segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Família berço das vocações


A paz de Cristo!

Gente do bem, gostaria de repassar a vocês a alegria de ter participado do 1° congresso das famílias que aconteceu em minha cidade Joinville/SC, ficamos muito felizes pois nossa diocese se mostra preocupada com a atual situação das famílias no Brasil e no mundo.

O encontro foi realizado conjunto com o VIII encontro mundial das famílias realizado na Filadélfia nos EUA.

Que Deus abençoe as famílias!



Paz e bem!

Cristian Giosele








sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Uma súplica para Israel: Salve os cristãos do Oriente Médio

Os cristãos do Oriente Médio precisam de resgate neste exato momento. Eles estão sendo caçados e sistematicamente eliminados. Um número maior está fugindo. Se não Israel, quem?

N.doE.: 
Este artigo foi publicado originalmente no início deste ano. O recrudescimento da caçada anticristã e a omissão generalizada reafirmam o valor do apelo e da proposta do autor. 

Nada me deixaria mais feliz do que ver os Estados Unidos da América estendendo a mão para salvar os cristãos do Oriente Médio que estão neste exato momento enfrentando um mini-holocausto, nada menos do que um genocídio, perseguição sem paralelo desde o nascimento do islamismo 1.300 anos atrás.
Mas os EUA não estão ajudando. E não acho que vão ajudar. A verdade triste? A vasta maioria dos cristãos nos EUA não está ciente do que está acontecendo, e tão impotente e indisposta a fazer muito mais sobre isso do que estão fazendo para salvar os valores cristãos que tornaram seu próprio país especial — valores que estão diminuindo diariamente diante de seus próprios olhos.
Enquanto isso, olhe para os líderes dos EUA: o país está sendo dirigido por uma elite anticristã no governo e na cultura popular. Em vez disso, como o WND noticiou recentemente, os EUA estão abrindo seus braços para dezenas de milhares de refugiados muçulmanos sunitas do Oriente Médio. É necessário recordar a todos que os muçulmanos sunitas são os próprios indivíduos que estão mais perseguindo e matando no Oriente Médio hoje? Autoridades dos EUA e da elite cultural não conseguem nem mesmo dizer o nome da ideologia que está queimando igrejas, massacrando cristãos e fazendo-os fugir como refugiados.
Permita-me dizer o nome dessa ideologia para você: Islamismo radical, jihadismo, sharia, o movimento em prol de um novo califado que domine todos os aspectos da vida.
Permita-me lhe dar algumas estatísticas:
No início do século passado, os cristãos representavam 20 por cento da população árabe. Hoje eles representam 4 por cento.
Aproximadamente 100.000 cristãos são mortos anualmente em países muçulmanos.
Desde o ano 2000, 77 por cento dos cristãos iraquianos fugiram.
Existe apenas uma força no mundo que está na brecha no Oriente Médio, e essa força é Israel.
Por isso, talvez seja hora para que apelemos aos judeus, que sabem sobre genocídio e perseguição, para que abram os olhos e sua terra para as novas vítimas que não têm país próprio.
Anos atrás, supliquei em prol da criação de um país cristão no Oriente Médio, pois eu previ que essa grande perseguição aconteceria. Ninguém deu atenção. Ninguém mais ouviu meu apelo. Não existe probabilidade hoje de que a imprensa, a comunidade internacional ou os EUA indiquem tal solução. A probabilidade maior é que eles lhe dirão por que o único país judeu do mundo tem a obrigação de entregar pedaços de sua terra minúscula ou por que Israel deveria parar de construir lares e comunidades para sua crescente população de refugiados do mundo inteiro que fogem para Israel.
Pode parecer tarde demais para qualquer nação, senão Israel agir por misericórdia e compaixão. Mudaria fundamentalmente o caráter de Israel aceitar os refugiados cristãos do Oriente Médio? Não acho isso. Os cristãos e os judeus têm valores semelhantes. Sou cristão. Se ou quando eu deixar os Estados Unidos, o único outro país no mundo que apela para mim como pátria potencial é Israel. Não acho que sou o único a pensar assim.
Israel tem o programa mais bem-sucedido do mundo para absorver imigrantes e refugiados. Demonstrou com refugiados da ex-União Soviética, África, o mundo árabe e outros lugares. Sim, eles eram todos judeus. Mas por que esse sistema não poderia ser usado para salvar a vida dos cristãos e lhes fornecer um lar?
É claro que precisamos fazer a pergunta óbvia: O que Israel ganharia com isso?
Embora Israel seja um país pequeno, é um país próspero. Tem uma economia vibrante. No entanto, sua população é relativamente pequena, especialmente para uma nação que é cercada por vizinho hostis.
Será que Israel poderia pelo menos fazer a experiência de um programa limitado — um teste para os mais desesperados em busca de um lugar para viver? Não vejo por que não. Caso você não tenha notado, Israel não é mais amado entre as nações do mundo. Como é que um ato de misericórdia altruísta desse tipo seria visto pelo mundo cristão? Quem ousaria criticá-lo? Só imagine o anúncio de que Israel está abrindo suas portas para cristãos perseguidos de fala árabe de todo o Oriente Médio — pessoas que ninguém mais está recebendo.
Estou pensando numa ideia que poderia parecer absurda superficialmente. Mas diga-me a razão. Os cristãos do Oriente Médio precisam de resgate neste exato momento. Eles estão sendo caçados e sistematicamente eliminados. Um número maior está fugindo. Se não Israel, quem?
Recentemente, o Pe. Gabriel Naddaf de Nazaré, Israel, falou no Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação difícil dos cristãos no Oriente Médio. Você sabe o que foi que ele disse?
“Se olhamos para o Oriente Médio… vemos que existe apenas um único lugar seguro onde os cristãos não são perseguidos. Um lugar em que eles são protegidos, gozando liberdade de adoração e expressão, vivendo e não sujeitos a matanças e genocídio.”
Dá para imaginar qual é esse país?
“É Israel, o país em que vivo,” ele disse. “O Estado judeu é o único lugar seguro em que os cristãos da Terra Santa vivem em segurança.”
Talvez, apenas talvez, o Estado judeu possa achar espaço para mais alguns.
Tradução: www.juliosevero.com

