sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Intervenção militar na Síria seria uma catástrofe, diz Patriarca caldeu católico


Dom Louis Sako, Patriarca caldeu no Iraque, diz não à intervenção militar na Síria

ROMA, 29 Ago. 13 / 02:07 pm (ACI).- A intervenção militar liderada pelos Estados Unidos contra a Síria seria "uma catástrofe. Seria como fazer com que um vulcão exploda, com uma explosão destinada a arrasar o Iraque, O Líbano e a Palestina", clamou o Patriarca católico da Babilônia dos caldeus, Louis Sako.
Para o Patriarca Sako, que é a autoridade da comunidade cristã mais importante no Iraque, a intervenção ocidental na Síria recorda fatalmente a experiência do seu povo: "10 anos depois da intervenção chamada 'coalizão dos voluntários' que derrubou Saddam (Husein)", assinalou à agência Fides sua Beatitude Louis Sako "nosso país continua sendo atingido pelas bombas, pelos problemas de segurança e pela instabilidade da crise econômica".
Além disso, no caso sírio, segundo o Patriarca caldeu, as coisas são ainda mais complicadas por causa da dificuldade de compreender a dinâmica real da guerra civil que assola essa nação há anos. "A oposição a Assad está dividida, os diversos grupos lutam entre si, há uma proliferação de tropas jihadistas... O que vai acontecer com esse país depois?", questionou.
Para o Patriarca as fórmulas utilizadas pelos países ocidentais para justificar qualquer intervenção parecem instrumentais e confusas.
"Todos falam de democracia e liberdade, mas para chegar a esses objetivos é preciso passar por processos históricos e não se pode pensar em impô-los de forma mecânica ou muito menos com a força. O único caminho, na Síria, assim como em todas as partes, é a busca de soluções políticas".
O Patriarca caldeu mostra também cautela sobre a escolha de justificar a intervenção como uma represália inevitável ante o uso de armas químicas por parte do exército de Assad: "os ocidentais", diz o Patriarca Sako "também justificaram a intervenção contra Saddam com a acusação de que o Rais do Iraque tinha armas de destruição maciça. Mas essas armas não se encontraram nunca".

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Marxismo e Igreja: desinfeta isso, Francisco!


Os membros da ala marxista da Teologia da Libertação estão serelepes desde a eleição do Papa Francisco. Dizem que ele fará reformas na Igreja, como se essas reformas fossem realizar o sonho deles de transformar a Igreja num antro de heresias.
Forçando a maior barra, os iludidos vermelhos tentam desesperadamente associar o pontífice à sua ideologia podre. “Francisco não é um adepto declarado da TL”, dizem, “mas na sua opção preferencial pelos pobres, vemos que ele está de acordo com a nossa ideologia”.
Reação do baby sauro ao ouvir isso…
baby_sauro
Em primeiro lugar, o Papa Francisco crê na organização hierárquica da Igreja. Bem diferente da TL, que ensina que quem deveria determinar os rumos da Igreja deveria ser “o povo”, e não o clero. Veja que gente doida: nesse sentido, nem mesmo o Papa Francisco deveria ser reconhecido como uma autoridade religiosa!
Em segundo lugar, enquanto esteve à frente dos jesuítas na Argentina, Bergoglio pedia aos sacerdotes que não se envolvessem com ativismo político, mas se dedicassem exclusivamente a seu o trabalho nas paróquias.
Em 2005, o então cardeal Bergoglio escreveu sobre o que ainda restava da TL, no prólogo do livro de um amigo seu:
“Com a derrubada do império totalitário do ‘socialismo real’, essas correntes ficaram afundadas no desconcerto, incapazes de um restabelecimento radical e de uma nova criatividade. Sobreviventes por inércias, embora haja ainda hoje quem as proponham anacronicamente”.
- Guzmán Carriquiry, “Una apuesta por América Latina. Memoria y destino históricos de un continente”, Editorial Sudamericana, Buenos Aires, 2005


Em terceiro lugar, quando esteve aqui no Brasil, por ocasião da JMJ, o Papa Francisco citou o marxismo infiltrado na Igreja como algo mau, que pode deter ou levar a missão ao fracasso. Falando aos bispos do CELAM, ele disse que não devemos interpretar o Evangelho “fora da própria mensagem do Evangelho e fora da Igreja”. Ora, e o que o pessoal da TL faz é justamente isso: reinterpretar o Evangelho à luz dos ensinamentos de São Marx!
Deixo vocês com esse trecho do discurso no encontro com o Comitê de Coordenação do CELAM no Centro de Estudos do Sumaré (grifos nossos). Com a palavra, o nosso Papitcho:
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Algumas tentações contra o discipulado missionário

A opção pela missionariedade do discípulo sofrerá tentações. É importante saber por onde entra o espírito mau, para nos ajudar no discernimento (…). Limito-me a mencionar algumas atitudes que configuram uma Igreja “tentada”. Trata-se de conhecer determinadas propostas atuais que podem mimetizar-se em a dinâmica do discipulado missionário e deter, até fazê-lo fracassar, o processo de Conversão Pastoral.
1. A ideologização da mensagem evangélica. É uma tentação que se verificou na Igreja desde o início: procurar uma hermenêutica de interpretação evangélica fora da própria mensagem do Evangelho e fora da Igreja.
Existem outras maneiras de ideologização da mensagem e, atualmente, aparecem na América Latina e no Caribe propostas desta índole. Menciono apenas algumas:
a) O reducionismo socializante. (…) Trata-se de uma pretensão interpretativa com base em uma hermenêutica de acordo com as ciências sociais. Engloba os campos mais variados, desde o liberalismo de mercado até a categorização marxista.






