo próprio Karl Marx. Ele diz:
A primeira luta de classes que aparece na história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher no casamento monogâmico, e a primeira opressão de classe coincide com a submissão do sexo feminino pelo masculino.
Para o marxismo, a origem das desigualdades sociais é a família, e a primeira propriedade privada que existiu não foi uma cerca, mas sim, a mulher. O homem toma posse da mulher, domina-a e este conceito de família patriarcal, em que o macho é o proprietário da mulher e dos filhos é o da família burguesa, portanto, deve ser destruída. Eles afirmam que não haverá igualdade social enquanto subsistir a família, pois é a raiz de todas as opressões, portanto, os papéis tradicionais de pai, mãe, esposo, esposa, pais e filhos, todos eles devem ser abolidos, posto que opressores.
Não estamos, porém, diante de um grupo de pessoas que obedecem a ação do tempo, a maturação da história e que, diante disso, estão agindo para repensar a família. Não. Estamos diante de um grupo de pessoas que querem derrubar a família propositalmente porque, para eles, ela é fonte de desigualdade. E o instrumento utilizado para destruir a família, neste momento, é a abordagem de gênero.
Não é curioso que feministas, ao invés de insistirem numa abordagem da mulher, sob a perspectiva da mulher, sob os direitos da mulher, martelem justamente a perspectiva de gênero? Isso ocorre porque o conceito de mulher ainda está ligado ao papel social tradicional de mãe, esposa. As feministas chamam tal situação de ditadura do biologismo. "Abaixo a biologia! É preciso reverter os papéis!", bradam elas.
Por tudo isso, quando se ouvir a palavra "gênero" a luz de alerta deve se acender. Embora, eles queiram assim encenar, não há nada ao acaso, tudo foi sistematicamente elaborado e vem sendo sistematicamente aplicado pelas grandes fundações e ONGs internacionais financiadas por elas, com o aval e usando a estrutura da ONU para impor aos países a agenda destruidora que visa tão somente abolir a família.
Pode parecer que eles não vão conseguir, já que não têm o apoio da sociedade, contudo, eles têm estratégia e já testaram toda a metodologia, com sucesso, em um país especialmente escolhido, a Suécia. Na década de 60, os socialistas suecos elaboraram um plano pedagógico de como poderiam levar a sociedade a se tornar igualitária justamente pela destruição da família. O livro "A Caminho da Igualdade", escrito por Alva Myrdal e também o trabalho que ela desenvolveu ao lado do marido, Gunnar Myrdal, apresentam com clareza a ideia de que é necessário pegar as crianças na mais tenra infância para moldá-las de acordo com os novos parâmetros de gênero. Assim, o primeiro passo dado naquele país foi tirar as crianças do convívio paterno. Segundo eles, aos sete anos, início da idade escolar, a identidade sexual já está definida, por isso, para montar a identidade de forma versátil, desde o primeiro ano de idade é preciso dar a elas educação integral.
Ao abordarem, no Brasil, esse tipo de educação, o que se está dando início é à metodologia pensada pelos ideólogos de gênero, que pretende tornar as crianças sexualmente versáteis. Neste momento, somente uma atitude é exigida: parar, refletir e tomar as rédeas do problema.
De nada adiantará continuar na mentalidade de avestruz, com a cabeça enfiada na areia sem encarar o problema. É urgente sair da zona de conforto, da sensação de anestesia que toma conta do país. Como se tudo fosse uma evolução natural da sociedade e não um plano orquestrado, com muitas vidas empenhadas para a implantação desse novo sistema. E eles contam justamente com o silêncio dos crédulos, daqueles que acreditam na família e acham que nada irá destrui-la.
Além disso, a palavra e o conceito de "gênero" vem sendo inoculado no sistema jurídico do país. Existem inúmeros projetos de lei que se utilizam da terminologia e visam pouco a pouco implantá-la em todas as esferas da sociedade.
Tudo isso está muito bem documentado. Basta ler os livros. Ler Simone de Beauvoir, feminista, que dizia que não se nasce mulher, mas se torna mulher. Ler Sulamita Firestone, marxista, que dizia que de nada adianta querer igualdade na sociedade e tratar as mulheres como escravas, e que a diferença entre a esposa e a prostituta é que a segunda faz sexo mediante pagamento, portanto, como um trabalhador assalariado, enquanto a esposa tem status de escravo, pois trabalha e nada recebe. Para ela, em termos de dignidade humana e hierarquia, a prostituta está em grau mais elevado que a esposa, mãe de família.
Que eles queiram fazer isso, muito bem. Mas que o façam dentro da regra do jogo democrático, ou seja, avisando o que está se pretendendo fazer, pois o povo tem o direito de saber. Que ajam como um navio singrando os mares, de modo aberto, sob o sol, mas não como um submarino, sub-repticiamente.
Nesse momento da história é preciso tomar uma decisão. Cada pessoa, cada brasileiro, cada cristão deve interromper o curso de suas próprias vidas para salvar o patrimônio da família, dedicando todo o tempo, a carreira, energia nessa luta, pois, ou colocamos tudo o que somos e temos nesse projeto ou eles obterão o que intentam. Ninguém haverá de detê-los. Eles estão decididos a implantar essa louca ideologia a qualquer curso e para isso não pouparam nem as próprias vidas.
Ninguém escolheu o tempo que iria nascer nem a vida que iria viver. Se nascemos nesses tempos dramáticos, devemos fazer o que nos é devido. Deus nos pedirá contas desse tempo. É preciso coragem para interromper a própria vida para salvar algo maior. Se não o fizermos, se não lutarmos para salvar o patrimônio extraordinário da humanidade, da civilização que é a família, ela irá sucumbir.