Fonte: http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/noticiasfaltantes/perseguicao-anticrista/16075-2015-09-24-16-29-04.html

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Água benta salva atriz de Harry Potter da morte

A sua morte era dada como certa. Mas, milagrosamente, Lucy Hussey-Bergonzi voltou à vida, depois que um padre aspergiu água benta sobre a sua cabeça.
A sua morte era dada como certa. Mas, milagrosamente, Lucy Hussey-Bergonzi voltou à vida, depois que um padre aspergiu água benta sobre a sua cabeça, durante o rito batismal.
Em 2009, a atriz infantil Lucy Hussey-Bergonzi, então com 13 anos, foi vítima de uma hemorragia cerebral muito forte, dias depois de uma participação relâmpago no filme Harry Potter e o Enigma do Príncipe.
Oriunda de Hackney, região leste de Londres, a jovem garota foi levada às pressas ao hospital e mantida viva à base de aparelhos. Cinco dias depois, os seus pais descobriram que ela não iria sobreviver.
"Nada teria me preparado para o dia em que ela foi levada ao hospital. Estávamos tão assustados, que eu queria simplesmente fugir com ela dali", conta a mãe, Denise, ao Dailymail. "Eu achava que estávamos em um pesadelo e que, a qualquer minuto, eu iria acordar e Lucy estaria bem. Quando chegamos ao hospital, uma enfermeira veio e me disse que eu tinha que deixar a sala. Quando eu falei: 'Não vou sair', disseram-me que Lucy estava em coma e sobrevivendo por aparelhos. Eu não fazia ideia de que aquilo era tão sério. O mundo todo parecia cair à minha volta."
A jovem Lucy foi vítima de hemorragia cerebral, decorrente de uma rara malformação arteriovenosa (MAV) no cérebro. Trata-se de um conjunto de vasos sanguíneos anormais que permanecem despercebidos até o momento em que estouram. O diagnóstico para essas situações é geralmente fatal.
Depois de duas cirurgias de emergência no Hospital Great Ormond St., Denise foi avisada pelos médicos que era hora de dizer "adeus" à sua filha.
"No dia seguinte à segunda operação, eu me virei ao meu marido, Robert, e disse-lhe: 'Nós temos que batizá-la'. Naquela altura, eu realmente achava que ela ia morrer e queria dar-lhe o melhor para a vida futura", diz a mãe.
Toda a família se reuniu para rezar por Lucy, no que parecia ser um de seus instantes finais. Assim que o padre aspergiu a água benta na menina, todavia, algo diferente aconteceu. "Estávamos ao lado de sua cama rezando e assistindo ela prestes a ser batizada. Então, no momento em que o padre colocou a água benta na cabeça de Lucy, o braço dela subitamente se moveu", conta Denise. "No começo, achei que ela estivesse tendo um ataque, mas, dentro de um dia, ela não precisava mais de nenhum tubo ou aparelho. Pode ser que ela estivesse se recuperando mesmo, mas, da forma como aconteceu, até as enfermeiras disseram que foi um milagre. Quando perguntei aos médicos por que ela tinha voltado, eles disseram que não podiam explicar e, até hoje, eles não sabem como ou por que ela se recuperou".
Dentro de um dia, Lucy estava curada e livre das máquinas, deixando toda a equipe médica atônita, à procura de explicações. O sacramento do Batismo não tinha operado apenas a cura da sua alma, mas também a sua cura física, restaurando, junto com a vida sobrenatural, a vida terrena que ela estava prestes a perder.
Não obstante a sua incrível reascensão à beira da morte, Lucy ainda teve que aprender de novo como falar, andar e até comer e beber. Por quase quatro meses, ela batalhou para voltar à saúde, sendo transferida para a unidade infantil do Hospital Real de Londres.
Hoje, com 17, Lucy está pouco a pouco reconstruindo a sua vida, apesar do sofrimento com várias dores de cabeça e uma dormência do lado de sua mão direita.
"Eu tenho dores de cabeça e há efeitos colaterais da minha medicação que me têm feito perder muito peso. Apesar disso, eu me sinto bem", ela revela. "Aprender a andar e falar de novo deve ter sido difícil, mas eu não me lembro muito bem disso. Lembro apenas de meus amigos e familiares sendo amáveis e prestativos comigo. Não sei como explicar o modo como saí do coma. Nunca ouvi falar de nada parecido antes. Os médicos ficavam falando que era um milagre, que pessoas com hemorragia cerebral geralmente não sobrevivem. Eu penso que foi mesmo um milagre, não consigo pensar em outra explicação."
FonteDailymail | Tradução e adaptação: Equipe CNP

Fonte para o Blog: https://padrepauloricardo.org/blog/agua-benta-salva-atriz-de-harry-potter-da-morte

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Man vs technology


A paz de Cristo!

Povo de Deus depois de tanto tempo estou voltando a escrever um artigo e gostaria de falar sobre o homem e a tecnologia nestes tempos loucos em que vivemos!

Bem vamos aos fatos:

A maioria da população mundial vê a tecnologia como algo bom!

O avanço da tecnologia nas ultimas décadas foi absurdamente gigantesco!

Com a criação das redes sociais o ser humano consegue interagir de forma online com várias pessoas do mundo!

 A tecnologia vem no mesmo passo do que o crescimento do pecado no mundo, rápido e mortal para aqueles que não perceberam ainda a presença de Deus na sua vida!

