quinta-feira, 9 de maio de 2013

A BENÇÃO DA FECUNDIDADE


“CRESCEI E MULTIPLICAI” (Gn 1,29)


No início desta semana, nossa filha mais velha chegou em casa contando um fato que aconteceu durante a aula de história. A professora perguntou aos alunos da classe dela sobre quantos irmãos cada um tinham. Todos com exceção de nossa filha responderam que tem apenas um irmão (a). Um dos alunos disse ser filho único.
Mas o fato curioso foi o comentário da professora feita para a sua turma. Disse ela: “É um sinal de desenvolvimento e de evolução de nossa sociedade, o fato de as famílias terem menos filhos. Disse também que ter poucos filhos contribui com o nosso planeta que já tem tantas pessoas”. Este foi o comentário que nossa filha escutou em plena semana do dia das mães. Agora, que visão de maternidade é passada aos nossos adolescentes? Que cada filho, cada criança é um predador do planeta? Isto é muito triste.
No relato da criação do mundo, no Livro do Gênesis, Deus falou para o primeiro casal humano: “Crescei e multiplicai”, esta ordem do Criador veio acompanhada com a benção da fecundidade. Em todos os tempos da história esta verdade permanece; Aquele que nos criou renova a cada dia este chamado: “Crescei e multiplicai, enchei a terra e submetei-a”(Gn 1, 29). Hoje existe um esforço que busca inverter este desígnio Divino. Parece que querem que esvazie a terra e que nos submetamos a ela.
O Pontifício Conselho para a Família, no ano de 1998, fez uma Declaração sobre a diminuição da fecundidade no mundo e sobre a gravidade da situação de 51 países; onde a taxa da fecundidade está abaixo do limiar de substituição das gerações.
Portugal é um dos países com a menor taxa de natalidade do mundo, e há alguns anos está passando por uma séria crise econômica. A Conferência episcopal portuguesa está encorajando as famílias portuguesas a terem filhos, como resposta para reverter o colapso econômico deste país[1].
Como disse recentemente o Papa Francisco: “ cada vez que uma mulher dá a luz a um filho, continuamos a apostar na vida e no futuro”[2]. Que nossas famílias possam ter a coragem de continuar investindo na vida e no futuro, abrindo-se para a geração dos filhos.
Cleonice M. Kamer
Consagrada da Comunidade Bom Pastor




[1] Losservatore Romano nº16, pg14. Nota pastoral da Conferência episcopal portuguesa – A família é um bem insubstituível.
[2] Papa Francisco. Carta Pastoral do Arcebispo de Buenos Aires Jorge M. Bergoglio para o Ano da Fé. 

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