sexta-feira, 29 de maio de 2015

São Francisco e o Papa Inocêncio III - história da igreja


“Na verdade, é por meio desse homem piedoso e santo que a Igreja de Deus será restabelecida nas suas bases!” (Papa Inocêncio III)
Um dos papas mais importantes da História da Igreja foi Inocêncio III. A influência máxima da Igreja na Idade Média (476-1453) foi atingida no pontificado deste papa, que foi eleito pelo Colégio dos cardeais em 8 de Janeiro de 1198, por unanimidade. Seu nome era Satário de Segui, inteligente e enérgico; estudou na Universidade de Paris (Sorbonne) e na de Bolonha e adquiriu sólidas bases intelectuais. Uma vez escreveu ao bispo de Liège que: “Aquele a quem incumbe o serviço das almas deve brilhar pelo exemplo e pela ciência como um facho” [Daniel Rops,  A Igreja das Catedrais e das Cruzadas, Ed. Quadrante, vol. III, pg. 160, SP, 1993.
Inocêncio III sabia, de memória, as frases de São Bernardo, do “De consideratione”. Ele combateu os velhos erros da simonia (compra e venda de funções e cargos religiosos) e o nicolaísmo (concubinato) e emitiu muitas bulas reformadoras. Convocou o IV Concílio do Latrão, em Roma, em 1215, com 412 bispos, 800 abades ou priores, que mais se preocupou com a reforma moral, em mais de vinte cânones. Incentivou as Ordens religiosas e aprovou a de São Francisco.
Na véspera do dia em que São Francisco de Assis foi com os seus doze amigos, pedir a Inocêncio III que os autorizasse a pregar, este Papa teve um sonho no qual a sua Catedral balançava prestes a cair, mas surgia um monge enviado por Deus, que, sozinho, apoiando-se contra as muralhas vacilantes, impedia que caísse. Era esse homem jovem, magro, vestido com um burel: São Francisco.
Quando Inocêncio III reconheceu em São Francisco aquele monge pobre com um burel surrado que sustentava sua Catedral para que não caísse, entendeu que Deus tinha uma grande obra a fazer através do pobre monge. Disse-lhe:
“Na verdade, é por meio desse homem piedoso e santo que a Igreja de Deus será restabelecida nas suas bases!”
Desceu do seu trono, abraçou o pobre Francisco e dirigindo-se a seu pequeno número de discípulos, disse:
“Ide com Deus, meus irmãos, e pregai a penitência segundo a inspiração do Senhor. E, quando o Todo-Poderoso vos tiver feito crescer, voltai a procurar-me e eu vos concederei então, muito mais do que hoje”. (DR, vol. III, pg.1645).
São Francisco não entendeu a mensagem do Papa e pensou que devia restaurar com seus amigos a arruinada capela de São Damião onde rezava com eles, pois o Santo já tinha ouvido o Senhor lhe dizer do Crucifixo desta capela: “Francisco, vai e reconstrói a minha casa, porque está a ponto de desabar”.
E Francisco, com a sua vida e a sua obra, reformou a Igreja católica em sua época. Mesmo Renan, apóstata, escreveu um dia que Francisco de Assis foi aquele que teve “o sentimento mais vivo de sua relação filial com o Pai”.
Como sabemos a Obra franciscana cresceu rapidamente. Os Menores franciscanos contavam 110 casas com 25.000 religiosos no século XII; em 1316, tinham 30.000 irmãos distribuídos em 1400 conventos, de onde partem para pregar a lei de Deus.
É a força e o poder do santo. Por isso, o Papa João Paulo II disse que a santidade ]é a força mais poderosa para levar os homens a Jesus Cristo.
Prof. Felipe Aquino
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Fonte: http://cleofas.com.br/sao-francisco-e-o-papa-inocencio-iii/

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

A vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo se aproxima

Ou o Senhor vem, ou nós vamos até Ele

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Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com



Hoje, estamos um dia mais próximos da vinda Jesus Cristo. Quanto mais nós vivemos, tanto mais próximos estamos de Sua vinda. Os sinais nos mostram que o Senhor está vindo, que está próximo da nossa geração.Ou o Senhor vem, ou nós vamos até Ele.