Faço esta comparação não para julgar e condenar as tecnologias que surgem todos os dias, isto é inevitável, pois sem esta mesma tecnologia eu não estaria compartilhando este artigo com vocês, mas nós cristãos devemos estar atento e conscientes que estas ferramentas que o mundo nos proporciona podem nos levar a queda, mas também podem ser ferramentas de edificação!

Não estou querendo aqui relativizar as coisas do mundo, de maneira alguma estou simplesmente encarando os fatos de que se estamos no mundo não devemos agir como o mundo, se nos obrigamos muitas vezes a utilizar as tecnologias que seja para edificação do reino de Deus!

O homem de hoje que tem a vontade de encontrar a Deus, muitas vezes tem que deixar as modernidades de lado, buscar Deus em si, no outro, na família que muitas vezes está ali bem do lado, mas não é lembrada! porque nós queremos encontrar pessoas do mundo inteiro nas redes sociais, mas aos nossos que estão do nosso lado esquecemos!

Então que seu tempo não seja para afastar as pessoas que te amam, que estão ali do seu lado, deixe suas redes sociais de lado um pouco e de atenção aos seus e a Deus!

Este é o motivo deste post, a começar por mim devemos estar atentos aos nossos que estão do nosso lado, com anseio de atenção, amor, necessidades físicas, espirituais, com fome da palavra de Deus, este título Man vs technology (homem vs tecnologia) é para lembrar que o novo não pode nos afastar do velho ou seja a modernidade não pode nos afastar de Deus e das pessoas que já estão ai desde sempre! Amém!