Material para estudo

  1. Agenda de Gênero - Redefinindo a igualdade

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Crianças órfãs pelo tufão são vítimas de traficantes e pedófilos nas Filipinas

Fonte imagem: veja.abril.com.br

ROMA, 18 Nov. 13 / 11:30 am (ACI/EWTN Noticias).- São chamados "os órfãos Yolanda". São milhares de crianças que ficaram órfãs depois da tormenta que atingiu a província de Leyte e são as vítimas mais vulneráveis, já que se encontram sozinhas, perambulando entre os escombros, em busca de alguém que cuide delas.
"Essas crianças são as vítimas privilegiadas de pessoas que as sequestram com objetivo de pedofilia ou tráfico humano. É uma perspectiva horrível, mas é realidade em caso de calamidade natural. Estas crianças precisam de atenção imediata para serem salvas das garras de traficantes e pedófilos", denuncia através da agência vaticana Fides o Padre Shay Cullen SSC, missionário de São Colombano, que vive nas Filipinas desde 1969, conhecido pelo seu compromisso social e pastoral, especialmente pelas crianças vítimas da exploração sexual.
O missionário explica o fenômeno: "com o pretexto de salvar ou curar crianças, os traficantes as sequestram e as vendem aos pedófilos ou ganham somas imensas de dinheiro fornecendo as crianças para adoções ilegais. Pior ainda, as colocam no campo da prostituição, tornando-as escravas da exploração sexual".
Os pequenos passarão à história como "os filhos perdidos de Yolanda e considerada a grande devastação, espera-se que a emergência fome e a difícil situação dos refugiados durará vários meses", diz o padre Cullen.
É "uma situação ideal para os traficantes. É preciso fazer todo o possível para deter o tráfico de crianças. A nossa associação ‘Preda Foudation’ – conclui o sacerdote– enviou agentes sociais qualificados à área atingida, para ajudar a proteger e cuidar das crianças sem moradia".
O tráfico de pessoas e a prostituição infantil é um problema social nas Filipinas. O tráfico de pessoas é controlado pelas organizações criminais espalhadas por todo o território nacional, e o país está no topo da classificação mundial pela magnitude do fenômeno.
Estima-se que no país as crianças vítimas do tráfico com fins de exploração sexual se encontram entre os 60.000 e 100 mil. A estas vítimas, escolhidas entre as aldeias pobres ou nas áreas periféricas das metrópoles, frequentemente, é prometido, enganando-as, um caminho educativo e formativo em uma família rica de uma grande cidade.
A prostituição infantil registra uma incidência importante, especialmente nas zonas turísticas das Filipinas.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Que a família seja de Deus