Os hebreus não comiam com qualquer pessoa. Assim, fazer uma refeição junto de alguém significava ter amizade e intimidade com ele. Jesus nos convida a nos sentarmos à Sua mesa, pois Ele quer ser íntimo de nós e quer que façamos o mesmo, ou seja, que sejamos íntimos d’Ele.
“Eu quero, meu Deus, sinceramente, mudar a minha vida. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!”
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Fonte: http://padrejonas.cancaonova.com/mensagem-do-dia/a-vinda-de-nosso-senhor-jesus-cristo-se-aproxima/

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Pais 'se auto-exilaram da educação dos próprios filhos', diz o Papa

Durante a tradicional catequese na praça de São Pedro, Francisco ressaltou a “vocação natural” da família na educação dos próprios filhos. “Chegou a hora de os pais e as mães voltarem do seu exílio e recuperarem a sua função educativa.”


Os pais "se auto-exilaram da educação dos próprios filhos" e precisam resgatá-la das mãos dos "assim chamados 'especialistas'", disse o Papa Francisco.
No último dia 20 de maio, durante audiência geral com os fiéis, na praça de São Pedroo Santo Padre sublinhou a "vocação natural" da família "para educar os filhos". Tomando como base as palavras do Apóstolo: "Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isto agrada ao Senhor. Pais, não irriteis vossos filhos, para que eles não percam o ânimo" (Cl 3, 20-21), ele comentou que "a relação entre pais e filhos deve ser sábia, profundamente equilibrada".
Mostrando proximidade às famílias destruídas pelo mal da separação, o Papa pediu aos pais que não transformassem os seus filhos em reféns. "Separastes-vos devido a muitas dificuldades e motivos, a vida deu-vos esta provação, mas os filhos não devem carregar o fardo desta separação", disse Francisco. "Que eles cresçam ouvindo a mãe falar bem do pai, embora já não estejam juntos, e o pai falar bem da mãe".
Depois, Sua Santidade alertou para o problema da "ruptura entre família e sociedade, entre família e escola":
"Multiplicaram-se os assim chamados 'especialistas', que passaram a ocupar o papel dos pais até nos aspectos mais íntimos da educação. Sobre a vida afetiva, a personalidade e o desenvolvimento, sobre os direitos e os deveres, os 'especialistas' sabem tudo: finalidades, motivações, técnicas. E os pais só devem ouvir, aprender a adaptar-se. Privados da sua função, tornam-se muitas vezes excessivamente apreensivos e possessivos em relação aos seus filhos, a ponto de nunca os corrigir: 'Tu não podes corrigir o teu filho!'. Tendem a confiá-los cada vez mais aos 'especialistas', até nos aspectos mais delicados e pessoais da sua vida, pondo-se de parte sozinhos; e assim, hoje, os pais correm o risco de se auto-excluir da vida dos próprios filhos. E isto é gravíssimo!"
O Santo Padre também reprovou os "intelectuais 'críticos'", que "silenciaram os pais de mil maneiras, para defender as jovens gerações contra os danos – verdadeiros ou presumíveis – da educação familiar". "A família foi acusada, entre várias coisas, de autoritarismo, favoritismo, conformismo e repressão afetiva que gera conflitos", disse o Pontífice.
Francisco também falou dos pais que, "raptados pelo trabalho e outras preocupações" e "confusos pelas novas exigências dos filhos e pela complexidade da vida moderna", ficaram "paralisados pelo medo de errar". O Papa encorajou as comunidades cristãs a "oferecer ajuda à missão educativa das famílias", "principalmente à luz da Palavra de Deus". "Até nas melhores famílias é preciso suportar-se uns aos outros, e é necessária tanta paciência para isto! Mas a vida é mesmo assim. A vida não se faz no laboratório, mas na realidade", ele disse.
Por fim, o Pontífice afirmou que "a boa educação familiar é a coluna vertebral do humanismo"e fez um apelo para que os pais resgatassem o "orgulho do seu protagonismo" na educação das crianças. "Chegou a hora de os pais e as mães voltarem do seu exílio — porque se auto-exilaram da educação dos próprios filhos — e recuperarem a sua função educativa. Oremos para que o Senhor conceda aos pais esta graça: a de não se auto-exilarem da educação dos seus filhos."
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog

sexta-feira, 22 de maio de 2015

As vítimas de Boko Haram

Na Nigéria, chega a dois mil o número de mulheres sequestradas pelos fundamentalistas islâmicos.