Cristian Giosele

terça-feira, 15 de setembro de 2015

História da Igreja: As perseguições

4: As Perseguições
O Cristianismo expandiu-se com rapidez surpreendente, apesar dos obstáculos que encontrou no mundo pagão. Vejamos, pois, quais os principais fatores que favoreceram a sua difusão e quais os grandes obstáculos que se lhe opuseram.
Fatores positivos
Distinguiremos quatro pontos:
1) O mundo greco-romano estava decadente no plano da filosofia e dos costumes. Com efeito; o fracasso da razão, mencionado no módulo 1, levava os cidadãos do Império a procurar uma resposta diferente, que não fosse mero produto do gênio do homem, mas viesse “do Alto”; disto dão testemunho as religiões de mistérios e certas tendências ao monoteísmo dentro do Império.
No plano ético, o gozo, a futilidade e a procura de prestígio predominavam, apesar da severa doutrinação dos estoicos. O pobre era desprezado em favor do rico e poderoso; também a mulher sofria marginalização; mais ainda, o escravo, tido como base econômica do Império, era tratado como “coisa”.
Ora a essa sociedade o Evangelho propunha a valorização de toda e qualquer pessoa humana, feita à imagem e à semelhança de Deus (cf. Gl 3,27-29; Cl 3,11), a caridade para com todos, o amor à pobreza e à renúncia. Desvendava também o sentido da vida inspirado pelo amor daquele que primeiro nos amou (1Jo 4,19) e que nos chamou ao consórcio da sua bem-aventurança a ser alcançada pela configuração a Cristo.
2) Como foi insinuado, o Cristianismo aparecia aos pagãos como algo absolutamente novo e inaudito (cf. 2Cor 5,17), mas correspondente às aspirações mais profundas do ser humano. Por isto podia dizer Tertuliano, o jurista romano convertido à fé cristã no fim do século II: “A alma humana é naturalmente cristã”; encontra no Evangelho a resposta aos seus anseios inatos.
Com outras palavras: o Cristianismo não tinha em seu favor nem dinheiro nem tropas nem o apoio imperial, mas contava com o poder de atração e o fulgor da verdade: especialmente os problemas do sofrimento, da retribuição e do além encontravam (e encontram) no Evangelho uma solução que não é filosófica (a filosofia é incapaz de os resolver), mas que a sã razão pode aceitar pela fé sem trair a sua dignidade. Muitos estudiosos greco-romanos, depois de haver percorrido diversas escolas filosófico-religiosas, encontraram finalmente na Igreja a verdadeira sabedoria, que eles estimavam como a única na qual podiam confiar (S. Justino, Diálogo com Trifão nº 8).
3) Além de proferir a verdade, os cristãos a traduziam em vida. Embora não se fechassem em grupos ou facções, os discípulos de Cristo primavam pela retidão de costumes, pelo amor fraterno, pela castidade… Tertuliano nos transmite a observação feita pelos pagãos: “Vede como se amam mutuamente e como estão prontos a morrer um pelo outro!” (Apologeticum 39). Notório testemunho da conduta santa dos cristãos é a epístola a Diogneto, dirigida por um cristão anônimo a um interlocutor pagão.
Mesmo diante das ameaças dos perseguidores, muitos discípulos de Cristo se mantinham intrépidos e aceitavam a própria morte. A sua firmeza heroica dissolvia calúnias e convencia muitos dos que lhes eram alheios, como notam alguns escritores antigos. Dizia Tertuliano (? 220): “Plures efficimur quoties metimur a vobis, semen est sanguis christianorum. – Mais numerosos nos tornamos todas as vezes que somos por vós ceifados; o sangue dos cristãos é semente”(Apologeticum 50). E Latâncio (? após 317): “Cresce a religião de Deus quanto mais é premida” (Instituições V 19,9).
4) Os cristãos tinham o zelo missionário, expressão do fervor de sua fé. Homens e mulheres, livres e escravos, comerciantes e soldados sentiam o dever de transmitir a Boa-Nova, cientes de que assim estavam servindo a seus irmãos.
Eis, porém, que a expansão do Cristianismo se defrontou com sérios obstáculos, como se verá a seguir.
Fatores Negativos
Enumeraremos os cinco seguintes:
1) Já São Paulo notava que a mensagem da Cruz é “escândalo para os judeus e loucura para os gregos”(1Cor 1,23). O Cristianismo exigia renúncia à vida devassa e morte ao velho homem para possibilitar a formação da nova criatura em cada indivíduo; cf. Ef 4,22s.
2) O politeísmo era o culto oficial do Império; parecia ameaçado pelo monoteísmo cristão, que parecia até mesmo ateísmo. Os cristãos pareciam infensos aos homens e ao Estado, pois estavam solapando as bases destes. Notemos que os romanos eram tolerantes para com a religião dos povos conquistados; colocavam os deuses destes no Panteon de Roma; teriam feito isto também com Jesus Cristo, mas os cristãos de modo nenhum aceitavam pactuar com o politeísmo. Verdade é que o judaísmo era estritamente monoteísta e, não obstante, conseguia bom relacionamento com as autoridades romanas (cf. 1Mc 14,16-24); acontece, porém, que o judaísmo era uma religiãonacional, de pouco proselitismo, ao passo que o Cristianismo tinha destinação universal, voltada para todos os homens.
3) Em particular, o culto do Imperador divinizado foi-se difundindo desde fins do século I. Veio a ser a pedra de toque da lealdade civil e do patriotismo; quem o recusasse, era acusado de traição à pátria.
4) Toda a vida civil, em família ou na sociedade, era impregnada do espírito e das expressões do paganismo; assim as festas do lar comemoravam os deuses domésticos (penates e manes); os espetáculos públicos, os torneios esportivos, as feiras de comércio, o regime militar… deixavam transparecer a sua inspiração básica politeísta. – Os cristãos eram fiéis aos seus deveres de cidadãos, como lhes ensinava o Evangelho: “Dai a César o que é de César”(Mt 22,21; cf. Rm 13,1; 1Pd 2,13-17); mas não podiam participar de manifestações que, direta ou indiretamente, professassem o politeísmo.
5) O modo de vida singular dos cristãos provocou-lhes, da parte dos pagãos, calúnias fantasiosas e duras. Eram acusados a três títulos principais:
– ateísmo – o que seria também antipatriotismo e misantropia (ódio ao gênero humano);
– banquetes de orgia, nos quais se comia carne de crianças; assim era entendida a Eucaristia, por vezes celebrada  às ocultas por causa dos perseguidores. O culto cristão se dirigiria a um asno crucificado (tal era o mal-entendido que o Crucifixo suscitava; seria “burrice”!);
– causa de calamidades públicas, como pestes, inundações, fome, invasões de bárbaros… Eram tidas como castigos dos deuses, que os cristãos irritavam por seu “ateísmo”. Esta acusação persistiu até o século V, mesmo quando as outras queixas iam cessando.Os cristãos pareciam inimigos do bem comum, lucifuga natio (facção que foge à luz), recrutada nas classes mais desprezíveis da sociedade. De modo especial, os comerciantes, os artistas, os sacerdotes pagãos, os adivinhos, os hostilizavam, pois a fé cristã prejudicava os seus interesses profissionais.
Compreende-se que o clima assim criado tenha suscitado violentas perseguições aos cristãos. Estas, de fato, ocorreram desde 64 até 313.
A luta sangrenta
Distinguimos duas fases na era das perseguições: a primeira vai até o Imperador Filipe o Árabe (244-249); a segunda começa com Décio, seu sucessor (249-251). A primeira fase foi mais longa, contudo menos cruel; aos anos de perseguição se seguiam anos de paz. Ao contrário, a segunda fase desenvolveu sistematicamente a sanha do Império contra o Cristianismo.
De Nero (54-68) a Filipe (244-249)
Nero foi um Imperador cruel. Na noite de 18 para 19/07/64 começou um incêndio em Roma, que durou seis dias e devastou três quartos da cidade. A opinião pública atribuía – talvez erroneamente – a desgraça à loucura de Nero. Este terá procurado desviar de si a suspeita oferecendo ao povo motivos de divertimento: com efeito, mandou prender multidão de cristãos – acusados de ateísmo, orgias e misantropia – e na noite de 15/08/64, dentro do jardim imperial (circo de Nero, onde atualmente se ergue a basílica de S. Pedro), submeteu-os a tormentos (crucificação, tochas vivas, representação cruenta de cenas mitológicas), à guisa de espetáculos para o povo. De então por diante o nome cristão era banido; ser cristão equivalia a arriscar-se a morrer.
Após Vespasiano e Tito, imperadores mais tranquilos, Domiciano (81-96) reacendeu a perseguição, fazendo-se chamar oficialmente Dominus ac Deus (Senhor e Deus). O Apóstolo São João foi então exilado para a ilha de Patmos (cf. Ap 1,9).
O Imperador Trajano (98-117) fixou uma norma de conduta para os oficiais do Império: os cristãos são ateus; por isto, desde que convictos, hão de ser punidos; mas não devem ser procurados; as denúncias anônimas não têm valor; caso reneguem a sua fé, sejam postos em liberdade. Esta norma estabeleceu jurisprudência para o futuro.
Marco Aurélio (161-180) desencadeou outra perseguição, em parte devida à insatisfação do povo, que acusava os cristãos de responsáveis por calamidades que afligiam a sociedade.
Setímio Severo (193-211), em 202, assinou um decreto que atingia tanto os judeus como os cristãos; estes últimos surpreendiam o Imperador por crescerem numericamente nas camadas elevadas da sociedade. Proibiu, pois, as conversões ao Cristianismo; os magistrados não deveriam esperar denúncias, mas haveriam de procurar os cristãos. Assim catecúmenos e neófitos (cristãos recém-batizados) foram violentamente golpeados, especialmente no Norte da África, onde existiam em maior número.
Seguiram-se quarenta anos de relativa paz.
Desde Décio (249-251) até Constantino (313)
Décio (249-251) quis restaurar o Império em seu esplendor de tempos passados, consolidando-o contra inimigos externos e internos. Para tanto haveria de reforçar a religião oficial do Império, visando especialmente aos cristãos, que ele considerava como os inimigos mais perigosos do Estado. Por conseguinte, em 250 decretou que todos os cidadãos do Império Romano deveriam manifestar expressamente a sua adesão à religião do Estado, oferecendo aos deuses um sacrifício propiciatório; quem o fizesse, receberia um certificado (libellus) de dever cumprido; quem resistisse, seria submetido a penas diversas (cárcere, confiscação de bens, exílio, trabalhos forçados…) até à pena de morte. Os bispos estavam particularmente na mira do Imperador, que dizia tolerar mais facilmente um rival no Império do que um Bispo cristão em Roma. Os cristãos, colhidos de surpresa por este decreto, fraquejaram em parte; mas houve também uma multidão de mártires de todas as idades e de ambos os sexos.
Após dois anos de paz sob o Imperador Galo (251-253), Valeriano (253-260) em 257, vendo o Estado em grande miséria, quis remediar-lhe mediante novo golpe contra os cristãos. Visou a dissolver a organização das comunidades cristãs, ferindo Bispos, sacerdotes e diáconos; mandou, pois, que estes oferecessem sacrifícios aos deuses sob pena de exílio; a visita aos cemitérios e a participação nas reuniões de culto eram proibidas sob ameaça de morte. Naquela época já havia muitos cristãos exercendo funções no palácio imperial; foram condenados a trabalhos forçados na condição de escravos. Logo, porém, que Valeriano foi preso na guerra persa (259), a tormenta foi-se amainando.
Diocleciano (284-305) profunda reforma administrativa,, que haveria de implicar nova tentativa de restaurar ou fortalecer a religião do Estado. O Cristianismo estava muito difundido, contando entre 7 e 10 milhões de fiéis num total de 59 milhões de habitantes do Império; Prisca, a esposa de Diocleciano, e sua filha Valéria eram provavelmente favoráveis ao Evangelho, além de altos oficiais do exército e da corte. – Desencadeou-se assim a última, a mais grave e a mais longa perseguição, que tendia a aniquilar o Cristianismo numa luta de vida ou morte: foram condenados à destruição os templos e os livros sagrados cristãos. Em 304 um decreto imperial obrigava todos os cidadãos a sacrificar aos ídolos – o que provocou o derramamento de copioso sangue ou execuções em massa.
Todo esse esforço perseguidor havia de ser vão; o Estado havia de capitular diante da tenacidade dos discípulos de Cristo. Após muitas peripécias dentro de um Império esfacelado, Constantino, um dos sucessores de Diocleciano, houve por bem publicar em 313 o Edito de Milão: este concedia a todos os habitantes do Império e, em particular, aos cristãos plena liberdade de religião e de culto; às comunidades cristãs se faria a restituição ou a indenização dos edifícios e das terras confiscadas durante as perseguições. Assim dissolvia-se pela raiz o vínculo existente entre o Império Romano e o culto pagão; abria-se uma era nova na política religiosa do Estado e inaugurava-se um novo segmento de história do Cristianismo.
É difícil dizer ao certo o número de mártires que tombaram nos quase três séculos de perseguição: 100.000 ou talvez apenas algumas dezenas de milhares? As Atas de Martírio que nos chegaram às mãos, foram retocadas para servir à edificação dos leitores em vários casos, como as de Sta. Cecília, S. Jorge, S. Cristóvão, S. Sebastião, S. Lourenço…, reconhecendo isto após um estudo objetivo de tais documentos, a Igreja quis dizer aos fiéis que nem tudo o que se narra a respeito dos mártires antigos é seguramente histórico; tal declaração nada tem que ver com “cassação de Santos”; os Santos serão sempre santos, mas hão de ser cultuados na base de informações históricas, e não na de narrações fantasiosas. É de notar, porém, que temos também testemunhos de autenticidade garantida, que nos referem a virtude heroica dos mártires cristãos.
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Fonte: http://cleofas.com.br/historia-da-igreja-as-perseguicoes/