familia

Sabemos que a família é “sagrada”, é uma instituição divina, pertence a Deus. É o eixo da sociedade e sua célula “mater”.
Logo, Deus é o primeiro interessado que a família vá bem e jamais deixará de derramar as suas bênçãos sobre aquelas que lhe são fiéis. Além de tudo o que nós, pais, podemos fazer, o mais importante é colocar a família sob a proteção de Deus.
Santo Inácio de Loyola dizia que devemos trabalhar como se tudo dependesse só de nós, mas rezar como se tudo dependesse só de Deus. Não basta trabalhar pelos filhos e pela família, é preciso rezar e, diariamente colocá-los nas mãos de Deus. Diz o salmista que:
“Se o Senhor não edificar a casa,
Em vão trabalham os que a constroem.
Se o Senhor não guardar a cidade,
Debalde vigiam as sentinelas.” (Salmo 126,1)
Ainda que derramemos nosso sangue, suor e lágrimas por nossos filhos, ainda assim será em vão se lhes faltassem as bênçãos de Deus. Por isso, é preciso todos os dias orar por eles e consagrá-los ao amor de Deus. O Senhor cuidará deles mais do que nós, pois, antes de serem nossos, são Seus filhos, Lhe pertencem.
Tenho pena dos filhos que não têm um pai e uma mãe para orar por eles. Não há oração mais eficaz pelos filhos do que a dos próprios pais.
Desde minha tenra infância lembro-me dos nossos pais a rezarem por nós. Aos cinco anos de idade aprendi a rezar o Terço no colo de minha mãe; e jamais pude viver sem rezá-lo. Com que saudade e alegria me lembro daquele Terço que toda a nossa família rezava, todos os dias, às seis horas da tarde, em quaisquer circunstâncias. Mesmo vivendo os problemas de qualquer família numerosa (9 filhos), contudo, jamais me lembro de um dia de desespero, escândalo, tragédia ou insegurança em nosso lar; Maria caminhava conosco.
Nossa família, simples e alegre, estava ancorada no Sagrado Coração de Jesus e no Imaculado Coração de Maria, por zelo e amor dos nossos queridos pais. Hoje, meus oito irmãos conservam a boa fé católica que receberam no berço; e a passam para os seus filhos. Não é assim que a Igreja deve ser edificada? Esta foi a melhor e a maior herança que nossos pais nos deixaram, e que os pais devem deixar aos seus filhos. Este foi o bom fruto de uma família consagrada a Deus e fiel às suas leis. Fomos todos educados nos ensinamentos infalíveis da Igreja e neles edificamos as nossas vidas.
“É inútil retardar até alta noite vosso descanso,
Para comer o pão de um duro trabalho.
Pois Deus o dá aos seus amados até durante o sono.” (Sl 126,2).
Deus proverá a família que lhe é fiel e que “vive pela fé” (Rom 1,17).
A família cristã deve confiar na Providência divina. Se fizermos a
nossa parte, Deus não deixará de fazer a Dele.
Aprendamos com o salmista que diz:
“Uns põem sua força nos carros, outros nos cavalos: Nós, porém,a temos em nome do Senhor nosso Deus.” (Sl 19,8).cpa_familia_santuario_da_vida
A família precisa confiar em Deus e abandonar-se aos seus cuidados:
“Não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, como vos vestireis (…). Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? (…). Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe  que necessitais de tudo isso (…).” (Mt 6,25-34).
Quando Jesus deu esses ensinamentos, deixou-nos uma norma de vida importantíssima: “viver um dia de cada vez”.
“Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã
terá as suas próprias preocupações. A cada dia basta o seu cuidado.”(Mt 6,34).
Deus cuida de nós “a cada dia”, e não quer ver-nos ansiosos, preocupados, inquietos e com medo do dia de amanhã. “A cada dia basta o seu cuidado.”
Portanto, não fique hoje, “arrancando os cabelos” com as preocupações de amanhã. O amanhã está nas mãos de Deus. Prepara-se bem para o futuro, vivendo intensamente o presente, nada mais.
Ele nos ensinou a pedir ao Pai o pão “de cada dia”. Durante quarenta anos ele alimentou o seu povo no deserto comendo “a cada dia” o maná descido do céu. Deus nos quer confiando Nele todos os dias, “a cada dia”.
“Vou fazer chover pão do alto do céu. Sairá o povo e colherá diariamente a porção de cada dia.” (Ex 16,4).
“Todas as manhãs faziam a sua provisão, cada um segundo suas necessidades.” (Ex 16,21).
É nesta fé e confiança em Deus que a família deve viver, certa de que receberá das mãos do Senhor tudo o que for necessário para o seu sustento, superando todos os medos e tensões.
“A cada dia basta o seu cuidado.” Consagrada a Deus, a família vencerá todos os seus problemas. A cada dia, de manhã e à noite, e também durante o dia, gosto de voltar meu coração ao Senhor e consagrar-lhe a minha casa. Nominalmente consagro minha esposa, e cada um dos nossos filhos, rogando-lhes a graça da união, fidelidade, paz e bênçãos. Muitas vezes, a consagro ao coração de Nossa Senhora, Mãe das famílias, para que estejamos todos sob seu manto materno. Nas horas difíceis, gosto de repetir com confiança aquela mesma oração que, desde o século III, os cristãos do norte da África já rezavam, para se consagrar à Virgem Maria:
“Debaixo da Vossa proteção nos refugiamos ó Santa Mãe de Deus;
não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos
sempre de todos os perigos; ó Virgem gloriosa e bendita.”
Maria Auxiliadora dos cristãos, rogai por nós!
Não deixo também de recomendar cada um de nós a São José, pai e patrono da Igreja, como proclamou o Papa Pio IX em 1870. Ele que foi escolhido por Deus para cuidar da Sagrada Família, cuidará também da nossa casa. Também aos Anjos e Santos devemos recomendar o nosso casamento e os filhos, para que estejamos todos debaixo da sua guarda e intercessão permanentes.
A família é a “igreja doméstica”, local de oração e “santuário da vida”. Por isso, o lar deve ser sagrado. A casa deve ser abençoada por um sacerdote, e suas paredes devem ser ornadas com belos e piedosos quadros de Santos. Em cada casa há de haver um oratório, com belas imagens que nos inspirem a oração e o amor àqueles que, como diz a Liturgia, “na presença de Deus intercedem por nós sem cessar”.
“A Sagrada Família, ícone e modelo de cada família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna de vida! Maria, Mãe do belo amor, e José, Guarda do Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção!” (CF,23).
Prof. Felipe Aquino
Retirado do livro: Família, Santuário da Vida