O Oriente Médio não é a única região do mundo a lidar com o problema do terrorismo. Desde 2009, a Nigéria tem visto a ascensão, principalmente ao norte do seu território, do grupo fundamentalista islâmico Boko Haram. A facção, que também é chamada de "Estado Islâmico da África Ocidental" (ISWAP, em inglês), milita principalmente pelo fim da educação ocidental no país.
"As ideias centrais da seita são a estrita adesão ao Corão e à Hadith (os ditos do Profeta Maomé)" [1]. "A sua meta é criar o reino de Deus na terra através da rígida aplicação da lei islâmica, ou sharia. Qualquer coisa que se ponha no caminho dessa meta deve ser destruído. Para Boko Haram, a violência não é uma perversão do Islã, mas um meio justificável tendo em vista o 'fim puro' que é almejado" [2].
Abu Qaqa, um porta-voz do grupo, explica: "O nosso objetivo é colocar a Nigéria em uma situação difícil e inclusive desestabilizá-la, para substituí-la pela sharia". Ele também afirma que a agenda do grupo é "levar a Nigéria de volta ao período pré-colonial, quando a lei da sharia era praticada".
De 2002, quando foi fundado, até 2009, o grupo era comandado por Mohammed Yusuf. Até então, nenhum incidente violento por parte da facção fora registrado, embora várias autoridades muçulmanas locais já acendessem um alerta para o perigo da seita. Depois de um conflito com o governo nigeriano, em julho de 2009, porém, Yusuf foi morto e os seus seguidores decidiram mudar de estratégia, unindo à militância política a prática de ataques suicidas, sequestros e assassinatos.
Os atentados no país, constantes nos últimos anos, atingem tanto muçulmanos quanto cristãos. O novo líder da facção, Abubakar Shekau, declara abertamente a sua pretensão de " encharcar a terra da Nigéria com o sangue dos cristãos e dos chamados 'muçulmanos' que contradizem o Islã" [3].
Em 2011, durante a Vigília de Natal, 40 católicos foram mortos enquanto saíam da Missa. Os fiéis foram atingidos por duas explosões com carros-bomba.
Os líderes da religião islâmica, por sua vez, são acusadas pelos fundamentalistas de conluio com o governo nigeriano. "De acordo com a retórica do grupo, uma nação secular promove a idolatria, é dizer, a adoração do Estado", explica o estudioso John Campbell. "O compromisso de fidelidade à bandeira e o canto do hino nacional são manifestações de tal idolatria e, por isso, são puníveis com a morte. O Estado é formado e sustentado pelos valores e pela educação ocidentais, e ambos são contrários à vontade de Alá".
Em 2012, após assassinar mais de 180 pessoas na cidade de Kano, a maior da região norte da Nigéria, Abubakar Shekau publicou um vídeo assumindo a autoria do atentado. "Eu gosto de matar qualquer um que Deus me mande matar – assim como eu gosto de matar galinhas e carneiros", declarou [4].
Em abril de 2014, Shekau também assumiu ser responsável pelo sequestro de 276 garotas em uma escola da cidade de Chibok. Ele reaparece em um vídeo postado na Internet, segurando um rifle e cercado por outros homens mascarados, ameaçando vender as jovens. "Eu sequestrei as suas filhas. Eu as venderei no mercado humano, por Alá. Alá disse que eu devo vendê-las. Eu vou vender mulheres", ele diz.
Desde o começo de 2014, o número de mulheres sequestradas pelos terroristas já passa a casa dos milhares. Testemunhos de jovens que foram libertas revelam as condições em que são mantidas as reféns. Elas são obrigadas a "se casarem" com os membros do grupo. Como, porém, não há monogamia no Islã, o termo mais exato para o que fazem é "estupro". As mulheres são forçadas a terem relações sexuais com vários homens.
"Transformaram-me em objeto sexual. Faziam turnos para se deitar comigo. Estou grávida e não sei quem é o pai", relata Asabe Aliyu, de 23 anos.
Grávida de quatro meses, Hamsatu, de 25 anos, conta que o pai de seu filho é membro do Boko Haram e que ela foi forçada a ter sexo com outros membros da milícia que tomaram o controle da sua cidade.

Outra garota, de nome Hauwa, sequestrada em setembro de 2013, dá o seu depoimento:
"Eu era forçada a participar com eles das operações. Geralmente me colocavam para carregar as balas. Faziam-me deitar no chão durante as operações, mas eu apenas segurava as balas. Quando eles me pediram para matar o primeiro homem, meu corpo começou a tremer e eu caí no chão. Eles me obrigaram a levantar e assistir enquanto eles matavam a segunda pessoa. Nesse ponto, como eles nos tinham ensinado a atirar, eu pensava que deveria pegar uma arma deles e me matar."