Resumo da mensagem do Papa: marxismo influenciando o pensamento e as ações da Igreja? Desinfeta essa praga!
sheldon_spray
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Quer saber o que é Teologia da Libertação? Clique aqui.

Um dia na vida da Igreja Primitiva

Por A Catequista em 29/08/2013

de_volta
Um conto sobre coisas “esquecidas”
Marty é evangélico. Hoje ele dará um pequeno passo para um homem, mas um grande passo para a humanidade: será o primeiro ser humano a viajar no tempo!
O cientista e pastor responsável pela experiência já testou tudo. Primeiro, ele enviou na máquina o seu cachorro, Cãovino, que voltou são e salvo. Agora, enviará o jovem explorador para o tempo das igreja primitiva. E quando Marty estiver de volta pro futuro, será lindo ver os seus registros de como os primeiros cristãos viviam, antes de a Igreja Católica começar a deturpar a doutrina de Jesus. É cristianismo puro na veiaaaaaaaa!
Tudo pronto? E lá vai ele… Três dois um… GO VARÃO! GO, GO, GO!
futuro
E Marty chega em Corinto, no século II. Esperto e comunicativo, faz logo amizade com os irmãozinhos. Papo vai, papo vem, um sujeito chamado Apolo diz:
– No dia do Juízo, cada um será recompensado conforme as suas obras.
Marty sente um arrepio que foi até a medula, e rebate:
– Pirou, irmão?! Seremos salvos somente pela fé. Num tem essa de recompensa pelas obras. Onde é que tá escrito isso na Bíblia?
– Bíblia? O que é isso?
– COMO ASSIM? Você é cristão e num sabe o que é uma Bíblia? – exaspera-se Marty. A Bíblia é a reunião dos livros do Antigo Testamento e do Novo Testamento!
Perplexo, Marty acaba de descobrir que naquela igreja somente o bispo possuía todos os textos do Antigo Testamento, e nem mesmo ele tinha os quatro Evangelhos completos. E alguns diáconos tinham uma cópia Didaquê, o primeiro Catecismo.
papiros_biblioteca
Ilustração que dá uma ideia de como era uma biblioteca no século II
– É por isso que você tá falando besteira, Apolo! Você num lê a Bíblia. Isso num tá escrito na Bíblia!
– Eu só sei que o bispo ensinou isso pra nós, e isso basta – reponde Apolo. Ele até falou que leu isso numa carta de São Paulo aos romanos.
Marty coloca a mão no peito e solta um doído lamento:
– Sem Bíblia um cristão não pode viveeeeer! Ai meu corassaum…
Os coríntios, enfim, entenderam que a tal Bíblia de que Marty tanto fala é a “biblioteca” onde o bispo reunia os textos sagrados. Então, levam-no à casa do homem. Chegando lá, Dom Dionísio lhe dá um abraço caloroso, o que não o livrará de receber um pito:
– Com todo o respeito, seu bispo, essa comunidade está sendo negligenciada! Cada cristão deveria ter uma Bíblia! – protesta Marty.
O bispo conclui que Marty é doente mental, por isso releva suas palavras. Como um homem sábio, ele jamais contrariava os doidos.
– Meu jovem, tens razão!
Com docilidade e paciência, São Dionísio leva o rapaz a outro aposento. E mostra ali uma estante com dezenas de papiros. Rolos e mais rolos agrupados… Aquilo tudo num tem como levar debaixo do sovaco pra fazer pregação no trem, e nem no culto. Marty já sabia que a palavra “Bíblia” quer dizer “biblioteca”, mas nunca tinha visualizado a coisa dessa forma.
– Eis aí a tua amada Bíblia! – diz o bispo.
Marty com óculos espelhados está impressionado…
marty
– Agora, eu te peço – prosseguiu o bispo – que me ajude a produzir cópias dessa biblioteca para todos os irmãos de nossa comunidade. Primeiro, você deve providenciar uma enorme quantidade de pergaminho…
Nesse ponto, Marty se dá conta de que mesmo se matasse toda a população de cabras, carneiros e bodes da região, não arrumaria couro suficiente pra curtir e produzir todo o pergaminho de que precisava. E nem em 500 anos daria pra produzir Bíblia pra tanta gente, tendo que copiar tudo a mão!
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Não dava pra topar aquele desafio – Challenge denied! Marty disfarça, diz que está atrasado prum compromisso, incorpora o caboclo do Michael Jackson e dá um moonwalk, retornando de fininho pra máquina do tempo.