Toda superstição é um pacto com o demônio


Deus muda o nosso coração com a oração. Ontem falei um pouco sobre a virtude da religião, que é como a justiça aplicada a Deus. Jesus nos disse: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22). “E o que é de Deus, padre?” É dar a Ele o que Lhe é devido: a honra, a glória, a adoração. Isso também é uma virtude, uma disposição interior, de dar a Deus o que pertence a Ele.

Como toda virtude, ela [a virtude da religião] cresce com o exercício. Uma pessoa que quer andar de bicicleta, por exemplo, tem que treinar. Da mesma forma, quem quer tocar violão, deve tocar um dia, dois dias, três dias; ninguém nasce aprendendo a tocar violão. Quem me ensinou a rezar? Minha mãe. A religião é uma virtude que se aprende; e a Igreja é esta grande família que nos ensina a rezar, é só olhar a vida dos santos.

De duas grandes formas se pode pecar contra essa virtude: sendo omisso, ou seja, não dando a Deus o que Lhe é devido, ou fazendo aquilo que é contrário a Ele. Deste último temos o pecado da irreligião e o de superstição.

O pecado de irreligião é não ter respeito ou aversão ao que é sagrado. Por exemplo: jogar futebol é uma coisa boa? Sim. E jogar futebol dentro da igreja? Claro que não, isso seria um sacrilégio. Jesus, por exemplo, ficou irado e expulsou os vendilhões do templo quando viu que faziam comércio na casa de Deus, no templo de Jerusalém.

Mas, hoje, gostaria de falar de um pecado que está crescendo muito no mundo, o da superstição. Por este pecado o demônio adquire um domínio maior sobre nós do que por intermédio de outros pecados. A superstição é divinizar o que, na realidade, não é divino. E existem três grandes formas de superstição: a idolatria, a adivinhação e a magia.

