Quando o Papa Francisco veio aqui
no Brasil, ele falou para nos deixarmos surpreender por Deus.
Uma das áreas de nossas vidas que
mais temos dificuldades de permitir ser surpreendidos é o de se abrir para a
vinda dos filhos.
Lembro-me de que no início do meu casamento, tomamos
a decisão de não ter filhos devido as
nossas condições financeiras. Hoje compreendo que nada nos faltaria mesmo com a
chegada de uma criança, naquela etapa da nossa vida.
Na verdade a gente acreditava que
deveríamos ter o controle de tudo em nossas mãos e por isso nos nossos planos,
uma criança não seria bem vinda. Então fazíamos o uso da contracepção, e
olhando para trás vejo que o anticoncepcional que eu tomava dia após dia, não
deixava somente o meu corpo estéril, mas também o meu coração. Recusei por
muito tempo a fecundidade do meu corpo, e como conseqüência o meu casamento
estava se tornando também estéril e sem vida.
Fiquei feliz ao saber que milhões
de jovens podem ter uma experiência diferente no matrimônio e não fazer uso da
contracepção. Neste ano cada jovem recebeu na JMJ junto com seu quite um manual
de bioética. Este manual descreve sobre os danos da contracepção e também
relata o potencial abortivo dos anticoncepcionais.
Hoje, compreendo que o chamado ao
matrimônio envolve a abertura para a chegada dos filhos na vida do casal. Após
o nascimento de nossa primeira filha, conhecemos o Método de Ovulação Billings,
abandonamos o uso da contracepção. Creio que um dos maiores presentes, um dos
maiores dons que Deus nos concedeu em nosso matrimônio foi o de conhecer e
viver o Método Billings. É graças a este
método que tivemos nossa fertilidade preservada, e após quase 20 anos de
matrimônio, fomos surpreendidos por Deus com uma nova vida, a nossa pequena
Gianna, que traz tanta alegria para nosso casamento e nossos três filhos.
Cleonice M. Kamer
Consagrada da Comunidade Bom
Pastor
Nenhum comentário:
Postar um comentário