Como podemos usar o crucifixo?

POR PROF. FELIPE AQUINO

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“O teu Crucifixo.- Como cristão, deverias trazer sempre contigo o teu Crucifixo. E colocá-lo sobre a tua mesa de trabalho. E beijá-lo antes de te entregares ao descanso e ao acordar. – E, quando o pobre corpo se rebelar contra a tua alma, beija-o também”. São Josemaria Escrivá   
O Crucifixo pode ser usado de diversas maneiras, a qualquer momento do dia ou da noite.
Assim, o crucifixo pode ser:
-Levado consigo: da mesma maneira que muitas pessoas levam a fotografia daqueles que amam na agenda, na carteira, no celular, no computador ou no carro, as pessoas que amam a Cristo procuram sempre levar consigo um crucifixo.
-Colocado em muitos lugares: a cruz preside- como sinal de paz e amor- a cidades, montanhas, igrejas, encruzilhadas e imóveis. Há crucifixos em milhões de lares ricos e pobres, nos escritórios, consultórios, salas de aula, etc. Uma dose muito eficaz é saudá-lo interiormente sempre ou se entra em algum lugar onde ele esteja presente, pendurado numa parede.
-Usado em muitos momentos: faz-se o sinal da cruz sobre os recém-nascidos no seu Batismo; há crianças que usam um crucifixo no dia de sua Primeira Comunhão; a visão do crucificado conforta muitos enfermos e anima-os no meio dos seus sofrimentos; milhares de pessoas falecem com o crucifixo nas mãos, e a cruz destaca-se no local onde seus restos mortais repousam à espera da ressurreição.
-Contemplado: podemos ainda limitar-nos a olhar para o crucifixo e deixá-lo falar.
-Beijado: beijar o crucifixo é uma manifestação sincera de amor a Cristo. Recomenda-se vivamente fazê-lo muitas vezes.
-Convertido em oração: em situações difíceis ou diante de perplexidades, é especialmente eficaz acorrer ao crucifixo e perguntar: “Jesus, que queres que eu faça?”. Comprovou-se muitíssimas vezes que a oração diante do crucifixo produz uma força que renova poderosamente a alma, concede energia espiritual para acometer grandes empreendimentos e enfrentar quaisquer dificuldades.
Retirado de “O Crucifixo, Um remédio para todos os males”, Ed.Cultor de Livros.
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Fonte: http://cleofas.com.br/como-podemos-usar-o-crucifixo/