"Quando vi que seria forçada a casar, fingi sentir dores no estômago. Eles ficaram preocupados com que eu fosse HIV positivo, então me disseram para fazer o teste em um hospital. Foi assim que eu consegui escapar."
As experiências trágicas dessas jovens mobilizaram o mundo inteiro para a campanha Bring back our girls ["Tragam de volta as nossas garotas"], que pede o resgate de todas as mulheres sequestradas pelo Boko Haram. Segundo o movimento, das quase 300 reféns de Chibok, 230 ainda estão nas mãos do grupo terrorista.
Enquanto isso, Boko Haram continua a atormentar o norte da Nigéria. No começo deste ano,centenas de pessoas foram assassinadas na cidade de Baga, no que foi considerado um verdadeiro massacre, o pior ataque já perpretado pela facção criminosa. A Anistia Internacional estimou em 2 mil o número de mortos.
O governo nigeriano tem tido pouco sucesso para reprimir os fundamentalistas islâmicos. A derrota se deve, segundo os especialistas, à falta de investimentos e à corrupção no exército nacional.
O bispo Oliver Doeme, da diocese de Maiduguri, uma das mais atingidas pelo grupo terrorista,lamentou o fracasso do poder público em conter os militantes. "Tanto cristãos quanto muçulmanos estão sendo afetados, mortos e expulsos de suas casas, aldeias e cidades. Ambos foram dispersados e se tornaram refugiados em sua própria pátria", diz o prelado. "A vida se tornou tão banal que pode ser tirada a qualquer momento".
Subam aos céus, da Igreja no mundo inteiro, as orações dos fiéis cristãos por tantas famílias, mulheres e crianças que sofrem nas mãos dos terroristas de Boko Haram. Que, no seu sofrimento, unam a sua entrega à oferta amorosa de Cristo crucificado (cf. Cl 1, 24). E que o mundo islâmico possa abrir os olhos para reconhecer que, definitivamente, "não é razoável a difusão da fé mediante a violência" [5].
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. International Crisis Group. Curbing Violence in Nigeria (II): The Boko Haram Insurgency. In: Africa Report, n. 216, 3 abr. 2014. p. 9.
  2. John Campbell. Boko Haram: origins, challenges and responses. Norwegian Peacebuilding Resource Centre, out. 2014. p. 2.
  3. The Washington Post. The man behind the Nigerian girls' kidnappings and his death-defying mystique. 6 mai. 2014.
  4. BBC News. Nigeria's Boko Haram leader Abubakar Shekau in profile. 9 mai. 2014.
  5. Papa Bento XVI, Aula Magna na Universidade de Ratisbona (12 de setembro de 2006).
Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog/as-vitimas-de-boko-haram

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Deus está no controle!


"O Senhor livra a alma de seus servos; não será punido quem a ele se acolhe." 

A paz de Cristo!

Irmãos gostaria de testemunhar a vocês uma situação vivida ontem dia 13/05/15 em minha casa!

Eu e minha esposa antes de ir para nosso quarto com as crianças que já estavam dormindo na sala, decidimos arrumar um pouco a casa, pois as crianças como de costume deixam ela toda bagunçada, enquanto ela arrumava a bagunça eu resolvi lavar e colocar para ferver as mamadeiras da minha filha mais nova, como na noite anterior as meninas não estavam bem de saúde, pois estão com sinais de gripe, não tínhamos dormido bem e estávamos exaustos, sem perceber fomos para a parte de cima da casa que é um sobrado e esquecemos no fogo a panela com as mamadeiras, depois de nossa oração habitual dormimos profundamente, foi quando Deus que está no controle entrou em ação! Minha esposa ao acordar, como que os anjos a tivessem levado até a porta aberta, ao abrir os olhos viu que a casa já estava tomada de fumaça, num instante me levantei com os gritos dela e consegui desligar o fogão com a panela prestes a incendiar nossa casa, moramos no mesmo terreno da casa de meu sogro e eles nem perceberam nada, depois que tudo passou eu e minha esposa chegamos a uma conclusão óbvia mas que com o dia a dia muitas vezes esquecemos que Deus está no controle! Independente da sua situação Deus nos ama e nos protege!    

Cristian Giosele 


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Entre a propaganda e a verdade: a história secreta da Ideologia de Gênero

Uma propaganda é capaz de fazer o certo parecer errado e o errado parecer certo. O caso da Ideologia de Gênero não foge à regra

David Reimer, vítima das loucuras dos ideólogos de gênero. Suicidou-se em 2004.