Na adivinhação você coloca verdade e confiança em algo que não vem de Deus, como, por exemplo, nos búzios, nas cartas, nos adivinhos, entre outros. Na magia, você faz algo muito parecido, mas não em termos de conhecimento, mas sim de poder, ou seja, você busca uma força que não é a de Deus, é oculta, não vem de Jesus de Nazaré. Você vai a um bruxo, vai a um curandeiro ou cartomante para buscar algo que só Deus pode lhe dar. O povo de Israel chamava esta prática de adultério para com Deus. Tem gente que vai à Missa num dia e no outro vai ao terreiro [de práticas ocultas].  
Cuidado, meu irmão, isso é muito perigoso! Isso é um pecado de irreligião, ou seja, é como se você estivesse dizendo para Deus: "Olha, aquilo que só o Senhor poderia me dar eu estou buscando em outro lugar, pois eu não confio no Seu poder".
Nós perdemos esta sensibilidade espiritual, e ainda dizemos: "Ah! Mas isso não vai fazer mal a ninguém!". A Palavra de Deus diz que estas práticas [ocultas] são abomináveis! (cf. Dt 10, 12). Ao praticá-las você estará traindo o seu Deus! O Catecismo da Igreja Católica afirma que toda forma de adivinhação deve ser rejeitada.

O demônio engana muita gente, dizendo que não tem problema frequentar estes lugares, buscar um bruxo, etc., mas depois ele lança o veneno, divide os casais, faz a pessoa pecar contras as coisas sagradas. 

Santo Tomás de Aquino ensina que “toda adivinhação é obra de demônio", e Santo Agostinho escreveu um livro inteiro condenando a prática da adivinhação, afirmando que recorrer a estas práticas é fazer pactos com o demônio. Estes cultos de adivinhação trazem implícito um pacto com o demônio, e para ser liberto desse pacto é preciso uma renúncia explícita. Adivinhação é quando você pede ajuda ao demônio para conhecer coisas futuras ou coisas escondidas. “O demônio sabe das coisas futuras, padre?” Não, ele age como um meteorologista, ele faz cálculos para dizer o que vai acontecer.

Santo Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da Igreja, alerta que quem busca adivinhos ou invocação dos mortos (necromancia) faz um pacto explícito com os demônios. Esse santo afirma que os supostos espíritos que falam nos médiuns são, na verdade, os demônios. As pessoas ficam espantadas porque os médiuns falam com a voz do pai, da mãe, de um ente querido que morreu, porque o demônio também conhece os nossos entes queridos. Abra o olho porque aquele que fala ali não é a pessoa que já morreu, mas sim o demônio!

Todo tipo de adivinhação ou invocação de mortos é pecado grave e deve ser confessado, nos ensina a Igreja. São estes pactos que abrem as portas para a ação do demônio em nossas vidas. Daí começam a acontecer coisas em você, no seu corpo, doenças que não têm explicação, desmaios, etc. Isso porque você foi mexer com fogo, foi buscar solução em lugares que não vêm de Deus.

Transcrição e adaptação: Daniel Machado (@dancaonova)

--------------------------------------------------------------

Padre Duarte Lara 

Sacerdote português ministeriado em cura e libertação

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O último apóstolo

Do encontro pessoal com Jesus Ressuscitado nasce o testemunho de fé de São Paulo, o "apóstolo dos gentios"