Partindo pra visitar outras comunidades cristãs primitivas (os gálatas, os romanos, os filipenses, os ermineses…), ele verifica que a situação delas era similar à de Corinto, e não se alterou em quase nada por mais de mil anos. A leitura frequente da Bíblia pelos cristãos em geral só começou a se difundir com o aumento da alfabetização e com a invenção da prensa móvel.
Depois dessa maratona, Marty se dá por satisfeito: “Já deu. Fui!”. De volta para o futuro, ele produz um relatório detalhado de sua experiência, conforme o pastor havia lhe pedido. Na conclusão do documento, pontua:
  • pouquíssimos cristãos primitivos liam os textos da Bíblia;
  • o conhecimento da Palavra de Deus e de Sua vontade não se dava pela leitura da Bíblia, mas sim pelo acolhimento do ensinamento transmitido oralmente pelos bispos (que eles chamavam de Sagrada Tradição);
  • Sola Scriptura (a Bíblia como autoridade máxima, acima da Tradição) e o “livre exame” eram tecnicamente impossíveis de serem aplicados nos primeiros séculos da cristandade, já que quase ninguém tinha Bíblia em casa (no máximo, um ou outro tinha alguns trechos daquilo que hoje chamamos de “Bíblia”);
  • a falta de leitura da Bíblia não impediu que uma multidão de cristãos se santificassem, chegando mesmo a derramar seu sangue pela fé.
Ao terminar de ler esse relatório, o cientista-pastor fica alguns minutos em silêncio. Após alguma reflexão, coloca uns óculos escuros, pega um estranho cilindro e dispara um flash em direção a Marty…
mib
Fonte: http://ocatequista.com.br/

Os Santos Católicos e os Orixás


Jesus respondeu: “Cuidado, para que ninguém engane vocês.
Porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Messias’. E enganarão muita gente.
” (Mt 24, 4-5)


Muitas pessoas tem me escrito e perguntado sobre a relação dos Santos que pertencem a nossa Igreja Católica Apostólica Romana, com os Orixás que fazem parte de algumas seitas ocultistas.
Até mesmo deve ter surgido dúvidas e perguntas a este respeito também pela novela atual que esta sendo exibida em uma grande emissora que contém o nome de um Santo de nossa Igreja Católica.
A respeito da Novela, sinceramente não posso dizer nada, porque não assisto, não sei do que se trata, não sei da trama que a envolve e etc…Mas sabemos muito bem que as Novelas não tem apresentado nada que possam construir ou agregar algo à nós ou as nossas famílias! Muito pelo contrário, cada vez mais as novelas tem mostrado o que é de mais baixo na relação dos reais valores cristãos, e querem ainda de uma maneira sutil incutir em nossa mente que estas realidades exibidas são boas ou “normais” para a nossa sociedade de hoje em dia...
Mas não quero, ao menos neste artigo, parar nas NOVELAS….
Mas quero explicar qual a relação que estas seitas fazem e porque fazem esta relação aos Santos de nossa Igreja Católica!
Para melhor explicarmos isso, é preciso que voltemos um pouco no tempo.
Quando escravos africanos, conhecidos como Iorubas, chegaram ao Brasil trouxeram também suas crenças, suas tradições e seus deuses. Estes deuses não eram o Deus que nós Católicos e cristãos acreditamos, mas era seus deuses, entidades, espíritos evoluídos, mais conhecidos como Orixás.
Os europeus que trouxeram estes escravos eram todos cristãos, e sabiam que estes tipos de deuses que os escravos africanos cultuavam não era o Deus verdadeiro, e por isso proibiram que estes escravos prestassem qualquer tipo de culto à estes deuses.
Os escravos ainda eram ensinados a entender quem de fato era o verdadeiro Deus por meio de uma catequização.
Então os escravos africanos não podendo cultuar os seus deuses, e sabendo que os europeus eram cristãos, decidiram cultuar seus Orixás de forma escondida, e fingiam que estavam cultuando os Santos Católicos estabelecendo assim uma espécie de associação à seus Orixás com os Santos Católicos. Começavam a prestar cultos por exemplo diante de São Jorge, mas na verdade estavam cultuando a Ogum, pois a maioria de seus cultos eram realizados no dialéto de sua tribo de Origem, fazendo assim com que de alguma forma os europeus não entendessem a quem estavam prestando seus cultos, e eram enganados por estas falsas associações…
Existe ainda pequenas diferenças de associações na qual a Umbanda e o Candomblé se utilizam relacionado as suas entidades aos nossos Santos Católicos, mas que para nós Católicos não faz a menor diferença, uma vez que sabemos que a Igreja Católica Apostólica Romana reprova estes tipos de seitas e não é legítimo a realidade de entidades superiores, espíritos evoluídos ou algo do tipo, uma vez que Deus tem como Sua criação os homens e os Anjos. Entre os anjos existem aqueles que fizeram a escolha por Deus, e com Deus governam o mundo, e existe aqueles que rejeitaram Deus, e tornaram – se demônios.
Por isso para nós Católicos só existem Anjos de Deus, e Demônios.
Então muitas pessoas são na verdade confundidas e quando vão à estes tipos de seitas acham que não tem problema, porque lá também tem a imagem de Jesus, lá tem a imagem de Nossa Senhora, tem as imagens dos Santos Católicos. Muitas destas seitas ludibriam as pessoas pela aparência, mas que na verdade não apresentam o verdadeiro Deus. Pessoas são confundidas porque também nestas seitas reza – se o Pai – Nosso e Ave – Maria e coisas do tipo…Mas deixarei para um outro momento também escrever sobre as seitas…
Vou dar alguns exemplos mais conhecidos de associações de Orixás aos Santos Católicos que estas seitas fazem:
Jesus Cristo é associado à Oxalá
Nossa Senhora da Conceição é associada à Iemanjá;
Santa Barbará é associada à Iansã;
São João e São Jerônimo são associados à Xangô
São Jorge é associado à Ogum
Com isso reforço: O que estas seitas apresentam e ensinam NADA TEM HAVER com a doutrina da nossa Igreja Católica Apostólica Romananada tem haver com Jesus Cristo. E ainda digo: Estas seitas e o envolvimento com aquilo que elas ensinam podem trazer grandes prejuízos espirituais as pessoas.
Acredito que tenha ficado claro o porquê de muitas vezes imagens de Santos Católicos estarem presentes em seitas ou em lugares que cultuam Orixás.
Deus abençoe você!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