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Ex-satanista: “Eu fazia rituais satânicos dentro de clínicas de aborto”

Garoto normal de um bairro americano, criado em um lar evangélico batista, Zachary começou a praticar magia aos 10 anos, juntou-se a uma seita satânica aos 13 e, com 15, já havia quebrado todos os Dez Mandamentos.
À luz dos recentes vídeos expondo o tráfico de órgãos e tecidos de bebês abortados mantido pela Planned Parenthood, o Lepanto Institute entrevistou o ex-satanista Zachary King.
Garoto normal de um bairro americano, criado em um lar evangélico batista, Zachary começou a praticar magia aos 10 anos, juntou-se a uma seita satânica aos 13 e, com 15, já havia quebrado todos os Dez Mandamentos. Dos seus anos de juventude até a idade adulta, ele trabalhou o seu caminho até se tornar "sumo sacerdote" da seita e praticou ativamente a agenda satânica, incluindo rituais de aborto. Atualmente, Zachary está escrevendo sobre suas experiências em um novo livro, intitulado Abortion is a Satanic Sacrifice ["Aborto é um Sacrifício Satânico"].
Zac, você tem uma longa história para contar. Poderia nos dar uma ideia geral de como você foi cair no satanismo?
Tudo começou com uma forte curiosidade, em que eu me perguntava se a magia era algo real. Isso veio depois que assisti a filmes sobre feiticeiros e bruxos, na década de 1970, quando eu cresci. Nós tínhamos um jogo na escola chamado Bloody Mary, ou I Hate You, Bloody Mary, no qual você ia ao banheiro e recitava essas frases um certo número de vezes com as luzes apagadas. Todas as vezes que o meu grupo fazia isso, sempre víamos um rosto demoníaco no espelho. Não fazíamos ideia do que era aquilo que estávamos encarando, apenas que, de repente, aparecia aquela coisa assustadora no espelho e todos corriam para fora do banheiro, morrendo de medo... exceto eu. Eu sempre achava aquilo bem legal. Então, na mesma época em que eu fazia isso, também jogava torneios de Dungeons and Dragons todo fim de semana, e eu sempre era o mago ou o feiticeiro do jogo. Eventualmente, eu me perguntava se podia fazer magia de verdade e tentei um par de feitiços para ganhar dinheiro. Ambos funcionaram, mas, como poderia ter sido apenas uma coincidência, eu tentei fazer uma terceira vez e, na terceira vez em que fiz isso, joguei o feitiço em frente ao demônio do banheiro e achei que pudesse aumentar um pouco o valor do lance para ver o que acontecia. Consegui 1.000 dólares no dia seguinte. A partir de então, fiquei convencido de que magia era real.
Quando eu tinha cerca de 12, um amigo me apresentou a um grupo que jogava Dungeons and Dragons e que também acreditava que magia era real. Aquele grupo acabou se revelando uma seita satânica. Muitas pessoas me perguntam: "Você não correu e se escondeu a essa altura?" Eu lembro a elas que cresci nos anos 70, quando seitas satânicas na TV eram realmente assustadoras, mas... eu adorava fliperama, video games, ficção científica, como Jornada nas Estrelas e Guerra nas Estrelas, e aqueles rapazes tinham quase todos os filmes de ficção científica e de fantasia que eu sempre quis assistir. Eles tinham fliperama, uma piscina, uma grande churrasqueira, e era como um clube de meninos e meninas, tudo muito divertido. Deixem-me colocar deste modo: eles sabiam como recrutar, sabiam tudo o que uma criança queria fazer. Então, foi assim que eu me envolvi com isso.
Aquele foi o meu primeiro grupo. Fiquei lá dentro até os meus 18 anos, quando me juntei à Igreja Mundial de Satanás, que é um grupo muito maior, internacional. A posição que eu atingi é chamada de high wizard (uma espécie de "sumo sacerdote"). Em uma seita satânica maior, eles são as pessoas que fazem a magia pelo grupo. Poderia haver somente um ou até dez deles, mas o número geral variava de 2 a 5, e o nosso trabalho era viajar ao redor do mundo fazendo quaisquer feitiços que as pessoas quisessem que fizéssemos. Quando eu digo "pessoas", falo de estrelas do rock, astros de filmes, personalidades políticas, pessoas ricas... Não há limites para quem quer um feitiço e para o valor que eles estão dispostos a pagar.

"Escolhidos a dedo por Satanás"

Então, você era um sumo sacerdote no satanismo... Bem rapidamente, como aconteceu de você se tornar um high wizard?
Dizem que high wizards são escolhidos a dedo por Satanás. Eu não sei qual o critério. Tinha feito magia desde a idade dos 10 e me tornei um deles quando tinha cerca de 21. Eu estava na Igreja Mundial de Satanás por uns 3 anos. Já tinha visto um high wizard quando era criança, mas ainda não sabia do que se tratava. A aparência é muito peculiar. Uma cartola, uma varinha ou um bastão, o rosto pintado como um cadáver e um velho smoking da sorte.
(...)
Satanás escolhe você e, para um culto grande como esse, há um chefe executivo e um quadro de diretores. Então, o chefe manda uma carta para você, você se encontra com ele e com o quadro de diretores, e eles dizem que você foi escolhido. Dão a você um livro que diz quais são os seus deveres de trabalho como sumo sacerdote e você decide se quer fazer aquilo ou não – embora eu nunca tivesse conhecido ninguém a recusar aquele convite.
Então, você foi chamado diante de um grande conselho de comuns, eles ofereceram a posição e você se tornou um high wizard naquele instante?
Isso, e eu trabalhei nisso por volta de 10 a 12 anos.