De tantos discípulos que Jesus reuniu em torno de Si, apenas doze tiveram o privilégio de se sentar à mesa com Ele e participar de Sua intimidade. Eles eram chamados de "amigos", pois o Senhor deu-lhes a conhecer tudo quanto ouviu de Seu Pai (cf. Jo 15, 15). A eleição dos doze "apóstolos" – como ficaram conhecidos – era a demonstração clara de que Jesus queria uma Igreja hierárquica.
Um personagem especial, no entanto, mesmo não tendo convivido dia a dia com o Senhor, recebeu a dignidade de ser chamado de "apóstolo". Ao assinar suas cartas às primeiras comunidades cristãs, era assim que São Paulo se intitulava: "Paulo, servo de Jesus Cristo, escolhido para ser apóstolo, reservado para anunciar o Evangelho de Deus" (Rm 1, 1); "Paulo apóstolo – não da parte de homens, nem por meio de algum homem, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai que o ressuscitou dos mortos" (Gl 1, 1); "Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por ordem de Deus, nosso Salvador, e de Jesus Cristo, nossa esperança" (1 Tm 1, 1). Como ousava denominar-se "apóstolo" este homem que sequer tinha andado com o Cristo, mas, ao contrário, como se sabe, perseguia e matava os primeiros cristãos?
Viajando a Damasco, Saulo – como se chamava antes de adotar definitivamente o nome de Paulo – estava prestes a "levar presos a Jerusalém todos os homens e mulheres que achasse" seguindo a doutrina cristã (At 9, 2). Um encontro inesperado, porém, o impede. "Subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu", narra São Lucas (v. 3). Desenrolou-se, então, o famoso diálogo entre aquele homem e o próprio Salvador (cf. v. 4-6). Ali, Saulo deparava-se com o mistério de Cristo – e, ao mesmo tempo, com o mistério da Igreja.
A vocação deste homem foi de uma importância extraordinária para a Igreja primitiva. Se não é exato dizer que a expansão do Evangelho "precisava" de São Paulo, sua contribuição, no entanto, foi de uma valia que ninguém ousa menosprezar ou contrariar. Em revelação a Ananias – o discípulo que fez Saulo recobrar a visão, que tinha perdido na estrada para Damasco –, o Senhor disse: "Este homem [Paulo] é para mim um instrumento escolhido, que levará o meu nome diante das nações, dos reis e dos filhos de Israel" (At 9, 15).
A pregação de São Paulo não se limitou, todavia, a atingir os filhos de Israel. As inúmeras viagens que empreendeu, fundando igrejas por todos os cantos do mundo de então, reservaram-lhe o título de "apóstolo dos gentios". Por seu nome grego, por sua descendência e educação hebraicas e por sua cidadania romana, Paulo era o modelo ideal da confluência entre as três grandes civilizações de seu tempo, estando apto, por isso, a estabelecer um diálogo frutuoso com inúmeras culturas, mostrando-lhes a beleza do Evangelho e conduzindo-as a Cristo.
De fato, após o encontro com Jesus na estrada para Damasco, ensina Bento XVI, "Paulo não podia continuar a viver como antes, agora sentia-se investido pelo Senhor do encargo de anunciar o seu Evangelho como apóstolo"01. Este deveria ser um exame diário de todo batizado. Estar face a face com Cristo significa ser cercado por uma luz resplandecente que, de tão forte, cega a própria visão, impede que se tenha olhos para outras coisas que não seja Deus. É deste deslumbrar-se que nasce a consciência da missão. Só contemplando Paulo imerso na face de Jesus que é possível entender sua exclamação: "Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!" (At 9, 16).
Eis a chave para compreender o ardor missionário de Paulo. "Todo este esforço e toda esta aplicação com vistas à eficácia estavam profundamente ligados, na alma do Apóstolo, a uma participação ininterrupta na vida divina", sublinha Daniel-Rops. "Não há, nos grandes místicos, nenhuma separação entre a ação prática e a contemplação de Deus. Desde a hora em que Saulo, o fariseu, se tinha voltado para a luz, tudo nele se tinha dado a Deus, tudo se tinha perdido em Deus; como diria mais tarde, já não era ele que vivia, mas Cristo que vivia nele"02.
O Apóstolo só era capaz de viajar e anunciar a Palavra às outras pessoas porque ele mesmo bebia profundamente da água viva de Cristo, através da oração contínua e perseverante. É da pena do viajante de Tarso que se tem o primeiro relato de êxtase de toda a literatura cristã: "Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. Se foi no corpo, não sei. Se fora do corpo, também não sei, Deus o sabe. E sei que esse homem – se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe – foi arrebatado ao Paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir" (2 Cor 12, 2-4).
Foi em união íntima com Jesus – como viveram os Doze – que morreu São Paulo, decapitado, na via Óstia, em Roma. "Combati o bom combate, concluí a minha carreira, guardei a fé" (2 Tm, 4, 5).O homem que tantos quilômetros percorrera para anunciar a Cristo fazia sua última e definitiva viagem.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referência

  1. Audiência de 10 de setembro de 2008 do Papa Bento XVI
  2. Daniel-Rops. A Igreja dos Apóstolos e dos Mártires. Quadrante: São Paulo, 1988.