DEIXAR NOS SUSPREENDER POR DEUS




Quando o Papa Francisco veio aqui no Brasil, ele falou para nos deixarmos surpreender por Deus.
Uma das áreas de nossas vidas que mais temos dificuldades de permitir ser surpreendidos é o de se abrir para a vinda dos filhos.
 Lembro-me de que no início do meu casamento, tomamos a decisão de não ter filhos  devido as nossas condições financeiras. Hoje compreendo que nada nos faltaria mesmo com a chegada de uma criança, naquela etapa da nossa vida.
Na verdade a gente acreditava que deveríamos ter o controle de tudo em nossas mãos e por isso nos nossos planos, uma criança não seria bem vinda. Então fazíamos o uso da contracepção, e olhando para trás vejo que o anticoncepcional que eu tomava dia após dia, não deixava somente o meu corpo estéril, mas também o meu coração. Recusei por muito tempo a fecundidade do meu corpo, e como conseqüência o meu casamento estava se tornando também estéril e sem vida.
Fiquei feliz ao saber que milhões de jovens podem ter uma experiência diferente no matrimônio e não fazer uso da contracepção. Neste ano cada jovem recebeu na JMJ junto com seu quite um manual de bioética. Este manual descreve sobre os danos da contracepção e também relata o potencial abortivo dos anticoncepcionais.
Hoje, compreendo que o chamado ao matrimônio envolve a abertura para a chegada dos filhos na vida do casal. Após o nascimento de nossa primeira filha, conhecemos o Método de Ovulação Billings, abandonamos o uso da contracepção. Creio que um dos maiores presentes, um dos maiores dons que Deus nos concedeu em nosso matrimônio foi o de conhecer e viver o Método Billings.  É graças a este método que tivemos nossa fertilidade preservada, e após quase 20 anos de matrimônio, fomos surpreendidos por Deus com uma nova vida, a nossa pequena Gianna, que traz tanta alegria para nosso casamento e nossos três filhos.

Cleonice M. Kamer

Consagrada da Comunidade Bom Pastor 

Uma intervenção militar na Síria provocaria uma guerra mundial, alerta Bispo católico


ROMA, 27 Ago. 13 / 11:18 am (ACI/EWTN Noticias).- O Bispo de Aleppo (Síria), Dom Antoine Audo, advertiu que frente à "trágica situação" que se vive na Síria, uma intervenção militar significa uma "guerra mundial" e assinalou que o chamado do Papa à paz, "tocou o coração de muitas pessoas" no país.
"Se houvesse uma intervenção militar, isso poderia significar – a meu ver – uma guerra mundial" assinalou o Bispo à Rádio Vaticano e afirmou que a diferença de outros lugares do país, a situação em Aleppo é a pior. "Em Damasco – por exemplo – se pode viajar, o aeroporto funciona, se pode viajar para o Líbano, enquanto em Aleppo não se tem liberdade de movimento!", disse o Bispo, e indicou que na região litorânea "se vive tranquilamente" e muita gente do lugar fugiu para essa região.
O também presidente do Cáritas na Síria, manifestou que "esperamos que as palavras do Papa para favorecer um verdadeiro diálogo entre as diferentes partes em conflito, para encontrar uma solução, seja o primeiro passo para não usar armas, mas para fazer de modo que as pessoas tenham liberdade de movimento, de viajar, de comunicar, trabalhar".
"Todo o país agora está em guerra!", exclamou o Bispo.
Dom Audo, disse que ao ouvir o Pontífice ao vivo no seu último Ângelus, ficou "realmente muito contente por ter sentido que o Santo Padre se faz próximo a nós, falou sobre a Síria, sobre essa "amada nação", expressou o seu sofrimento e o seu empenho para ajudar a Síria" e preocupação pela "solução à guerra que semeia destruição e morte".
As palavras "claras" e "diretas" do Santo Padre, "transmitem confiança a todos nós que agora estamos, sobretudo em Aleppo, numa situação muito difícil. A mensagem do Santo Padre é muito, muito positiva, e foi muito apreciada por grande parte da população", assegurou o Bispo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Em telefonema, Papa alivia dor de vítima de abuso