Uma peça publicitária só pode ser bem-sucedida se souber cativar o público com as palavras e as imagens certas. A linguagem simbólica exerce enorme influência sobre o homem. Todas as grandes empresas, partidos políticos e meios de comunicação têm, por de trás de sua figura pública, um afiado esquema de marketing. "Um bom governo sem propaganda dificilmente se sai melhor do que uma boa propaganda sem um bom governo", dizia o ministro da comunicação nazista Goebbels. É fato. E a experiência do último século é a prova cabal de como ideologias malignas podem conquistar o apoio das massas, apelando a jargões risíveis porém populares.
Ideologia de Gênero é uma grande peça publicitária. Apoiada pelo discurso dos "direitos sexuais", da "tolerância" e da "misericórdia", palavrinhas politicamente corretas e além de qualquer suspeita, muitos são levados a considerá-la algo inofensivo ou mesmo um grande progresso para a civilização. Aquele que a ela se opõe, por outro lado, é visto como pessoa antiquada, de visão obtusa e reacionária, ainda que salte "aos olhos a profunda falsidade dessa teoria". Foi também assim que rotularam a imprensa judia quando esta denunciou as obscenidades do nacional-socialismo, logo que Hitler subiu ao poder. Ora, quem, em sã consciência, se posicionaria contra um projeto político que apenas visava a "reconstrução" da Alemanha? De maneira análoga, como é possível se opôr à felicidade daqueles que desejam a mudança de sexo?
Uma boa propaganda não somente convence, como também modifica a história. O passado secreto da Ideologia de Gênero está longe de ser misericordioso, tolerante e feliz. Tudo começou na década de 1950, nas clínicas universitárias. Neste período, inúmeras cirurgias de mudança de sexo (precisamente de homem para mulher) foram realizadas de forma experimental. Na década de 1970, quando vieram os resultados científicos de todas aquelas experiências, não havia qualquer índice de que o procedimento fosse seguro. Pior. As evidências de que se tratasse de algo nocivo eram gritantes. As clínicas decidiram não mais realizar aquele tipo de operação. But where there's a will there's a way.
Três pesquisadores decidiram levar adiante o projeto: Dr. Alfred KinseyDr. Harry Benjamin e o psicólogo John Money. O currículo destes três paladinos da Ideologia de Gênero não é nada honroso.
Dr. Alfred Kinsey, um biólogo e sexólogo cujo legado dura ainda hoje, acreditava que todos os atos sexuais eram legítimos — incluindo pedofilia, bestialidades, sadomasoquismo, incesto, adultério, prostituição e orgias. A fim de obter dados para suas pesquisas, Kinsey autorizou experimentos horríveis em bebês e crianças pequenas. Seu intuito principal era justificar a opinião de que crianças de qualquer idade teriam prazer com o sexo — ele chegou a advogar a normalização da pedofilia. O transexualismo entrou em sua agenda quando foi apresentado ao caso de um homossexual que queria tornar-se uma garota. Kinsey consultou um conhecido seu, um endocrinologista chamado Harry Benjamin. Benjamin conhecia bem os travestis (homens que se vestem de mulher). Assim, ambos viram uma oportunidade para mudar aquele rapaz fisicamente, para além da roupa e da maquiagem. Os dois tornaram-se colaboradores profissionais no primeiro caso do que Benjamin mais tarde chamaria "transsexualismo".
Benjamin pediu a vários psiquiatras que avaliassem o rapaz quanto à possibilidade de uma cirurgia para feminilizar sua aparência. Os médicos não chegaram a um consenso. Mas isso não pôde pará-lo. Por sua própria conta, Benjamin começou a dar hormônios femininos ao garoto. Levaram-no para a Alemanha e lá o operaram parcialmente. Benjamin, por sua vez, perdeu todo contato com seu paciente, tornando qualquer acompanhamento a longo prazo impossível.
