quinta-feira, 31 de outubro de 2013

DE NASCIMENTO A NASCIMENTO, JESUS CHEGA ATÉ NÓS


Neste mês de outubro tive a graça de participar juntamente com minha família, de três celebrações de matrimônio. É sempre motivo de muita alegria para mim, participar de casamentos cristãos, as vezes fico imaginando que o céu é uma festa de casamento que não tem fim. É possível sentir a presença do céu aqui na terra, quando dois jovens que se amam, se unem no matrimônio pedindo a benção de Deus. 
Todo o ritual do matrimônio católico é belíssimo, mas um momento em especial se destaca, quando os noivos fazem as promessas um ao outro e para Deus diante dos testemunhos e familiares. E uma das perguntas que o celebrante faz aos noivos é: Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja? Naturalmente, em todos os casamentos que participei, os noivos responderam Sim, para esta pergunta. Acontece que no dia a dia, esta promessa é uma das mais difíceis de ser compreendida e correspondida. Primeiro porque existe um equivoco, quando os esposos acreditam que somente eles é que decidem e planejam  quantos filhos desejam ter; como se tivessem somente no domínio deles esta decisão. No entanto  a pergunta que foi feita a eles é se “estavam dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus”. Nesta pergunta percebemos uma afirmação, de que é Deus que toma a iniciativa de doar os filhos como dom para o matrimônio. Ao casal cabe escutar através da oração, qual é o Desejo Dele, qual é o sonho Dele no que diz respeito a chegada dos filhos no matrimônio.
A realidade é que convivemos e respiramos uma cultura pagã que tenta convencer os casais cristãos de que ser responsável é ter poucos filhos, um ou dois no máximo. Certa vez  São Josemaria Escrivá  convidou os casais a não estancarem as fontes da vida e  para o  terem senso sobrenatural e coragem para manter uma família numerosa, se Deus a envia.[1]
O Papa Paulo VI, grande defensor da fecundidade conjugal incentivou aos casais dizendo: “Difunda entre os e esposos cristãos o espírito de generosidade para dilatarem o novo Povo de Deus… Recordem sempre que essa dilatação do Reino de Deus é a possibilidade de penetração da Igreja na humanidade para levar a salvação — a eterna e a terrena”[2]
“De nascimento a nascimento  é que Jesus chega até nós”.


Cleonice M. Kamer
Consagrada da Comunidade Bom Pastor- SC





[1] São Josemaría Escrivá, Questões atuais do cristianismo, ponto 94
[2] Paulo VI, Alocução pronunciada em 12 de Fevereiro de 1966

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