Vítima que recebeu ligação do Papa diz sentir-se fortalecida após ouvir o Santo Padre
Uma argentina que denunciou ter sofrido violência sexual de um policial recebeu um telefonema do Papa Francisco. Segundo revelado por Alejandra Pereyra, 44 anos, o gesto do Pontífice lhe deu forças para reivindicar novamente justiça para seu caso.
“Estou feliz; é como ter sido tocada pela mão de Deus”, assegurou a mulher em declarações ao Canal 10 da província argentina de Córdoba, onde reside.
Alejandra Pereyra contou que dias atrás escreveu ao Papa pedindo ajuda, pois acredita que a Justiça esteja encobrindo o policial que ela denunciou por abuso sexual.
“Decidi mandar um email. Ontem (domingo, 25), às 15h50, o telefone tocou. Perguntaram-me se era Alejandra Pereyra. Perguntei quem era e me disse que era o Papa, em resposta ao email”. Segundo ela, a ligação, para seu celular, teria durado cerca de 30 minutos, e a fez “sentir-se de novo em pé”.
“O Papa me disse que eu não estou sozinha e que justiça será feita”, assegurou Alejandra, para quem Francisco tem “uma voz angelical”.
Ainda de acordo com ela, o Papa lhe disse que recebe milhares de cartas por dia, mas que sua mensagem o comoveu de modo especial, e “tocou o seu coração”.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O demônio não é uma superstição

O demônio está bastante presente na pregação do Papa Francisco. Mas, afinal, qual a importância de se falar sobre o diabo e o inferno hoje?








Referência constante em seus discursos, o diabo é um inimigo contra o qual o Papa Francisco insiste em convocar os cristãos a lutar. Na homilia de sua primeira Missa como Pontífice, ele disse que, "quando não se confessa Jesus Cristo, confessa-se o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio". Em uma de suas reflexões matutinas, no mês de maio, Francisco falou do "ódio do príncipe deste mundo àqueles que foram salvos e redimidos por Jesus".
A espontaneidade com que o Pontífice fala de Satanás lembra Jesus Cristo. Desagradando aos "politicamente corretos" e adeptos de uma teologia pouco preocupada com a transcendência, o Santo Padre imita ninguém menos que nosso Senhor: de fato, só nos Evangelhos sinóticos, são mais de 40 referências ao anjo caído; inúmeras delas, relatos de autênticos exorcismos, comprovando que o demônio, longe de ser uma mera produção fantasiosa, é uma realidade viva e atuante no mundo.
Hoje, no entanto, pregadores que falem com veemência do diabo e do inferno são acusados de instalarem o medo e angústia entre os fiéis, como se a prédica da Igreja devesse refletir a preocupação apenas com as coisas deste mundo, e não com as realidades eternas.
Mais do que isso: várias destas realidades eternas chegam mesmo a ser negadas, inclusive por aqueles que nelas e por elas deveriam crer e guiar suas vidas. O demônio, por exemplo, é tratado por muitos como uma mera "força negativa" ou simplesmente como uma metáfora para designar o mal físico. O inferno não passaria de um recurso retórico para ajudar as pessoas na luta contra as mazelas deste mundo. Reduz-se, assim, a categorias materiais aquilo que, de acordo com a doutrina perene e constante da Igreja, é uma autêntica realidade espiritual.
Com efeito, o Catecismo, recordando que "a existência dos (...) anjos, é uma verdade de fé", ensina que alguns destes anjos caíram. São os que comumente chamamos de demônios. Eles "foram por Deus criados bons em natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa", segundo uma lição do IV Concílio de Latrão. O Catecismo também destaca que a Escritura por diversas vezes "atesta a influência nefasta" do diabo, que tentou o próprio Senhor quando ele jejuava no deserto (cf. Mt 4, 1-11).
Ao se falar sobre estas coisas, não se pretende fazer do diabo o centro da pregação cristã. Deseja-se, outrossim, instruir os fiéis sobre o perigo de se manter indefeso ou indiferente aos assaltos do maligno. São João Crisóstomo declarava, aos fiéis de Antioquia: "Não é para mim nenhum prazer falar-vos do diabo, mas a doutrina que este tema me sugere será muito útil para vós". A importância deste tema está relacionada ao próprio fundamento espiritual de nossa fé, posto que, como já dizia o Papa Francisco, antes de ser eleito Pontífice, talvez o maior sucesso do demônio "tenha sido nos fazer acreditar que ele não existe, que tudo se arranja em um plano puramente humano" 01.
A Igreja não pode, em nome do bom-mocismo, calar estas verdades de fé, tão importantes para os nossos tempos, sob a alegação de que causariam medo entre as pessoas. De fato, nem todo temor é mau. O medo de perder a Deus e, consequentemente, a nossa alma é, por assim dizer, um "temor sadio", que deve não só ser pregado pelos sacerdotes, mas cultivado por todos os fiéis. Uma sentença atribuída a São João Crisóstomo diz que "devemos nos afligir durante toda a nossa vida por causa do pecado". O cristão deve criar em seu coração um verdadeiro medo de ofender a Deus, fazendo seu o lema do jovem São Domingos Sávio: "Antes morrer do que pecar".
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Preparação remota - o exemplo dos pais é ponto de partida