O terceiro co-fundador do hoje movimento transgênero foi o psicólogo Dr. John Money, um dedicado discípulo de Kinsey e membro do grupo de pesquisas transexuais, chefiado por Benjamin.
O primeiro caso transgênero de Money veio em 1967, quando foi consultado por um casal canadense, os Reimers, para que reparasse uma circuncisão mal-feita no filho deles de dois anos, David. Sem qualquer razão médica, Money lançou-se em um experimento para fazer fama por conta própria e avançar suas teorias sobre gênero, não importando as consequências para a criança. Disse aos perturbados pais que o melhor caminho para assegurar a felicidade de David era mudar cirurgicamente sua genitália de masculino para feminino e educá-lo como uma garota. Como muitos pais fazem, os Reimers seguiram a orientação do doutor, e David foi rebatizado de Brenda. Money assegurou aos pais que Brenda se adaptaria a ser uma menina e que ela nunca saberia a diferença. Ademais, pediu ao casal que mantivesse aquilo em segredo. E assim se fez — pelo menos por um tempo.
Médicos ativistas iguais ao Dr. Money sempre buscam a fama primeiro, especialmente se controlam a informação que a mídia divulga. Money jogou um jogo de "prenda-me se for capaz", divulgando o sucesso da mudança de gênero do garoto para comunidades médicas e científicas e construindo sua reputação como um dos principais especialistas no emergente campo da mudança de gênero. Levou décadas até que a verdade fosse revelada. Na verdade, a adaptação de David Reimer para ser uma garota foi completamente diferente dos relatórios brilhantes inventados por Money para os artigos dos jornais. Aos 12 anos, David estava severamente depressivo e recusava-se a voltar a ver Money. No desespero, seus pais quebraram o segredo e lhe contaram a verdade sobre a "mudança de gênero". Aos 14 anos, David decidiu submeter-se a uma nova cirurgia para viver como garoto.
Em 2000, aos 35 anos, David e seu irmão gêmeo finalmente expuseram os abusos sexuais aos quais o Dr. Money os havia imposto na privacidade de seu escritório. Os rapazes contaram como Dr. Money tirava foto deles nus quando tinham apenas sete anos de idade. Mas fotos não eram o suficiente para Money. O pedófilo doutor também os forçou a terem relações sexuais incestuosas um com o outro.
As consequências dos abusos de Money foram trágicas para os dois garotos. Em 2003, apenas três anos após seu passado de tortura ter se tornado público, o irmão gêmeo de David, Brian, morreu de overdose. Pouco tempo depois, David também cometeu suicídio. Money, por sua vez, foi finalmente exposto como um farsante. Mas isso não ajudou a amenizar o luto da família, cujos gêmeos agora estavam mortos.
Certamente, nenhum jornal secular ou programa de TV, quando estiver em pauta a chamada Teoria de Gênero, revelará esses episódios expostos acima ao público. De fato, reina aquilo que Pio XI denominou, certa vez, de conspiração do silêncio, pois "não se explica facilmente como é que uma imprensa, tão ávida de esquadrinhar e publicar até os mínimos incidentes da vida cotidiana", pode calar-se tão vergonhosamente sobre tais coisas. Vários estudos feitos por ex-discípulos de Kinsey e Money comprovam a perniciosidade da Ideologia de Gênero, principalmente das cirurgias de mudança de sexo. Charles Ihlenfeld, um endocrinologista que trabalhou por seis anos com o Dr. Benjamin, chegou a declarar publicamente: "Há muita insatisfação entre as pessoas que fizeram a cirurgia... Muitas terminam em suicídio" — como no caso dos gêmeos Reimers.
Não se iludam com propaganda, não se iludam com promessas, não se iludam com mentiras. AIdeologia de Gênero é uma farsa. E das mais grosseiras.