O primeiro ritual de aborto

Qual o papel que tem o aborto nos rituais satânicos, e quando foi a primeira vez que você se envolveu com aborto dentro do satanismo?
Logo depois que completei 14 anos, os membros da seita vieram a mim e me disseram que eu me envolveria em um aborto em cerca de 9 meses. Houve uma orgia com todos os homens entre 12 e 15 anos e uma mulher com mais de 18, e o propósito dela era ficar grávida, para ter o aborto em 9 meses. Quando me contaram isso, eu disse bem alto: "Legal", mas não fazia ideia do que era um aborto. Em minha família, acho que ouvi meus pais sussurrarem uma vez a palavra aborto, enquanto falavam de outra pessoa. Então, eu pensava que aquela era uma palavra suja, porque eles cochicharam, e eu não tinha ouvido aquela palavra em nenhum outro lugar. Quando perguntei aos membros da seita o que era um aborto, eu disse que não sabia o que deveria fazer. Eles explicaram que haveria um bebê na barriga e que eu iria matá-lo; que haveria um médico aborteiro lá para me ajudar e uma enfermeira, porque seria um procedimento médico completo. Minha primeira pergunta foi: "Isso é legal?" A resposta foi: "Sim, desde que aconteça no ventre. Enquanto o bebê estiver dentro da mulher, você pode matá-lo."
Foi dessa forma que isso foi explicado para nós. Também foi explicado que eu estaria "matando um bebê". Eles não disseram que nós iríamos matar um feto ou algumas células em um corpo. Nada disso. Era um bebê.
Agora, eu não acho que eu teria concordado em matar uma criança fora do corpo da mulher, mas, sabendo que eu poderia matar o quanto quisesse se alguém estivesse dentro do corpo... No satanismo, matar alguém ou a morte de algo é a forma mais efetiva de ter o seu feitiço realizado. Quando se quer conseguir a aprovação de Satanás, para que ele lhe dê algo que você deseja, matar alguém é a melhor forma de conseguir. Matar algo é a oferta final para Satanás e, se você pode matar uma criança não nascida, essa é a sua meta final.
Conte-me sobre o primeiro aborto que você fez dentro de um ritual satânico.
O primeiro que fiz foi cerca de 3 meses antes de completar 15 anos. Aconteceu em uma casa de campo. Surpreendentemente, o lugar era mais higienizado que muitas das clínicas nas quais eu tinha feito abortos. Havia um médico e uma enfermeira, uma mulher nos estribos pronta para dar à luz, rodeada de 13 líderes da nossa seita, os quais eram todos sumo sacerdotes e sacerdotisas. Eu estava dentro do círculo com a mulher e o médico. Todos os membros adultos de minha seita estavam lá. Havia várias mulheres se ajoelhando no chão, balançando para frente e para trás cantando repetidamente: "Nosso corpo e nós mesmas". Do lado estavam vários membros masculinos de nossa seita, todos cantando e orando. O ritual começou às 23h45min, e o feitiço começou à meia-noite, que é a hora das bruxas, e a morte da criança aconteceu às 3h, que é a chamada hora do demônio.
Tudo o que eu tinha que fazer era colocar o bisturi. Eu não necessariamente precisava praticar o assassinato... o importante era que eu sujasse minhas mãos de sangue. Então, eu tive que sujar minhas mãos com o sangue de alguém, ou o da mulher ou o do bebê, e, depois, o médico terminou o procedimento. Naquele em particular – provavelmente um dos abortos mais hediondos que eu fiz –, o médico pegou, arrancou e jogou a criança no chão, onde essas mulheres estavam se remexendo. Elas pareciam estar possuídas, e quando o médico jogou-lhes o bebê, elas canibalizaram a criança.
Santo Deus! De quantos abortos rituais você participou?
Antes de me tornar um high wizard, eu fiz cinco. Depois, fiz 141 ou mais.

"Todos os bebês são oferecidos a Satanás no final do dia"