O estilo cristão de vida, testemunhado pelos lares cristãos, é já uma evangelização, é o próprio fundamento da preparação remota


Há quinze dias, em nossa coluna (Edição do Zenit de 09 de Agosto) falávamos da necessidade de se planejar estrategicamente também para a formação de nossa família, pois assistimos (ou vivemos) a um grande desequilíbrio de valores onde vale tudo na incansável busca de sucesso profissional, financeiro e um futuro garantido.
Nesta maratona, posso dizer que a grande maioria dos católicos fazem da preparação para o matrimônio, assim como fazem da catequese, uma ação delegada unicamente à Igreja através das organizações diocesanas e paroquiais.
Sim, a Igreja assume importante fatia desta responsabilidade e para isto deve, além de fazer do matrimônio um tema constante em todos os seus momentos, organizar ocasiões estruturadas para a formação dos casais através da preparação próxima e imediata, que serão oportunamente aqui abordadas.
Mas o início desta construção deve ocorrer no seio da família, ainda distante da data do matrimônio, o que é chamado de preparação remota. É aí que as crianças percebem como seus pais são felizes e se esforçam para fazer viver o compromisso assumido com muita disposição e fé. "O estilo cristão de vida, testemunhado pelos lares cristãos, é já uma evangelização, é o próprio fundamento da preparação remota", nos afirma o documento Preparação para o Sacramento do Matrimônio, do Conselho Pontifício para a Família.
Fazendo um paralelo com o planejamento estratégico em uma corporação, o primeiro passo é mostrar aos colaboradores os valores daquela empresa, pois se eles não acreditam na proposta, não serão  motivados a doarem-se por ela. Por outro lado, o colaborador que é conquistado pela empresa, almeja seu futuro ali mesmo e investe seu potencial para se consolidar e crescer neste ambiente. Na família não é diferente, quando os filhos percebem que a vida de seus pais é um caminho de doação e realização para toda a família, com valores especiais e perenes, sentem-se motivados a trilhar o mesmo caminho. Note como é comum que os filhos, em sua primeira infância, sonhem com a carreira de seus pais.
Mas quando o tema é casamento, não é raro escutar brincadeiras infelizes até dentro dos lares católicos. Casamento? Uma prisão de luxo! Vai se enforcar?  Ou ainda expressões circulam de modo tão comum e nem analisamos, como: Ah, já orientei meu filho a primeiro curtir bastante a vida para depois se casar!
Querem dizer, então, que o casamento é o oposto de se curtir a vida?  Há ainda os pais católicos que não acreditam que o casamento é "até que a morte os separe", simplesmente dizendo: Filha, constrói a sua vida antes de casar, pois se não der certo...  Levando-se em conta que o matrimônio é um Sacramento, a mim, isto parece o mesmo que dizer a um seminarista: trabalha e faz seu patrimônio antes de ser ordenado...
Já não são muitos os que buscam o matrimônio e, como já comentou o Papa Francisco, talvez a metade dos que se casam não tenham real conhecimento do passo que dão. E como se não bastasse a clara campanha contra a família coordenada por fortes instituições, muitos cristãos, mesmo sem intenção de fazê-lo, incorporam a mentalidade antimatrimônio aos seus hábitos. Por estas e muitas outras não tenho qualquer receio em dizer que o matrimônio poderia ser objetivo de vida de muito mais pessoas se não houvesse a propaganda negativa feita pelos próprios cristãos.
Mais uma vez, o documento Preparação para o Sacramento do Matrimônio toca neste ponto ao comentar sobre como deve ser o comportamento dos pais: "Um tal estilo de vida cristã encontra o seu estímulo, apoio e consistência no exemplo dos pais que se torna para os nubentes um verdadeiro testemunho."
Os pais devem ser os primeiros responsáveis pela primeira etapa de preparação para o Matrimônio: a preparação remota. Para isto devem se dedicar para que seus matrimônios cresçam continuamente através da busca de formação e vida de oração, para que isto frutifique em vida de doação. Além do exemplo e ensinamento doméstico, também deve integrar seus filhos na vida da Igreja através de suas próprias participações ativas.Devem se planejar e se comprometer. Muitos são os grupos que ajudam nesta caminhada, como Pastoral Familiar, Encontro de Casais com Cristo, Movimento Familiar Cristão, Ministério das Famílias-RCC e vários outros. Em algum deles há um lugar esperando por sua família.
Se você é casado, lanço a pergunta: Qual foi o último livro que leu, com sólidas bases cristãs, para o crescimento de seu casamento? Se é solteiro, pergunto o que tem estudado para discernir ou consolidar sua vocação? Se é um presbítero ou um(a) consagrado(a), pergunto que ações de formação familiar tem promovido em sua comunidade?
Permita-me testemunhar o sentimento de um de nossos filhos. Ainda muito longe de sermos o que Deus espera de nós, ao menos o esforço por construir um lar e a alegria de viver em família são claramente percebidos por eles. Nosso primeiro filho, João Bosco, com 11 anos, há pouco tempo, perguntou: Mãe, quem ganha mais, um piloto ou um cientista? Minha esposa respondeu que não sabia exatamente, mas que qualquer profissão, seguida com carinho, lhe daria a realização. Ele respondeu: Não mamãe, não é por isso. É que quero saber se dá pra ter uns cinco filhos!
Dias depois, nossa quarta filha, Maria Paula, com 4 anos, sem ter presenciado a pergunta do João, também chegou comentando: Quando eu crescer vou ser mãe e ter cinco filhos!
Paz e bem!
André Parreira (alparreira@gmail.com), da diocese de São João del-Rei-MG, é autor de livros sobre a preparação para o matrimônio e responsável no Brasil pelo DVD "Sim, Aceito!", lançado em parceria com a Pastoral Familiar da CNBB. Empresário, casado e pai de 6 filhos, colabora na formação de jovens e casais.