Com informações de: LifeSiteNews.com | Por Equipe CNP

Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog

Como cordeiro levado ao matadouro

Mesmo carregando o pesado fardo do pecado e sofrendo as mais terríveis dores até a própria morte, Cristo “ficou calado, sem abrir a boca”.


São João Batista não foi o único a comparar Nosso Senhor a um cordeiro, quando disse a famosa frase: "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo" (Jo 1, 29). No Antigo Testamento, ao profetizar sobre o servo sofredor, Isaías recorre à mesma analogia, porém, sob outro aspecto: "Oprimido, ele se rebaixou, nem abriu a boca! Como cordeiro levado ao matadouro ou ovelha diante do tosquiador, ele ficou calado, sem abrir a boca" (Is 53, 7).
O grande orador francês Jacques Bossuet, comentando esse exato trecho das Escrituras, tece as seguintes e belas considerações:
"Se um homem se vê incapaz de resistir à violência, ele pode às vezes salvar a si mesmo fugindo; se não pode evitar ser levado como prisioneiro, pode ao menos se defender quando é acusado; ou, se é privado dessa liberdade, pode sempre achar algum alívio na sua angústia, seja reclamando veementemente da injustiça com a qual está sendo tratado, seja gemendo e lamentando por causa de seus sofrimentos. Não no caso de nosso Divino Senhor. Por Sua própria vontade, Ele deixa de lado todos esses poderes; no Filho de Deus, eles foram todos agrilhoados, até mesmo a Sua língua foi amarrada. Quando O acusam, Ele não responde; quando O batem, Ele não murmura, nem mesmo um mínimo gemido ou suspiro, como os fracos e oprimidos proferem, na esperança de revirar alguma piedade nos corações de seus algozes. Ele não abre a boca (Is 53, 7). Mais do que isso, Ele nem mesmo desvia a Sua cabeça dos golpes cruéis que chovem sobre ela; Ele permanece imóvel, não fazendo esforço para fugir de nem uma única pancada." [1]
A imagem passada pelo panegirista é exata: ele não quis dar muita atenção ao fato de que Cristo, sendo Deus, podia fazer cessar todo aquele crime com um simples ato de vontade divina. Também enquanto homem, a Sua humilhação foi perfeita. Tão perfeita, que o profeta, ao falar de Seu silêncio, prefere compará-Lo a um cordeiro mudo que a um ser humano. Qualquer homem – discorre bem Bossuet – procuraria fugir, defender-se ou mesmo gritar contra aqueles que o prendiam. Cristo, não. Ele quis elevar ao extremo a imagem do cordeiro: tirou os pecados do mundo, mas sem gritar nem levantar a voz (cf. Is 42, 2); foi imolado verdadeiramente, mas em silêncio.
O Seu silêncio e paciência são ainda mais admiráveis se se leva em conta, como diz Santo Tomás de Aquino, que as dores que Ele sofreu são as maiores pelas quais um homem poderia passar [2]. Não apenas pelo gênero dolorosíssimo de sua morte, que foi a crucifixão. Os estudiosos modernos têm feito os seus cálculos e não hesitam em concluir que existem métodos de execução mais cruéis do que a morte na cruz. Sem entrar no mérito da questão, porém, não é apenas isso o que faz a paixão de Cristo ser o pior de todos os sofrimentos. É o fato de ser a Sua humanidade perfeitíssima o que tornam soberanamente piores os seus suplícios. Senão, vejamos.
Santo Tomás considera, entre as causas da dor interna do Redentor: "em primeiro lugar, todos os pecados do gênero humano". Essa dor nele "excedeu todas as dores de qualquer pessoa contrita, seja porque proveniente de uma sabedoria e caridade maiores, que fazem aumentar a dor da contrição, seja também porque foi uma dor por todos os pecados ao mesmo tempo" [3]. Em segundo lugar, o Aquinate põe a causa da "perda da vida corporal, que por natureza é horrível à condição humana". Noutro lugar, porém, além de ressaltar a repugnância natural de qualquer homem à morte, ele lembra que "Cristo foi virtuosíssimo. Logo, amou a sua vida de modo superlativo. Por isso, a dor pela perda de sua vida foi máxima" [4].
Como remate, o Doutor Angélico trata de ressaltar "a extensão do sofrimento pela sensibilidade do paciente":
"Porque Cristo tinha uma ótima compleição física, já que seu corpo fora formado milagrosamente por obra do Espírito Santo, (...) nele era agutíssimo nele o sentido do tato, com o qual se percebe a dor. Igualmente a alma, com suas forças interiores, captava de modo intenso todas as causas de tristeza."
Eis, pois, a grandeza da entrega de Cristo. Mesmo carregando o pesado fardo de todos os pecados; mesmo experimentando com agudez singular cada pancada, cada chicote, cada espinho, cada prego; mesmo tendo diante de Si a própria morte, Ele "ficou calado, sem abrir a boca".
Olhemos para o silêncio paciente do Cordeiro de Deus. Consideremos a insignificância dos sofrimentos por que passamos e, ao mesmo tempo, a impaciência com que enfrentamos todos eles; o pequeno ruído que fazem as dores que padecemos e, em contraste, os grandes murmúrios que soltamos diante delas; as cruzes serenas que nos visitam e, por outro lado, as palavras amargas com que as recebemos de Deus.
Por amor, entreguemos também nós a nossa vida, "como cordeiro levado ao matadouro", como "ovelha diante do tosquiador". Sem gritarias. Sem espalhafatos. Porque foi assim que morreu Nosso Senhor. E é também assim que queremos morrer, dia após dia, até o final das nossas vidas (cf. Lc 9, 23).
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. BOSSUET, Jacques. The Passion of Jesus Christ. In: Great French Sermons. London: Sands and Co., 1917. p. 80 (tradução nossa).
  2. Suma Teológica, III, q. 46, a. 6.
  3. Comentários às Sentenças de Pedro Lombardo, III, 15, q. 2, a. 3.
  4. Suma Teológica, III, q. 46, a. 6, ad 4.
Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog

sexta-feira, 8 de maio de 2015

“Sem mim nada podeis fazer”