Você chegou a fazer algum ritual satânico nas instalações de clínicas de aborto?
Cheguei sim. Eu estimo ter feito cerca de 20 abortos rituais dentro dessas instalações, embora nunca tenha chegado a contar. Mas eu estive em muitas delas. Cerca de dois anos atrás, entrei em uma para fazer uma pesquisa para um novo CD em que estava trabalhando, e ela era bem limpa e as pessoas bem legais. Mas todas às que fui, fazendo aborto nelas, eram terrivelmente anti-higiênicas. Pareciam-se mais com uma casa de horrores, com sangue em todo o lugar, incluindo algumas salas com sangue no teto.
Como você foi convidado para fazer abortos satânicos nesses lugares? Alguém o chamou? Como isso aconteceu?
Como sumo sacerdote, você é o membro mais ativo da seita satânica, então a maioria das pessoas liga para alguém que elas conhecem na seita (...) [e] você é convidado a participar. A Igreja Mundial de Satanás não é a única organização que faz sacrifícios satânicos nessas instalações. Há outras organizações de bruxaria, como as wiccanas, que estão realmente engajadas em praticar abortos dentro dessas clínicas. Às vezes, você é chamado para o aborto ritual por um diretor da clínica ou algum administrador, isso quando o próprio médico não é um satanista. Outras vezes, eles fazem uma cerimônia no final do dia.
Na verdade, todos os dias, à noite, grupos satânicos fazem como que uma Missa Negra, geralmente por volta da meia-noite, e acontece um culto estendido com duração de mais ou menos 2 ou 3 horas, no qual eles oferecem todos os bebês que foram mortos naquele dia para Satanás. Não importa o motivo pelo qual as mulheres procuraram o aborto, todos os bebês são oferecidos a Satanás no final do dia.
O que geralmente acontece durante esses abortos rituais?
Há crianças que vêm para esses eventos, mas elas geralmente não ficam na sala onde o aborto acontece, ficam em uma sala separada. Elas têm competições para ver qual delas fica acordada até às 3h da madrugada, e a criança que consegue ficar até tarde ganha um prêmio. Os homens que não fazem parte dos 13 cabeças do grupo ficam fazendo feitiços e cantando. Eles também jogam feitiços, seja para se protegerem de qualquer um que possa estar rezando contra eles, como um cristão, seja por quem quer que tenhamos no bolso para proteger – assim, se nós pagamos um xerife, um policial ou algo do tipo, ninguém nos investigará naquela ocasião. Há mulheres cantando e dançando. Os 13 membros ficam em volta da mulher prestes a ter o aborto e conduzem a bruxaria. Uma vez, quem conduziu o feitiço foi o prefeito da cidade. Ele nos procurou porque queria passar uma lei para a sua cidade, e tinha tentado duas ou três vezes, sem sucesso. Ele foi membro da seita por algum tempo. Havia tentado todos os caminhos legais para passar a lei, mas, como não funcionou, ele conseguiu alguém para fazer um aborto com a nossa seita, durante a noite e em um lugar em que pudéssemos fazer o procedimento e a bruxaria ao mesmo tempo. Geralmente, em uma seita de cidade pequena, que era o caso, todos apareciam para o evento. Em um lugar maior, como quando eu era membro da Igreja Mundial de Satanás, você chama o sumo sacerdote, as pessoas que querem fazer o feitiço, um médico e uma enfermeira. Várias vezes, nessas clínicas de aborto profissionalizadas, há um monte dessas pessoas, porque muitos que trabalham nesses lugares são bruxas ou satanistas. Então, você consegue um grande número de pessoas que queira participar do evento satânico.
Você diria que clínicas de aborto profissionalizadas atraem pessoas vindas do ocultismo por causa da oportunidade de realizar rituais de aborto?
Eu diria que sim, essa é uma afirmação absolutamente verdadeira. (...) Assim como os rapazes católicos aderem ao sacerdócio porque são atraídos pela santidade e pelo serviço a Deus, uma clínica de aborto atrai os satanistas para o ministério satânico.

O poder da oração

Você já experimentou alguma dificuldade em concluir um aborto ritual, devido a pessoas rezando fora de uma clínica de aborto?
Mais de uma vez, tivemos bebês que, contra todas as possibilidades, sobreviveram ao aborto. Uma vez, cheguei à clínica de aborto e havia pessoas dos dois lados da rua. De um lado, havia pessoas rezando e clamando contra o aborto; do outro, no qual eu estava, havia pessoas que eram obviamente pelo aborto, e gritando todo tipo de obscenidades às pessoas do outro lado da rua. Quando nós entramos e olhamos para o lado de lá, vimos todas as pessoas do outro lado de joelhos. Naquele dia, o aborto que tínhamos agendado para um ritual não deu certo. Eu acho que isso aconteceu comigo umas três vezes, e todas as três... Engraçado, mas nunca tinha parado para pensar que todos os três abortos foram frustrados pelo que só pode ser atribuído às orações que estavam acontecendo fora da clínica.
Qual conselho você tem para as pessoas que rezam em frente às clínicas de aborto, especialmente se elas suspeitam que há algum tipo de ato ocultista acontecendo dentro dela?
Antes de tudo, não pare! Não há nada acontecendo nessa clínica de aborto que possa machucar você. Com certeza, haverá demônios em volta, mas você deve pensar em Satanás como um cachorro amarrado a uma coleira; se você não chegar perto da coleira, ele não o pode morder. Esteja em estado de graça quando você for. Leve uma garrafa de água benta consigo. Não a jogue nas pessoas que estão lá para se opor porque você pode ir parar na justiça. Você sabe, essas pessoas irão processar você por causa das coisas mais bobas. Mas, com certeza, aspirja-se quando chegar lá e quando sair. Aspirja todos os membros da sua família. Se puder receber a Sagrada Comunhão antes de chegar lá, seria o ideal. Se for à Missa nesse dia, permaneça alguns minutos depois da celebração para pedir a Nosso Senhor que mande a Sua Mãe com você. Leve um Rosário consigo e combata o demônio até a morte com ele. Há coisas de que o diabo tem medo, mas, acima de tudo, ele teme um católico bem formado, um católico que entende a sua fé e que sabe o que é uma guerra espiritual. Ele não quer lutar contra alguém que está com toda a sua armadura a postos.

A conversão

Em janeiro de 2008, enquanto trabalhava numa joalheria, Zachary teve um encontro com a bem-aventurada Mãe de Deus, encontro que mudou a sua vida. No meio do shopping, pelo poder da Medalha Milagrosa, Zachary experimentou uma paz que supera todo o entendimento. Aquela paz era Jesus Cristo, o Príncipe da Paz. O amor de Nossa Senhora resgatou Zachary do inferno e trouxe-o para perto do Coração do seu Filho, Jesus Cristo. Ele começou a frequentar a comunidade católica de São Francisco Xavier, em Vermont, e, em maio de 2008 (o mês de Maria), entrou na Igreja Católica! Depois de 26 anos de envolvimento com o ocultismo, Zachary tornou-se um guerreiro por Jesus Cristo e quer compartilhar o seu conhecimento para a proteção do povo de Deus. O testemunho de Zachary é uma inspiração que prova quão grandes são a misericórdia e o perdão do Senhor e, acima de tudo, mostra a profundidade do seu amor para conosco. Atualmente, Zachary vive na Flórida com sua esposa e é pregador internacional, espalhando a história de seu miraculoso resgate do satanismo onde quer que ele possa. O seu site é www.allsaintsministry.org.
Por Lepanto Institute | Tradução e adaptação: Equipe CNP

Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog/ex-satanista-eu-fazia-rituais-satanicos-dentro-de-clinicas-de-aborto