O drama da Igreja no Egito e o silêncio dos meios de comunicação


Pior que o drama dos cristãos no Egito é a indiferença da mídia ocidental, que vergonhosamente silencia a perseguição que acontece no país









No Egito, o sangue dos massacres e as cinzas dos incêndios de templos cristãos clamam por justiça. Foram inúmeras as comunidades cristãs alvo dos recentes protestos políticos ligados à Irmandade Muçulmana – um grupo extremista ligado a Mohamed Morsi, presidente deposto no começo de julho.
Como já se tinha reportado aqui e aqui, a Igreja Ortodoxa Copta não era a única perseguida no país. Também a Igreja Católica, bem como várias comunidades protestantes, sofreram na mão de muçulmanos radicais.
O testemunho de alguns prelados católicos impressiona pela coragem e retrata o terror dos acontecimentos. Sua Beatitude, o Patriarca Isaac Sidrak denunciou, no último dia 19, os atos de "terrorismo" praticados contra dezenas de igrejas, acampamentos e casas de cristãos. Ele expressou "apoio firme, lúcido e livre a todas as instituições do país, particularmente, à polícia egípcia e às forças armadas que dispendem todos seus esforços para proteger a pátria".
O purpurado elogiou "o comportamento dos países que se esforçam lealmente para compreender o caráter específico dos eventos em curso", mas condenou "qualquer intento de intervenção nos assuntos internos do Egito ou de influência em suas decisões soberanas".Sua Beatitude expressou o reconhecimento àqueles "nobres cidadãos muçulmanos que permaneceram ao nosso lado, fazendo todo o possível para defender nossas Igrejas e nossas instituições".








Quem também denunciou a violência sofrida pelos cristãos foi o bispo católico de Luxor, o monsenhor Youhannes Zakaria. Em entrevista concedida à Rádio Vaticana, ele contou como uma interferência policial evitou um massacre. "Os manifestantes pró-Morsi, expulsos do centro da cidade, chegaram ao arcebispado gritando: 'Morte aos cristãos!', mas, felizmente, a polícia chegou a tempo de salvar-nos e agora o exército rodeia o edifício com dois veículos blindados."
Hoje, monsenhor Zakaria está preso em sua residência. "As forças de segurança me aconselharam que não saísse do arcebispado", conta. "A Irmandade Muçulmana pensa que os cristãos foram a causa da queda de Morsi e agora, atacando aos cristãos, pretendem lançar todo o país no caos: foram queimadas mais de 80 igrejas e muitas escolas cristãs". "Faço meu o chamado do Papa Francisco para que reze pela paz no Egito", foi o apelo de um bispo que sofre com a situação lamentável em que se encontra seu país.
Mais lamentável que o drama dos cristãos no Egito, porém, é a indiferença e o silêncio da mídia ocidental diante dos verdadeiros crimes perpetrados contra a dignidade da vida humana, a liberdade religiosa e o próprio patrimônio religioso e cultural do Oriente. Não se vê nenhum veículo de comunicação noticiar o incêndio de templos e a perseguição aos cristãos no Egito. É a omissão da cumplicidade: se, por um lado, parece estar generalizado um sentimento de repúdio a qualquer tipo de perseguição religiosa – o que é justo, posto que, como disse o Papa Francisco, "fé e violência são incompatíveis"01 –, quando o alvo é o Cristianismo, paira no ar certa covardia. Caricaturar Maomé é intolerável; zombar de Cristo, porém, seria até aceitável.
"Mas ninguém está perseguindo Jesus Cristo", alguém poderia objetar. É o grande engano dos que não creem na Igreja: separar Cristo dos cristãos. Quando São Paulo "caiu por terra" em um lugar não muito distante do Egito – Damasco fica no atual território da Síria – e ouviu uma voz que dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 22, 7), não imaginava que, perseguindo àqueles simples homens da religião cristã, estaria perseguindo ao próprio Senhor. "Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues" (At 22, 8). Nos cristãos que sofrem no Egito, bem como nos discípulos dos primeiros séculos, sofre o próprio Cristo.
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere | Informações: Vatican Insider

fonte: http://padrepauloricardo.org/blog/o-drama-da-igreja-no-egito-e-o-silencio-dos-meios-de-comunicacao