Não faça nada sem “carregar” Jesus. Não comece o dia sem Jesus!
Alguém me enviou por e-mail uma parábola interessante sobre o jumentinho que Jesus usou para entrar em Jerusalém. Veja:
“Um jumentinho voltando para sua casa todo contente, falou para sua mãe:
– Fui a uma cidade e quando lá cheguei fui aplaudido, a multidão gritava alegre, estendia seus mantos pelo chão… Todos estavam contentes com minha presença.
Sua mãe perguntou se ele estava só e o burrinho disse:
– Não, estava levando um homem com o nome de Jesus.
Então sua mãe falou:
– Filho, volte a essa cidade, mas agora sozinho.
Então o burrinho respondeu:
-Quando eu tiver uma oportunidade, voltarei lá…
Quando retornou a essa cidade sozinho, todos que passavam por ele fizeram o inverso, o maltratavam, o xingavam e até mesmo batiam nele.
Voltando para sua casa, disse para sua mãe:
-Estou triste, pois nada aconteceu comigo. Nem palmas, nem mantos, nem honra… Só apanhei, fui xingado e maltratado. Eles não me reconheceram, mamãe…
Indignado o burrinho disse a sua mãe:
– Porque isso aconteceu comigo?
Sua mãe respondeu:
– Meu filho querido, você sem JESUS é só um jumentinho…
Lembre-se sempre disso”.
Nós, sozinhos, não somos apenas “jumentinho”, e sim, um ser humano sem a graça de Deus e sem a Sua força sobrenatural. Somos pobres, fracos, impotentes…
Jesus disse que Ele é a videira verdadeira e que nós somos os seus ramos; e que se o ramo se desprender Dele, vai secar e morrer. E acrescentou: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5s).
É porque nos esquecemos dessa palavra de Jesus que tantas vezes fracassamos em nossas lutas, projetos, empreendimentos, evangelização, educação dos filhos, trabalho profissional e religioso, etc. Esquecemo-nos que se Jesus não estiver conosco, pela fé e pela oração, seremos um pouco parecidos com o jumentinho de Jerusalém.
Quando nós falamos as palavras de Jesus, atraímos as pessoas; quando “carregamos’ Jesus as pessoas nos ouvem; mas, quando estamos sós, vazios, sem “carregar” Jesus, o povo olha para nós e vê a nossa “feiúra” e impotência. E pode nos desprezar. Não podemos fazer nada nesta vida sem “carregar” Jesus.
Além do mais, carregar Jesus é estar ciente de que os aplausos são para Ele e não para nós. É estar ciente de que Ele não precisa de nós, mas quer nos usar para nos dar dignidade e grandeza.
Carregar Jesus é estar ciente de que depois que o ajudamos a cumprir a Sua missão salvífica, voltamos a ser apenas um “jumentinho”, muito feliz e honrado, mas como os outros. São Paulo diz que somos “vasos de barro” para que tenhamos consciência de que todo poder que se manifesta em nós vem Dele e não de nós (cf. 2Cor 4,7 ).
Não faça nada sem “carregar” Jesus. Não comece o dia sem Jesus. Não corrija seu filho, sua esposa, seu empregado ou seu patrão, sem pedir a luz a Jesus; senão as suas palavras poderão ser inconvenientes e ineficazes.
Não comece um empreendimento sem colocá-lo nas mãos de Jesus e pedir sua graça, sua proteção, sua luz.
Não eduque sua família sem a luz de Jesus, senão ela caminhará nas trevas do mundo.
Não faça o seu trabalho pastoral acreditando apenas em você, nos “seus” planos bem traçados; pode ser que você se decepcione e desanime de tudo como muitos.
Não se esqueça, sem Jesus, o jumentinho de Jerusalém é apenas um jumentinho.
Jesus mandou pedir, pedir e pedir. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscais e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo aquele que pede recebe; aquele que procura acha; ao que bater se lhe abrirá” (Lc 11,9-11).
Acreditamos nisso, ou desistimos de pedir? Santo Agostinho se converteu e foi um dos santos mais importantes da Igreja; porque sua mãe derramou sua lágrimas diante do Santíssimo, sem desistir e sem desanimar, durante vinte anos. E nós?
Carregando Jesus podemos dizer como o grande Apóstolo: “Tudo possa naquele que me dá forças” (Fil 4,13). “Se Deus é por nós quem será contra nós?” (Rom 8,31).
Prof. Felipe Aquino
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Fonte: http://cleofas.com.br/sem-mim-nada-podeis-fazer-3/