Neste mês de outubro tive a graça
de participar juntamente com minha família, de três celebrações de matrimônio.
É sempre motivo de muita alegria para mim, participar de casamentos cristãos, as
vezes fico imaginando que o céu é uma festa de casamento que não tem fim. É
possível sentir a presença do céu aqui na terra, quando dois jovens que se
amam, se unem no matrimônio pedindo a benção de Deus.
Todo o ritual do matrimônio
católico é belíssimo, mas um momento em especial se destaca, quando os noivos
fazem as promessas um ao outro e para Deus diante dos testemunhos e familiares.
E uma das perguntas que o celebrante faz aos noivos é: Estais dispostos a
receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de
Cristo e da sua Igreja? Naturalmente,
em todos os casamentos que participei, os noivos responderam Sim, para esta
pergunta. Acontece que no dia a dia, esta promessa é uma das mais difíceis de
ser compreendida e correspondida. Primeiro porque existe um equivoco, quando os
esposos acreditam que somente eles é que decidem e planejam quantos filhos desejam ter; como se tivessem
somente no domínio deles esta decisão. No entanto a pergunta que foi feita a eles é se “estavam
dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus”. Nesta pergunta
percebemos uma afirmação, de que é Deus que toma a iniciativa de doar os filhos
como dom para o matrimônio. Ao casal cabe escutar através da oração, qual é o
Desejo Dele, qual é o sonho Dele no que diz respeito a chegada dos filhos no
matrimônio.
A realidade é que convivemos e respiramos uma cultura pagã que tenta
convencer os casais cristãos de que ser responsável é ter poucos filhos, um ou
dois no máximo. Certa vez São Josemaria
Escrivá convidou os casais a não
estancarem as fontes da vida e para
o terem senso sobrenatural e coragem
para manter uma família numerosa, se Deus a envia.[1]
O Papa Paulo VI, grande defensor
da fecundidade conjugal incentivou aos casais dizendo: “Difunda entre os e esposos
cristãos o espírito de generosidade para dilatarem o novo Povo de Deus…
Recordem sempre que essa dilatação do Reino de Deus é a possibilidade de
penetração da Igreja na humanidade para levar a salvação — a eterna e a
terrena”[2]
“De nascimento a nascimento é que Jesus chega até nós”.
Cleonice M. Kamer
Consagrada da Comunidade Bom
Pastor- SC
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