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Uma Igreja crucificada

A via-crucis da Igreja de Cristo não sugere sua morte, mas sua ressurreição








A dolorosa via-sacra da Igreja de Cristo parece atravessar uma de suas piores tormentas destes dois milênios de história. A velha barca de Pedro segue seu percurso e assim refaz os passos do Mestre, cheio de cruzes, quedas e mortificações. De um ambiente afável, no qual a fé cristã encontrava mãos estendidas para acolhê-la, passou-se a uma esfera hostil, na qual punhos cerrados estão a todo instante desferindo seus golpes, seja com pedras e tochas de fogo em Catedrais, seja com calúnias e zombarias nas manchetes da imprensa. É uma situação dramática que suscita, acima de tudo, almas virtuosas, de vidas limpas e inteligências simples, que tenham a ousadia de pôr termo ao suicídio da sociedade que se avizinha e ameaça arrastar consigo a própria Igreja e o seu futuro.
No deserto que forjou a santidade de Santo Antão, a fumaça que cobre os céus do Egito, decorrente dos incêndios premeditados contra igrejas cristãs, lembra a caçada de Nero aos primeiros filhos do cristianismo e obriga o Santo Padre, não sem peso no coração, a reconhecer que "o tempo dos mártires não acabou". É a tragédia anunciada da primavera árabe, que se ergue em sangue e fogo contra aqueles que consideram seus inimigos. Milhares de cristãos mortos e templos profanados são o saldo até o presente momento da aventada libertação. E enquanto o morticínio caminha sem freios nas areias do Oriente Médio, no novo mundo o silêncio cínico da classe falante mantém-se inquebrantável e logo confirma a frase do tantas vezes caluniado - por essas mesmas pessoas, importante frisar - Pio XII: "Nada se perde com a paz, tudo se perde com a guerra".
A intelligentsia modernista, ávida a cumprir o projeto gramsciano de dominação, cujos princípios se aglutinam à estratégia de infiltração da Igreja e esvaziamento de seu conteúdo espiritual tradicional, a fim de transformá-la num palanque político, não poupa esforços no trabalho de corrupção de valores e distorção de palavras. Cospem todo tipo de bobagens, mesquinharias e intrigas, ora se fazendo de amigos, ora ladrando como verdadeiros cães de briga, sobretudo quando a eles se contrapõe à objetividade e à clareza do Magistério dos Papas. Da boca de um deles, a confissão reveladora: "Zombaremos de Jesus, mas não de Maomé".








E se fora dos muros da Igreja prossegue o colapso, dentro dela não é diferente. De repente, os mais ferrenhos inimigos do papado e da Sã Doutrina se convertem nos mais profícuos papistas, pontificando novos dogmas e teorias que nem de longe se assemelham ao pensamento do Sumo Pontífice. Ao mesmo tempo, pululam os oráculos da verdade que, cheios de certeza, imputam a dúvida a qualquer gesto e palavra de Roma, menos às suas próprias ideias e concepções que, para eles, são a genuína expressão do catolicismo e, portanto, questioná-las seria flertar com a heresia. Assim, tencionam objeções entre um e outro Papa, como se estes fossem antagonistas e não sucessores do mesmo Apóstolo e Chefe da Igreja. Louvam a pobreza, mas continuam ricos, exaltam a humildade, mas vivem na soberba, sempre teorizando suas análises de conjuntura e deleitando-se com a crítica impiedosa, cuja base verifica-se mais nas cartilhas ideológicas marxistas e liberais do que no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Essas sombras perturbadoras às quais Paulo VI se referiu como "fumaça de Satanás" fragilizam a fé de inúmeros católicos e provocam a incerteza. Sobra alguma chance para a Boa Nova de Cristo? É preciso dizer que sim. Se a Barca de Pedro "parece uma barca que está para afundar, uma barca que mete água por todos os lados"01 e ameaça ruir sob os golpes simultâneos tanto dos de fora, quanto dos de dentro, no extremo oposto, há quem permaneça fiel à promessa irrevogável de Cristo de que "as portas do inferno não prevalecerão", como permaneceram todos os santos ao longo desses dois mil anos. E se há aqueles que propagam o desânimo e a moleza, há também aqueles que ainda ousam fazer guerra ao inferno com a Palavra de Deus.
Foi o enfrentamento bárbaro contra as heresias que obrigou a Igreja, no decurso de sua peregrinação nesta terra, a sair do comodismo e do estado de letargia no qual ameaçava cair de tempos em tempos. Desse processo de renovação, sempre emergiu uma espiritualidade nova, radicada na fidelidade e na disciplina, cuja sensibilidade pastoral se revelava ainda mais penetrante que no passado. Pode-se dizer, assim, que as palavras de São Paulo se confirmam em todas essas circunstâncias: "É necessário que entre vós haja partidos para que possam manifestar-se os que são realmente virtuosos" (Cf. I Cor 11, 19). Este é, para desgraça dos hereges e, por conseguinte, do diabo, o paradoxo de uma instituição guiada pelo Espírito Santo: não importa o número de cruzes, pois ao terceiro dia, sempre haverá a ressurreição!
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere